segunda-feira, 27 de agosto de 2012

São Vicente consegue boa vitória contra o Jaboticabal

E o domingo reservava mais uma viagem para o litoral. A bela São Vicente, mais antiga cidade brasileira, me recebeu para a partida entre São Vicente e Jaboticabal, realizada no estádio Mansueto Pierotti. As duas equipes ocupam os dois últimos lugares do equilibrado grupo 17 da Segunda Divisão paulista, mas o Esquadrão Calunga tem apenas um ponto a menos que o líder Tupã, e um a mais que o Tigre. Assim, ambos continuam mais vivos do que nunca na disputa. E a promessa era de um grande jogo, motivo pelo qual cheguei cedo ao Terminal Jabaquara, para descer ao litoral e ver a minha 596ª partida in loco - e, de quebra, aumentar minha lista de times vistos in loco com as duas novidades - são 188 equipes agora.

Banda Marcial de São Vicente toca antes do jogo.

Demorou apenas três minutos para o time da casa abrir o placar. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou livre para Waguininho, que só deu um leve toque e colocou para dentro, fazendo 1 a 0 para o São Vicente.

São Vicente comemora primeiro gol.

Ao gol do Esquadrão Calunga, seguiu-se um jogo truncado, marcado por muitas faltas e poucas chances de gol. O jogo só melhorou um pouco entre os 20 e os 30 minutos, quando as equipes chegaram algumas vezes com perigo. Depois disso, as chances diminuíram, mas o jogo era um pouco menos truncado do que no início.

Defesa do Jaboticabal marca forte.

E os dois times não conseguiram mudar o placar no primeiro tempo. O São Vicente foi para os vestiários com a vantagem mínima. As emoções ficariam para a etapa final.


Alguns flashes da primeira etapa.

O começo da segunda etapa foi de poucas emoções. Apenas depois dos 15 minutos a partida melhorou um pouco, mas continuou truncada. Somente aos 31 minutos as redes voltaram a balançar, com Márcio marcando o segundo do São Vicente.

Ataque do São Vicente, em busca do segundo gol.

Depois disso, mereceu destaque uma confusão entre os jogadores nos minutos finais. Gol, mesmo, não teve mais nenhum. E o São Vicente venceu mesmo por 2 a 0.

Jogadores se desentendem.

Panorâmica do estádio.

O São Vicente, com a vitória, assumiu a liderança do grupo, e jogou o Jaboticabal para a última posição. Porém, o equilíbrio do grupo não permite fazer nenhum prognóstico. As duas rodadas finais são o que definirá tudo.


Fotos externas do belo estádio de São Vicente.

Encerrado o jogo, subi a serra e fui me preparar para voltar para Brasília. A semana estava por começar.

Juventus busca empate com Grêmio Osasco

Depois de duas semanas, volto às atividades, trazendo de volta uma importante competição do futebol de São Paulo, a Copa Paulista. E volto à mesma cancha onde já vi diversos jogos, inclusive por essa competição: a sempre acolhedora Rua Javari. Na tarde do último sábado, foi realizado lá o encontro entre Juventus e Grêmio Osasco. O time da casa começou a rodada como integrante de um "colégio de líderes" do qual também faziam parte o Palmeiras B e o Atlético Sorocaba. O time de Osasco - novidade na minha lista, entrando como 186º integrante - ocupava a quinta posição, com 12 pontos, quatro a menos do que o trio de líderes. Isso mostra o equilíbrio do grupo, e mostra que os integrantes dessa chave vão ter vida dura. De modo que cheguei à Javari no horário marcado para essa grande partida.

Fachada da loja do Juventus, dentro do estádio

Quando a bola rolou, não demorou para o time visitante mostrar serviço. Com apenas três minutos de jogo, Bruno Leandro recebeu livre pela direita, e chutou para fazer 1 a 0 para o Grêmio Osasco.

Grêmio Osasco na frente.

Com o gol, o Juventus acordou, e conseguiu fazer seus primeiros bons ataques. Mas o ímpeto juventino durou pouco. O time de Osasco pouco assustava, mas conseguia manter o jogo sob controle. De modo que o jogo esfriou, e por um bom tempo se manteve frio. O momento curioso foi quando foi marcado lateral para o Juventus, e dois jogadores cobraram o lateral, de lugares bem diferentes. A cobrança teve que ser repetida.

Escanteio para o Juventus

E, diante da ineficiência juventina, o Grêmio Osasco chegou ao segundo gol aos 33 minutos, com Dedé, após falha da defesa. E, apesar de todos os esforços, o Moleque Travesso não conseguiu diminuir a diferença na primeira etapa. E o Grêmio Osasco foi mesmo para os vestiários vencendo por 2 a 0.

No segundo tempo, o time da casa mostrou uma disposição que ainda não havia mostrado no jogo, e criou boas chances para diminuir a diferença - tendo inclusive reclamado de uma penalidade nos primeiros minutos. Mas o Moleque Travesso abusava do direito de perder gols incríveis.

Bola na área.

O Juventus finalmente diminuiu a diferença aos 23 minutos, quando Jean acertou uma bela cabeçada, que acertou o poste esquerdo antes de balançar as redes: 2 a 1 para o Grêmio Osasco. O gol deu ânimo ao time da casa, que foi para o ataque e aumentou a pressão em busca do empate.

Juventus, de branco, tenta chegar.

Até que, aos 42 minutos, o time grená chegou ao empate, com Diguinho, que fez explodir a torcida do time da casa. O Moleque Travesso ainda pressionou, mas o placar ficou mesmo no 2 a 2.

O resultado colocou o Juventus em segundo lugar no grupo - o Atlético Sorocaba venceu seu jogo e assumiu a liderança. O Grêmio Osasco ocupa a quinta posição, mas segue firme na briga, com uma diferença de apenas seis pontos para o líder. As próximas rodadas irão decidir o destino dos times do grupo.

Fim de jogo, hora de me preparar para mais uma jornada, já na manhã de domingo.

sábado, 11 de agosto de 2012

Paranoá surpreende Brasília e vence a primeira

Há quatro anos, eu finalmente resolvi dar vida a uma antiga ideia, e criei o Campo de Terra, este mesmo blog que o amigo internauta acessa neste momento, seguindo os passos de muita gente boa que usa a Internet para falar do chamado futebol alternativo, ou seja, dos jogos que não aparecem tanto na grande mídia. No distante 2 de agosto de 2008, este post sobre o jogo Brasília 2x1 Paranoá, pela Segundona candanga, deu início aos trabalhos do blog. Desde então, entre muitos altos e baixos, venho cobrindo várias partidas de futebol e até mesmo de outros esportes (menos do que deveria, reconheço). E, passados quatro anos, os mesmos Brasília e Paranoá daquela tarde de sábado voltaram a campo. Naquela ocasião, o jogo foi disputado em Sobradinho, e o Brasília, com a vitória, deu início a uma grande campanha que o levaria de volta à Primeira Divisão, depois de meia década. No último sábado, porém, o confronto foi no grande e subutilizado Bezerrão, e valia pela segunda rodada do campeonato da Segundona local. As estreias dos dois times na competição tinham sido diametralmente opostas: o Colorado, jogando no Estádio da Metropolitana, fez 5 a 0 no Cruzeiro, enquanto o Paranoá, jogando no JK, caiu por 1 a 0 diante do forte Santa Maria. Era o jogo do Paranoá que tentava se recuperar, contra o Brasília que buscava manter a boa fase. Esperando um grande jogo, fui para o Bezerrão para ver o que ia acontecer.

Estranha marcação do círculo central.

O Brasília começou atacando mais, e fazia uma forte marcação, mas encontrava dificuldades para fazer o último passe. Com isso, o time acabou sendo castigado. Aos 9 minutos, Rodrigo, de cabeça, fez 1 a 0 para o Paranoá.

O Brasília acordou com o gol, e passou a dominar o jogo, e a criar boas chances de marcar. Mas desperdiçava ocasiões incríveis, e não conseguia reverter a desvantagem.

Bola na área do Paranoá.

E, de tanto desperdiçar chances, o Brasília, mesmo dominando o jogo durante todo o tempo, foi para os vestiários perdendo por 1 a 0. Restava o segundo tempo, para saber se o Brasília ia reagir ou se o Paranoá ia manter a vantagem.

No primeiro tempo, Paranoá tem a bola.

E o segundo tempo não começou diferente do primeiro, mas o Brasília, ainda que atacando mais, não criava chances reais de gol. O "último passe" continuava não funcionando, e o Colorado encontrava dificuldades.
Aos 20 minutos, veio novamente o castigo: após falha do goleiro colorado, o veterano Abimael ficou livre e marcou o segundo gol da Cobra Sucuri.

No segundo tempo, novamente o Paranoá com a bola.

Cinco minutos depois, o Brasília teve a chance de diminuir a diferença, em cobrança de pênalti. Mas o Colorado desperdiçou a cobrança. O lance desanimou o Brasília, que não conseguiu fazer mais nada no jogo. O Paranoá, depois do pênalti perdido, não precisou fazer grande esforço para segurar o resultado. E terminou mesmo assim, Brasília 0-2 Paranoá.

Outro flash do segundo tempo.

A vitória deixou o Paranoá com os mesmos três pontos de seu adversário. Ambas as equipes ainda têm várias rodadas pela frente, mas, em um torneio de tiro curto, qualquer ponto perdido pode ser fatal. E tanto o Colorado quanto a Cobra Sucuri seguem firmes na briga.

Encerrado o jogo, eu não poderia deixar de visitar a Pamonha Caipira e a Saborelli, ambas no Gama Shopping, e um programa obrigatório para quem vai ao Bezerrão. Depois disso, voltei para casa.

domingo, 5 de agosto de 2012

Guarujá supera Manthiqueira com dificuldades e segue na Segundona

No fim de semana, muitos paulistanos, e muitas pessoas que moram em outras cidades e estão passando pela Capital Paulista, descem a serra e vão aproveitar os dias de descanso no Guarujá. E eu, de passagem por São Paulo, resolvi fazer o mesmo. Mas não fui para o Guarujá para aproveitar as praias, os restaurantes a beira mar ou a vida noturna da cidade. Meu destino no famoso balneário paulista foi o estádio Antônio Fernandes, onde se enfrentaram Guarujá e Manthiqueira, de Guaratinguetá. A situação do time da casa era tranquila, pois vinha fazendo uma boa campanha, e uma vitória o colocava na fase seguinte, e, na verdade, mesmo se perdesse, o time tinha boas chances de chegar como um dos melhores terceiros colocados. E, para completar, a equipe do Vale do Paraíba foi ao jogo já desmotivada, após ter perdido todos os cinco jogos anteriores na segunda fase e já não ter mais chances no campeonato. O Manthiqueira foi novidade na minha lista nesse jogo, se tornando o 185º integrante da mesma, e, de quebra, conheci o estádio Antônio Fernandes, que já havia visto pela televisão, mas nunca in loco. Esse estádio sempre me chamou a atenção pelo fato de um morro com muita vegetação terminar atrás de um dos gols, dando a impressão de que fica em um lugar isolado. Para ver o que ia acontecer, acordei cedo para ir ao terminal do Jabaquara e pegar o ônibus. E aqui conto o que vi.

Troféus na galeria do clube.

Algumas fotos históricas da A. D. Guarujá.

Foto do jogo Guarujá 3x2 Botafogo, pela Copa SP de 2002.
A panorâmica logo no começo da matéria, com o
morro logo atrás.

Mesmo sendo favorito e jogando um pouco melhor, o Guarujá não conseguia se impor no jogo. O time praiano atacava mais, mas criava poucas chances, desperdiçava essas chances e, por vezes, ainda esteve ameaçado de sofrer o castigo.




Flashes diversos da etapa inicial.

O zero a zero no placar no intervalo não chegou a ser uma surpresa. As emoções estavam reservadas para a etapa final mesmo. Os treinadores teriam que tirar algum coelho da cartola.

Mas não foi bem isso que aconteceu. O começo do segundo tempo conseguiu ser ainda pior que o primeiro, e, nos primeiros minutos, o Manthiqueira aproveitou para fazer o que ainda não tinha feito na segunda fase do campeonato: jogar bola. E o time chegou a perder algumas boas chances de abrir os trabalhos.

Jogador do Guarujá pressionado.

Disputa de bola.

Um lance curioso aconteceu aos 14 minutos, quando, em uma cobrança de falta do Guarujá, a bola acertou caprichosamente uma outra bola que estava do lado de fora do campo, para reposição. Coincidência ou não, o Guarujá chegou ao gol um minuto depois, com Davis, em um belo tiro de longe. Um a zero no placar.

Comemoração do primeiro gol do Guarujá.

O gol abateu o Manthiqueira, que não conseguiu fazer mais nada. Nove minutos depois do primeiro gol do Guarujá, o próprio Davis ampliou para o time da casa, após receber um bom lançamento e bater cruzado.

Mas logo em seguida, a primeira vez que foi ao ataque após o gol, o Manthiqueira conseguiu um pênalti. Sidinei tomou pouca distância, mas acertou o canto e diminuiu a vantagem do time praiano.


Mais alguns momentos da segunda etapa.

O time do Vale ainda tentou o empate, e criou boas chances para chegar à igualdade, mas pecou muito nas finalizações. E a expulsão de Gustavo, já nos acréscimos, enterrou de vez as esperanças do Manthiqueira. E terminou assim mesmo: Guarujá 2x1 Manthiqueira.

A equipe de Guaratinguetá se despediu da competição perdendo seus seis jogos nessa fase, mas mostrou que poderia ter feito um papel melhor. O Guarujá conseguiu a segunda vaga do grupo, e segue na disputa, junto com o Votuporanguense, campeão do grupo. e o Jaboticabal, que entrou como um dos melhores terceiros colocados. Ainda tem muita água para passar por baixo da ponte até o fim do campeonato, quando serão decididas as equipes que passarão a integrar a Série A3 em 2013. Vale registrar que, quando eu estava indo para o jogo, o motorista do taxi me disse que o estádio poderia entrar em reformas em breve. Entendo que uma reforma é necessária, mas espero que não tire o ar "bucólico" do templo praiano, o mesmo ar bucólico que me levou a querer conhecê-lo.

Fim de jogo, hora de subir a serra e voltar para a Capital Paulista, e me preparar para, à noite, pegar o voo de volta para Brasília.