sábado, 28 de julho de 2012

Em jogo espetacular, Ceilândia vira sobre Sobradinho no final

Um clássico candango abriu nesse sábado o segundo turno da primeira fase do Brasileiro da Série D. No Augustinho Lima, na cidade-satélite de Sobradinho, foi realizada a partida entre o time da casa e o Ceilândia. As duas equipes se enfrentaram em situações absolutamente opostas: o Gato Preto começou a rodada como líder do grupo A5 da competição, com oito pontos. Seis pontos a mais que o Leão da Serra, que carrega a lanterna do grupo, e depende de um milagre para seguir vivo na competição. Uma partida importante tanto para o time visitante dar um passo imenso rumo à próxima fase quanto para o time da casa se agarrar às suas últimas esperanças de seguir vivo na competição. O horário das 17 horas foi uma boa escolha, pois, a essa hora, o calor já não é tão intenso. Assim, peguei a BR-020 e, no horário marcado, cheguei ao estádio para ver o que ia acontecer.

O Sobradinho começou o jogo ousando mais. E chegou ao primeiro gol logo aos cinco minutos. Em um pênalti que causou muitas reclamações dos jogadores do Ceilândia, Felipe cobrou tranquilo e abriu os trabalhos para o Sobradinho.

De pênalti, Sobradinho abre o placar.

O jogo ficou morno até os 14 minutos, quando o Ceilândia resolveu acordar. Marcando bem a saída de bola do time da casa, o Gato Preto passou a criar boas chances de gol, enquanto o Sobradinho levava perigo nos contra-ataques. O jogo era aberto, com as duas equipes buscando o gol.

Jogador do Sobradinho sob pressão.

E o empate do Ceilândia veio da mesma forma que a abertura de contagem do Sobradinho: de pênalti. Cássius cobrou bem e reestabeleceu a igualdade no marcador. E as duas equipes foram mesmo para os vestiários empatadas em um gol, após um primeiro tempo movimentado.

Empate do Ceilândia, também de pênalti.

O segundo tempo começou com o Sobradinho atacando mais, em busca do segundo gol. Quando o Ceilândia conseguiu equilibrar, o jogo ficou aberto, com boas chances para ambos os lados.

Sobradinho no ataque. Bola na área.

E foi de pênalti que o Sobradinho passou novamente na frente. Rodrigo Menezes, aos 24 minutos da etapa final, colocou o Sobradinho em vantagem.

Terceiro pênalti no jogo: Sobradinho novamente na frente.

Depois do gol, os dois times continuaram atacando, mas com um ímpeto menor. E aos 42 minutos, quando parecia que o Leão da Serra sairia mesmo com a vitória, Cássius cabeceou fraco, mas o suficiente para marcar o primeiro gol de bola rolando e empatar a partida.

E ainda não tinha acabado. Aos 48 minutos, Cássius, artilheiro da partida, recuperou a bola e ficou livre para virar o jogo. Aí foi só esperar o apito final: Sobradinho 2-3 Ceilândia.

Com essa grande virada, o Ceilândia chegou aos 11 pontos. Continua liderando o grupo, mas o Cene - que amanhã vai à Serrinha para enfrentar a Aparecidense - e o Crac - que folga na rodada, e ficará com um jogo a menos em relação ao Gato Preto - seguem na cola. O Sobradinho parece já ter se despedido de qualquer chance de seguir vivo na competição, tendo somado apenas dois pontos. De toda forma, vale destacar que é um time que foi incluído de última hora na Série D, e que, apesar de um grande passado no cenário local, há menos de um ano disputava a Segundona local. Se mantiver o trabalho, o Leão da Serra poderá voltar a rugir alto.

Fim de jogo, hora de ir, mais uma vez, jantar no sempre excelente Don Romano, no Lago Sul. O fim de semana ainda estava começando.

Uma panorâmica do início do segundo tempo,
quando o sol se punha em Sobradinho.


domingo, 22 de julho de 2012

Cene atropela Sobradinho no Augustinho Lima

E, após tirar uma folga do Esporte Bretão no meio de semana, estou de volta às atividades, com uma cobertura caseira. Novamente, a bola rola pela Série D na Capital Federal no último sábado, e o Campo de Terra se faz presente. No estádio Augustinho Lima, um jogo decisivo entre Sobradinho e Cene, pela quinta rodada da competição - última do primeiro turno. O Leão da Serra, confirmado na competição de última hora, começou tropeçando muito, somando apenas dois pontos em suas três primeiras partidas. Os sul-matogrossenses, por sua vez, somam quatro pontos, e entram em um momento decisivo em sua campanha: nessa partida, poderiam tanto alcançar a liderança quanto se verem ultrapassados pelo próprio Sobradinho. Não é difícil entender que, para ambas as equipes, a partida era crucial. E conto aqui a histótia de mais essa partida.

O time visitante logo mostrou que não veio a Brasília para brincar. Com um minuto de jogo, o Cene já perdeu uma boa chance, em uma bola que passou rente à trave. No minuto seguinte, Careca chutou cruzado e abriu a contagem para o time sul-matogrossense. Cene 1 a 0.

O jogo ficou aberto após o gol. Tanto o Leão da Serra buscava o empate quanto o Cene buscava o segundo. As investidas do time visitante, no entanto, eram mais perigosas.

Cene tenta sair para o ataque.

Mas o ímpeto dos dois times durou pouco, e logo o jogo ficou concentrado no meio de campo, com poucas chances reais de gol. Aos 40 minutos, o Sobradinho teve um pênalti claro a seu favor negado pela arbitragem. E o primeiro tempo terminou mesmo com o Cene vencendo por 1 a 0.

Jogador do Sobradinho recebe marcação.

O Sobradinho começou o segundo tempo indo para o ataque, em busca do empate. Mas foi o Cene que, em seu primeiro ataque na segunda etapa, aos oito minutos, chegou ao segundo gol. Chico foi o responsável por aumentar a vantagem do time visitante.

Cene comemora o segundo gol.

Perdendo por dois gols de diferença, restou ao Leão da Serra continuar atacando. E o time, de fato, perdeu boas chances de diminuir a diferença. Mas não conseguia vencer a defesa adversária.

Sobradinho enfrenta forte marcação.

Aos 36 minutos, a situação do Leão da Serra se complicou aainda mais, com a expulsão de Jorge Henrique. Se, com onze em campo, o time encontrava dificuldades, com dez deveria ser pior. E, de fato, dois minutos depois, o Cene sacramentou a vitória. Keverson marcou o terceiro da equipe sul-matogrossense, desanimando de vez o time do Sobradinho.

Novamente Sobradinho tenta sair jogando.

E terminou assim mesmo. Sobradinho 0x3 Cene. O time sul-matogrossense chegou provisoriamente à liderança, mas amanhã fatalmente deixará a posição para o Ceilândia - caso o confronto entre o Gato Preto vença ou empate com o Crac - ou para o Crac - caso o time de Catalão vença o Ceilândia. O Sobradinho estacionou nos dois pontos e está em último lugar do grupo. Sua situação é complicadíssima, e o futebol apresentado pelo time não indica que uma reação possa vir. Ainda tem chão pela frente, mas é necessário abrir o olho antes que seja tarde.

Encerrado o jogo, tomei o caminho do Plano Piloto, para prestigiar o Festival Internacional de Cinema de Brasília, no Liberty Mall. O festival termina no domingo, e ainda há tempo para quem gosta de ver algo diferente de vez em quando prestigiar. Assim, me despeço mais uma vez.

domingo, 15 de julho de 2012

Após atraso de ambulância, Trindade e Goiânia empatam

O sábado já marcou o começo do fim de semana, com o jogo entre Ceilândia e Sobradinho, do qual eu já falei aqui. Mas ainda faltavam algumas tarefinhas para o domingo: "matar" o único time das Primeira e Segunda Divisões goianas que eu nunca havia visto in loco, conhecer um estádio novo e me aproximar ainda mais do meu jogo nº 600 visto em um estádio. Para cumprir essas tarefas, fui à cidade de Trindade, distante cerca de 30 quilômetros de Goiânia, mais exatamente ao Estádio Abrão Manoel da Costa, para ver o jogo entre Trindade e Goiânia. A novidade na minha lista era justamente o time da casa, que vem fazendo uma grande campanha: ocupa o terceiro lugar, com 17 pontos, e busca alcançar o líder Anápolis - que faz uma campanha praticamente perfeita - e o vice-líder Mineiros. O Goiânia, por sua vez, que vi pela sétima vez in loco, faz uma campanha apenas mediana, e briga para entrar no grupo dos quatro primeiros colocados que se classificarão à fase final. O Tacão - apelido do Trindade, originado pelas iniciais do nome completo do clube, que é Trindade Atlético Clube - levava um certo favoritismo pela campanha que vem fazendo e por jogar em casa, mas o Galo Carijó certamente seria um osso duro de roer - até porque o time já está há um bom tempo afastado da elite, e quer voltar a ela o mais rápido possível. Para mim, seria o 588º jogo visto ao vivo, e ficariam faltando apenas 12 para o jogo 600. Assim, após algumas horas dirigindo pelas estradas 060 - a BR e a GO -, cheguei ao estádio para ver essa grande partida.

Chegando ao estádio, tive a oportunidade de ter uma boa conversa com vários torcedores presentes. Pouco menos de uma hora antes do horário marcado para o início da partida, os portões foram abertos, e eu, já com o ingresso na mão, entrei sem problemas. Fiquei vendo o aquecimento das equipes, e aguardando o início da partida.

Porém, mais um episódio lamentável, que já vem se repetindo sistematicamente, causou atraso de 18 minutos no início do jogo. A ambulância não havia chegado ao estádio às 16 horas, horário para o qual estava marcado o início do jogo. Outro triste episódio de desrespeito ao torcedor, que já vem virando rotina. Quando, enfim, a ambulância chegou, a bola rolou.

Demorou apenas oito minutos para o Trindade ficar com um jogador a menos. Jaílson levantou muito o pé e acertou Finazzi no supercílio. Por conta dessa falta dura, foi convidado a se retirar. Com o lance, o jogador mais conhecido do Galo acabou tendo que ser substituído.

Trindade no ataque.

Jogadores disputam a bola.

Apesar da vantagem numérica, o Goiânia não conseguia se impor, e o jogo era equilibrado. Embora as duas equipes buscassem o gol, as chances reais eram raras. Aos 32 minutos, porém, o Tacão inaugurou os trabalhos: Régis, de pênalti, fez 1 a 0 para o Trindade.

De pênalti, Trindade abre a contagem.

Porém, o empate do Goiânia demorou oito minutos. O Galo rondava a área adversária quando Preto Marabá chutou cruzado, sem muita força, e colocou novamente o placar em igualdade.

O empate do Goiânia não demorou.

E as duas equipes foram para os vestiários empatadas em um gol, após um primeiro tempo aberto e equilibrado. Àquela altura, era difícil fazer qualquer previsão sobre a etapa final.

E o segundo tempo não foi muito diferente. As duas equipes foram ao ataque, em busca da vantagem, e criaram boas chances. Mas as defesas levaram vantagem sobre os ataques. Nos últimos minutos, os refletores acabaram tendo que ser acesos, em razão do atraso na partida.

Ataque do Trindade.

Por volta dos 30 minutos, um lance gerou muita reclamação por parte dos jogadores e torcedores do Goiânia: Nonato partiu em condição legal e recebeu lançamento preciso que ia deixá-lo na cara do gol. Mas a arbitragem marcou impedimento. O jogo era interessante, e se manteve totalmente aberto, com chances de ambos os lados, até seu final. 

Mais um flash do jogo.

Mas o placar final foi mesmo de 1 a 1. Um resultado que, pela disposição das duas equipes em busca da vitória, mereceria ter sido diferente. Se não era para haver um vencedor, que o empate fosse então em 2 a 2 ou mais. A classificação do campeonato permaneceu inalterada após a rodada, e resta esperar pelas próximas partidas para ver quem vai subir. De lamentável, só o atraso para começar o jogo por causa da falta de ambulância e a falta dura sobre o Finazzi, que o tirou do jogo após apenas oito minutos.

Refletor aceso: não teria sido necessário se
não fosse o atraso da ambulância.

Fim de jogo, hora de pegar a estrada de volta a Brasília, e me preparar para mais uma semana que está por começar. Volto em breve com uma nova cobertura.

sábado, 14 de julho de 2012

Em clássico candango pela Série D, Ceilândia e Sobradinho empatam

A desistência do Gurupi em disputar a Série D do Brasileiro, claro, não é motivo para nenhuma comemoração, pois é uma consequência do lamentável atraso por questões judiciais que marcou - e ainda vem marcando - as Séries C e D do Brasileirão. No entanto, essa desistência permitiu que o Distrito Federal pudesse indicar um segundo representante para disputar a Quarta Divisão nacional. Assim, além do Ceilândia, campeão do DF, o Sobradinho, terceiro colocado na competição local, também conquistou a vaga (até o momento não sei por que o Luziânia, vice-campeão candango, foi preterido). E, no último sábado, os dois clubes se enfrentaram pela competição nacional, em situações opostas: o Gato Preto venceu as duas partidas que disputou, e lidera o grupo A5, com seis pontos, um a mais que o vice-líder Cene, que ainda tem um jogo a mais. O Leão da Serra não começou tão bem: tendo disputado igualmente dois jogos, o time ficou no zero com o Crac no Augustinho Lima, e caiu diante da Aparecidense no Estádio da Serrinha, em Goiânia, pelo placar mínimo. A infeliz coincidência é que, em ambos os jogos, houve atrasos por motivo de atraso da ambulância. Vale registrar ainda que o "competente" departamento de competições da CBF marcou, para o mesmo dia e horário, tanto o clássico candango quanto o confronto entre Brasiliense e Duque de Caxias, o que me levou a ter que escolher um dos jogos para ver. Feita a escolha, fui para o Abadião para mais esse clássico candango. E o jogo foi conforme conto aqui.

O Sobradinho começou o jogo atacando mais, e o Ceilândia abusava das faltas próximas à área. E foi em uma dessas faltas que, já aos cinco minutos, o Sobradinho abriu o placar. Felipe cobrou bem e fez 1 a 0 para o Leão da Serra.

Logo no começo, Sobradinho marca.

O jogo, porém, não continuou quente como se esperava. Salvo alguns lances de bola parada, os dois times levavam pouco perigo. Não havia um time claramente melhor que o outro, o jogo era equilibrado.

Jogador do Ceilândia recebe marcação.

Dessa forma, não chegou a ser uma surpresa que mais nada acontecesse, e o primeiro tempo terminasse mesmo com o Sobradinho na frente. As emoções pareciam mesmo reservadas para depois do intervalo.

Chance de empate do Ceilândia.

O Ceilândia voltou do intervalo com outra cara. Disposto a reverter a desvantagem no placar, o time da casa foi para cima e criou boas chances para empatar a partida. Mas o Gato Preto perdia chances incríveis de marcar o gol de empate.

Ceilândia sai com a bola.

Bola na área.

Somente aos 38 minutos o Ceilândia empatou a partida. Após um ataque do time, a zaga do Sobradinho deu um chutão para a lateral, mas a arbitragem marcou escanteio. Após a cobrança, Dimba, que não tinha nada a ver com a história, acertou uma bela cabeçada e empatou a partida.

Comemoração do gol de empate.

O Ceilândia ainda teve algumas boas chances para ainda virar a partida. Mas o jogo terminou mesmo empatado em 1 a 1. O resultado, pelas circunstâncias, acabou sendo "menos ruim" para o Ceilândia, que, em três jogos, soma sete pontos e segue firme na luta por uma vaga. O Sobradinho pagou pela falta de disposição em atacar, especialmente na segunda etapa, e continua com apenas dois pontos. Terá ainda cinco jogos pela frente para buscar a classificação. Vale lembrar aqui a minha caminhada rumo ao jogo 600 visto in loco. Agora faltam 13 partidas.

Fim de jogo, hora de tomar o caminho de casa, para o merecido descanso.

domingo, 8 de julho de 2012

Santo André bate Brasiliense fora de casa


Depois da jornada do último sábado, peguei a estrada logo cedo para retornar à Capital Federal. E, após o almoço de domingo, tomei o rumo do Serejão para, enfim, ver uma partida da Série C in loco, após toda a confusão nos tribunais (confusão que teve desdobramentos na última sexta-feira, mas isso é assunto para outro momento). E, no local, a partida a ser disputada era entre Brasiliense e Santo André. As duas equipes buscavam se recuperar após um mau começo: o Ramalhão, jogando "em casa" (na verdade, em Araras, já que o clube cumpre pena de perda de mando de campo), só empatou com a Chapecoense, enquanto o Jacaré foi ao Rio de Janeiro e caiu diante do Madureira. Essa foi a terceira vez que vi um confronto entre essas duas equipes in loco: em 2006, o Jacaré aplicou impiedosos 6 a 1 no Ramalhão; dois anos depois, as duas equipes empataram em um gol. Ambas as partidas foram realizadas no Serejão, e valeram pela Série B, para a qual ambos os clubes buscam retornar. Para ver como seria esse jogo, cheguei ao Serejão no horário marcado. E aqui conto o que vi.

Apesar de toda a expectativa, o jogo começou fraco, concentrado no meio de campo, e nenhuma das equipes conseguia penetrar na defesa adversária. A bola parada parecia a única chance de acontecer algum gol. Somente aos 25 minutos aconteceu uma boa jogada, em um contra-ataque puxado por Ferrugem, que, porém, não deu em nada.

Essa "inteligência rara" que vos fala levou a câmera, mas esqueceu de
colocar a bateria. Assim, só deu para fazer umas panorâmicas com o celular.
Essa é do primeiro tempo.

E aos 40 minutos, quando tudo indicava que as redes não balançariam mesmo no primeiro tempo, o Ramalhão abriu a contagem. Caihame aproveitou o rebote do goleiro Welder e abriu os trabalhos no Serejão: 1 a 0 para o Santo André. E foi esse mesmo o placar da primeira etapa.

No segundo tempo, a bola não esperou nem a primeira volta do ponteiro para estufar as redes. Elivelto chutou fraco e empatou para o Jacaré. A igualdade logo no início da etapa final animou o Brasiliense, que foi para cima, buscando a virada. Mas, quando foi à frente, o Ramalhão retomou a vantagem, com Fábio Santos, aos 11 minutos: 2 a 1.

Depois do gol, o Brasiliense até continuou buscando o empate, mas o fazia de maneira desordenada, sem levar grande perigo. O Ramalhão não encontrava problemas para manter a vantagem, e ainda levava perigo nos contra-ataques.

Panorâmica do segundo tempo.

Mas o jogo terminou mesmo com a vitória do Santo André por 2 a 1. Excelente para o Ramalhão, que consegue sua primeira vitória, e a consegue em um jogo fora de casa. Péssimo para o Brasiliense, que, em dois jogos já disputados, sofreu duas derrotas, e já começa a flertar com o rebaixamento. O campeonato ainda está no começo, mas cada tropeço nesse momento pode custar caro lá na frente.

Fim de jogo, hora de ir para casa, e me preparar para mais uma semana de trabalho. Desejando uma boa semana a todos, me despeço.

Náutico supera Atlético Goianiense fora de casa

Há algum tempo, eu comentei neste post toda a dificuldade que tive para "matar" o Náutico (ou seja, de ver um jogo do Timbu in loco). Foram anos em que eu e o alvirrubro pernambucano nos desencontrávamos, até o dia da partida que cito nesse post da série Almanaque. Desde esse jogo eu não havia voltado a ver o Náutico. Pois, no último fim de semana, chegou a vez de ver o Timbu ao vivo novamente. A oportunidade veio no jogo contra o Atlético Goianiense no Serra Dourada, no horário das 21 horas de sábado, que muitos criticam, mas eu acho perfeito para ver uma partida. Assim, programei um rápido bate-volta para Goiânia, e atravessei a Henrique Santillo, com destino à capital goiana, e me dirigi ao Serra Dourada, aonde não havia ido ainda este ano. E conto aqui a história dessa partida.

Apesar do começo equilibrado, os ataques do Náutico levavam mais perigo. O Dragão, mesmo quando atacava, praticamente não criava chances reais. E o time da casa ainda perdeu Paulo Henrique, por contusão, antes dos 10 minutos de jogo.

Flash do primeiro tempo. Poucas emoções na etapa inicial.

Mas o ímpeto do Timbu durou pouco. O jogo foi marcado por muitos erros de ambos os lado, e as chances de gol se tornaram raras. Somente aos 22 minutos as redes balançaram, com Araújo fazendo 1 a 0 para o Náutico.

O jogo continuou fraco, e somente aos 36 minutos uma boa chance voltou a acontecer. E foi novamente a favor do Náutico, quando o mesmo Araújo roubou uma bola na área e driblou seu marcador, mas chutou por cima. Os times ainda deram um gás extra nos minutos finais da primeira etapa, mas não balançaram mais as redes antes do intervalo. E os jogadores do Dragão saíram de campo sob vaias e protestos da torcida.

Balão sobrevoa campo durante o intervalo, para
anunciar uma promoção.

O Atlético acordou no segundo tempo. Foi para cima do Náutico e perdeu várias grandes chances de empatar a partida. O Timbu respondeu à altura, e o jogo melhorou muito na segunda etapa.

Flash do segundo tempo.

É bem verdade que o ritmo frenético dos primeiros minutos não se manteve, mas as duas equipes buscaram o ataque no segundo tempo muito mais do que no primeiro. Especialmente o Atlético que, em desvantagem, queria o empate. Mas, ao contrário dos primeiros minutos, o Dragão tinha poucas chances reais de balançar as redes. E o Náutico terminou mesmo o jogo vencendo pela contagem mínima.

O resultado deu um alívio para o instável Náutico, que, após um bom começo no campeonato, caiu de produção e perdeu vários jogos. À espera dos resultados dos jogos de domingo, o Timbu ocupa provisoriamente a décima colocação. O Dragão, por sua vez, continua sem conseguir vencer, e carrega a lanterna da competição, com apenas dois pontos. Se não houver uma grande mudança, a Série B parece ser o destino do rubro-negro goiano.

Fim de jogo, voltei para o hotel, e fui descansar, me preparando para, logo cedo, pegar a estrada. E preparar mais uma cobertura para logo mais.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sobradinho e Crac ficam no zero

Na última quarta-feira, uma espera de 16 anos chegou ao fim. Desde o distante 1996 que o Sobradinho não disputava uma competição nacional. Naquela ocasião, o Leão da Serra disputou uma inchada Série C, onde dividiu espaço com clubes que já fecharam suas portas ou estão licenciados, como Corinthians de Presidente Prudente , Planaltina, Catuense, Sãocarlense e Matsubara; outros que andam sumidos no cenário nacional ou nas divisões inferiores de seus estados, como Juventus, Comercial de Campo Grande, Francana, Galícia e Anápolis; e, ainda, outros que em tempos recentes estiveram ou ainda estão na Primeira Divisão nacional, como Avaí e Figueirense. Na época, o Sobradinho, por uma decisão infeliz de alguns de seus dirigentes, mudou seu nome para Botafogo Sobradinho. A estratégia não deu certo: os botafoguenses da cidade não adotaram a "novidade", e os torcedores do Sobradinho sentiram seu time descaracterizado. Assim, logo o time voltou ao seu nome original. Mas, depois disso, o clube caiu, e por muitos anos frequentou a segunda e até a terceira divisão local. Na atual temporada, o time ressurgiu, terminando o campeonato candango em um honroso terceiro lugar, à frente dos outrora favoritos Brasiliense e Gama. E, com a desistência do Gurupi, o Leão da Serra ganhou a chance de voltar a uma competição nacional. E, na última quarta-feira, o Leão da Serra recebeu em seu estádio, o Augustinho Lima, o Crac, da cidade de Catalão. A equipe goiana não pode reclamar muito de seu passado recente: em 2004, o time levantou a taça de campeão goiano, e por algumas vezes desde então, fez boas campanhas no campeonato local: quarto colocado em 2009, e terceiro no último campeonato, o que o credenciou a disputar a Série D este ano. Para minha lista, nenhuma novidade: terceiro jogo da equipe de Catalão visto in loco (por coincidência, os outros dois foram contra o Ceilândia, no Abadião) e oitavo do Sobradinho. Para não perder esse grande jogo, cheguei ao Augustinho Lima na hora marcada. E aqui conto a história do jogo.

Depois de chegar ao Augustinho Lima, passei por uma demorada fila para entrar no estádio. Uma vez lá dentro, o jogo atrasou por um motivo que, infelizmente, já vem virando rotina em jogos na Capital: a ambulância demorou para chegar. Somente 21 minutos depois do horário marcado a bola rolou.
Rolou, em termos, pois depois de apenas oito minutos, a ambulância teve que deixar o estádio. Nada de relevante aconteceu nesses minutos. Com a chegada de outra ambulância, poucos minutos depois, o jogo recomeçou.

Com 10 minutos de jogo, o Sobradinho teve a primeira grande chance de abrir a contagem, em um lance em que o atacante ficou livre para chutar cruzado. Mas, para surpresa geral, ele chutou para trás, ao invés de tentar o gol. Um lance bastante curioso. De resto, o jogo foi fraco no primeiro tempo, com muitas paralisações (além das causadas pela falta de ambulância) e poucas chances de gol. O time da casa era um pouco melhor, mas seus jogadores não conseguiam criar chances reais de gol. O time de Catalão praticamente não levava perigo.

Flash do primeiro tempo.

Nos minutos finais do primeiro tempo o Sobradinho finalmente criou algumas chances reais de gol, mas parou no bom goleiro do time goiano, que garantiu que as duas equipes fossem para os vestiários com o zero no placar.

O segundo tempo começou frio, não muito diferente do primeiro, nem do clima frio da noite de Sobradinho. O Leão da Serra continuava melhor no jogo, mas desperdiçava as poucas chances reais de gol que criava, enquanto o Crac praticamente não atacava.

Flash do segundo tempo.

O time de Catalão melhorou na segunda metade da etapa final, e criou algumas oportunidades depois dos 20 minutos. Mas o ímpeto durou pouco, e logo o Sobradinho voltou a dominar. Porém, continuava sem conseguir criar boas chances, e na prática, pouca coisa realmente relevante aconteceu. E o jogo terminou mesmo no zero a zero.

A estreia certamente não foi o que a torcida do Leão da Serra esperava - e, de fato, o time, embora dominando territorialmente, não jogou bem, e mostrou falta de entrosamento. O time goiano, por sua vez, ficou devendo, e muito. Levou pouquíssimo perigo ao gol do Leão da Serra. Resumindo, foi um jogo fraco. E, em um campeonato de tiro curto, não há muito tempo para se recuperar. Os dois times vão ter que trabalhar muito se tiverem alguma aspiração na competição.

Fim de jogo, hora de voltar para casa, para o merecido descanso. E, claro, para preparar a matéria.

domingo, 1 de julho de 2012

Ceilândia e Cene fazem jogo emocionante, com vitória dos brasilienses

E a Série D chega à sua segunda rodada. O grupo 5 da competição, até as 16 horas do último domingo, só tinha tido um jogo, que foi o confronto entre Aparecidense e Ceilândia, do qual já tratamos aqui. No entanto, a tabela marcava dois jogos para o último domingo por esse grupo, entre eles o confronto entre Ceilândia e Cene, no Estádio Abadião. Para a equipe sul-matogrossense, que fez uma campanha apenas mediana no campeonato de seu Estado, era a estreia na competição nesta temporada. O Ceilândia, após a boa vitória na estreia diante da Aparecidense, buscava os três pontos para se manter de vez na briga. Para minha lista de times vistos in loco, nenhuma novidade: essa foi a 40ª partida do Ceilândia e 4ª do Cene que vi in loco. Aliás, o Cene participou da única partida que vi in loco que foi decidida nos pênaltis - contra o Brasiliense, em 2002, pela Série C. O time, nos primeiros anos de vida, era sediado em Jardim. Depois mudou sua sede para a capital Campo Grande. Na Série D, mandará seus jogos em Dourados. Para ver se o Ceilândia ia se consolidar na dianteira ou se o Cene ia estrear "com o pé direito", não perdi tempo e fui para o Abadião, para ver o que ia rolar.

O Cene começou o jogo melhor no jogo, atacando mais. E, de fato, aos 7 minutos o time visitante abriu a contagem, com Chico, que recebeu livre e chutou cruzado. Cene 1 a 0.

Cene comemora primeiro gol do jogo.

O jogo começou marcado por muitos erros, por parte de ambas as equipes. Após o gol, o nível do jogo caiu, e as equipes criaram poucas chances de gol.

Jogadores disputam a bola.

Aos 33 minutos o Ceilândia chegou à igualdade. O árbitro marcou falta próxima à área, em um lance em que os jogadores pediram pênalti. Não fez diferença para Kabrine, que cobrou bem e deixou tudo igual no marcador.

A cobrança de falta de Kabrine vai em direção ao gol.

Jogadores do Ceilândia comemoram gol de empate.

O Ceilândia ainda tentou marcar o gol da virada, e atacou mais no final da primeira etapa. Mas os dois times foram mesmo para o vestiário empatados em um gol.

No segundo tempo, o Cene já mostrou logo no começo que queria os três pontos. Aos oito minutos, Cristiano arriscou de longe e recolocou o time sul-matogrossense em vantagem: 2 a 1. Mas, sete minutos depois o Ceilândia chegou novamente à igualdade. Didão acertou uma bela cabeçada após cobrança de escanteio, e fez 2 a 2.

Novamente o Ceilândia empata.

Comemoração do gol.

Aos 25 minutos, veio a virada do Ceilândia. Zé Carlos chutou e colocou o time da casa em vantagem, pela primeira vez no jogo: 3 a 2. E, depois disso, pouca coisa digna de nota aconteceu. O Cene ainda teve um jogador expulso, o que diminuiu ainda mais suas chances de reação. E o Gato Preto levou mesmo os três pontos.

Ceilândia com a bola.

A segunda vitória na competição deixou o Ceilândia numa situação muito boa no grupo, com seis pontos em duas rodadas, e já colocando o Gato Preto como candidato a uma das vagas. O Cene, apesar da derrota, mostrou que tem condições de fazer um bom papel na competição. Essa foi apenas a estreia do time sul-matogrossense, e muita água ainda vai passar por baixo da ponte. Resta esperar, o campeonato está apenas começando. A se lamentar, somente o pequeno público presente ao Abadião: apenas 92 pessoas pagaram ingresso. É muito comum ouvir gente em Brasília dizendo que quer que o futebol da cidade cresça e tenha times na Série A, ainda que seja só para ver os grandes clubes jogando na Capital Federal. Mas isso não acontecerá se as pessoas não apoiarem desde o começo, mas só quando algum clube da cidade estiver na iminência de subir à Série A.

Fim de jogo, hora do retorno ao lar, e de me preparar para mais uma semana que estava por começar.