Depois do centésimo jogo pela Segundona nacional, o domingo reservava dois jogos em que uma das equipes diria adeus à Segundona local. No Serra do Lago, Luziânia e Ceilandense brigavam por uma vaga, enquanto no Mané Garrincha Brasília e Cruzeiro lutariam pela outra. Acabei indo para o Mané Garrincha.
As duas equipes se enfrentavam pela terceira vez num curto espaço de 15 dias. Nas outras duas partidas, realizadas no Cruzeiro, empates em 2 a 2. E o jogo desse domingo era decisivo. O vencedor garantiria o acesso à elite candanga, com o Brasília tendo a vantagem do empate. Enquanto o Colorado, oito vezes campeão candango, buscava retornar à elite após sete anos, o Cruzeiro almejava a estréia na divisão principal. O jogo era de vida ou morte.
Brasília se aquece
Cruzeiro se aquece
O jogo começou brigado. As duas equipes buscavam o gol. Melhor tecnicamente, o Brasília tinha mais chances, mas a defesa do Cruzeiro não estava disposta a se render facilmente. O Cruzeiro também chegava.
Escanteio para o Brasília: bom começo do time da casa.
E foi, de fato, o Brasília quem abriu o placar. O atacante Giovani, criticado pela torcida em jogos anteriores, se redimiu com os torcedores e abriu a contagem. Brasília 1 a 0.
Flash do primeiro tempo
Jogadores comemoram com reservas do Brasília o primeiro gol: Giovani deixou sua marca.
O jogo ficou nervoso para o Brasília a partir de então. Precisando dos gols para conseguir a vaga, o Cruzeiro foi para cima. E, graças a algumas falhas da defesa colorada, os visitantes criaram boas chances de empatar a partida.
Precisando de gols, o Cruzeiro foi para cima.
Mas o Brasília soube manter a cabeça no lugar, e ainda conseguiu aumentar sua vantagem antes do intervalo. Edicarlos, destaque do time, arriscou um belo chute de fora da área e fez o segundo gol do Brasília. Foi homenageado pela torcida com gritos de "Edicarlos é seleção!".
Brasília comemora o segundo gol.
No intervalo, fui tomar a velha e boa Coca-Cola fora do estádio, e a concorrência para comprar era grande. Um bom sinal, pois queria dizer que o jogo recebia um bom público. E, de fato, muita gente queria ver um time tradicional voltar à elite, ou um time mais novo fazer sua estréia. No estádio, alto-falantes tocavam a música "Vermelho", que ficou famosa na voz de Márcia Freire (para quem não lembra: "Meu coração é vermelho...").
No segundo tempo, o Brasília controlou o jogo melhor que no primeiro tempo. Tocando a bola e ainda criando oportunidades, a torcida não passou mais sustos. O Cruzeiro ainda tinha esperanças, mas não conseguia criar oportunidades.
Cruzeiro tenta atacar, mas Brasília soube segurar o resultado.
E o Brasília ainda conseguiu marcar seu terceiro gol. O zagueiro Piu desviou a bola após cobrança de escanteio, e fez o terceiro do Brasília. Vantagem do Colorado, por 3 a 0.
Brasília comemora mais um gol.
O Brasília, mesmo com a vitória praticamente garantida, ainda teve boas oportunidades. Edicarlos perdeu um gol incrível. Mas ele já estava com crédito com os torcedores.
Imagem panorâmica do jogo
Cruzeiro tenta sair jogando.
A partir daí, o Brasília só controlou o jogo, e deixou o tempo passar. Com o apito final, jogadores, torcida e dirigentes comemoraram o fim do exílio e o retorno à elite candanga.
Jogadores do Brasília comemoram acesso: campanha irretocável, com 7 vitórias e 2 empates.
A título de registro, o Luziânia, jogando em casa, venceu o Ceilandense por 3 a 0, e também garantiu o acesso à Primeira Divisão. Gostaria de ter coberto as duas partidas, mas infelizmente só pude ir a uma delas. Domingo que vem as duas equipes se enfrentam no Mané Garrincha pelo título, mas ambas já garantiram o acesso. Parabéns a Brasília e Luziânia, finalistas da Segundona candanga com todos os méritos.