domingo, 28 de outubro de 2012

Brasiliense vence Vila Nova e joga Série C em 2013

Depois de toda confusão e de todos os atrasos, finalmente a primeira fase da Série C do Brasileirão chega ao fim. E o Campo de Terra aproveitou o fim de semana para ver uma das partidas mais melancólicas do Grupo B, envolvendo Brasiliense e Vila Nova. O Jacaré chegou a esse jogo ainda não totalmente livre do descenso. Precisava vencer para não depender do resultado da partida entre o Santo André, o outro ameaçado, contra o Macaé. O Tigre goiano chegou a essa partida livre do descenso, mas sem chances de se classificar, de modo que somente cumpria tabela. Uma partida com poucos atrativos, a não ser o futebol em si. E, para nós, isso basta.

No começo do jogo, nem parecia que o Brasiliense precisava do resultado. O Jogo todo era jogado no campo de ataque do Vila, embora o time visitante atacasse de forma desordenada, e criando pouquíssimas chances reais de gol. Somente aos 9 minutos o Jacaré chegou no ataque, mas já chegou com perigo: Frontini matou no peito e chutou forte, carimbando o travessão.

Brasiliense tenta partir para o ataque.

E o jogo foi morno na maior parte do tempo. Porém, aos 34 minutos, o Brasiliense abriu os trabalhos: Baiano, sem marcação, chutou cruzado e fez 1 a 0 para o time da casa.

Bola na área: ataque do Vila.

E foi só. Durante o restante da primeira etapa, nem o Brasiliense encontrou forças para marcar o segundo, nem o Vila para empatar. E, sem nenhum minuto de acréscimo, o árbitro encerrou a primeira etapa com a vantagem mínima para o Jacaré.

Brasiliense no ataque.

Quando a bola rolou para o segundo tempo, nada indicava que o jogo iria melhorar. Foram vários minutos de um jogo sonolento, com raríssimas chances de gol. E o Vila Nova acabou chegando ao empate aos 20 minutos, em um lance incrível, com uma cabeçada de Fábio Braz contra o próprio patrimônio.

De novo, o Vila no ataque.

O gol de empate do Tigre deu início a uma fase eletrizante do jogo, ao contrário do que toda a partida havia sido até então. Apenas seis minutos depois do empate do Tigre, Baiano cobrou falta pela direita do ataque do Jacaré com perfeição e reestabeleceu a vantagem do time da casa.

Brasiliense comemora o segundo gol. Momento emocionante do jogo.

A chuva de gols continuou. Aos 31 minutos, o Jacaré marcou mais um. Baiano lançou Chico que, livre, chutou cruzado e fez 3 a 1 para o Brasiliense. Breno diminuiu a diferença e recolocou o Tigre no jogo aos 37, em um lance confuso. E, aos 42, Washington fechou a conta para o Jacaré, e pôs fim a um segundo tempo que, se não foi primoroso tecnicamente, teve o que se espera de um jogo de futebol: gols. Final, Brasiliense 4 x 2 Vila Nova.

Outra chegada do Tigre, no segundo tempo.

O Brasiliense, com esse resultado, permanece na Série C em 2012. Muito pouco para um time que já esteve na Série A e já chegou a uma final de Copa do Brasil. O Tigre terminou a primeira fase com os mesmos 23 pontos do clube da Capital, e também vê adiado seu sonho de voltar à Série B. A festa no grupo ficou para duas equipes fluminenses, Macaé e Duque de Caxias, para a catarinense Chapecoense e a paulista Oeste. Resta esperar a próxima fase para ver quem serão os novos integrantes da Série B em 2013.

Fim de jogo, peguei o metrô e voltei para casa, para o merecido descanso.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Atlético-GO vence Universidad Católica, mas está fora da Sulamericana

Conforme o ano vai chegando ao fim, os jogos vão ficando mais raros, de modo que cada oportunidade de ir ao estádio deve ser agarrada com unhas e dentes. Especialmente quando existe a possibilidade de incluir mais um time estrangeiro na lista, e mais especialmente ainda quando isso ocorre em um jogo realizado no centro-oeste, perto de casa. Por isso, na última quarta-feira, peguei a BR-060 em direção a Goiânia, para ver o espetacular jogo entre Atlético Goianiense e Universidad Católica, pela Copa Sulamericana. O time da casa, que, no Brasileiro, parece ter jogado a toalha na briga contra o rebaixamento, agora foca na competição internacional. Mas, nessa partida, chegou precisando reverter uma desvantagem de dois gols do primeiro jogo, realizado em território chileno, para seguir na briga. De toda forma, um jogo muito interessante, que merecia ser visto in loco, e que faz com que a minha lista de times vistos chegue a 198 clubes, sendo 15 estrangeiros, e quatro seleções.

Nessa Sulamericana, uma das placas traz o nome da cidade onde
o jogo é realizado. Goiânia sendo vista por toda a América do Sul.

Precisando do resultado, o Dragão tomou mais a iniciativa do jogo, mas a defesa do time chileno não deixava o ataque goiano criar boas chances de gol. O Dragão, por outro lado, deixava muito espaço para os contra-ataques.

Precisando do resultado, Dragão ataca.

E a pressão do Atlético acabou falando mais alto. Aos 12 minutos, Joílson recebeu livre e abriu a conta para o Dragão.

Atlético sai na frente.

Mesmo precisando de mais um gol, o Atlético diminuiu o ritmo. Mas os erros da equipe chilena permitiam ao Dragão continuar criando chances de gol. Vendo que poderia marcar o segundo, o Atlético voltou a atacar mais, e criou algumas ocasiões para marcar o segundo gol.

Ataque da Universidad Católica.

De tanto insistir, o Dragão chegou ao segundo gol, com Reniê, aos 35 minutos. Mas a Universidad Católica marcou um importante gol, aos 42 minutos, com Rios. A importância desse gol se devia ao fato de ele afastar qualquer possibilidade de uma decisão por pênaltis, e obrigar o Dragão a fazer 4 a 1 para se classificar.

Ainda o time chileno com a bola.

E nada mais aconteceu na primeira etapa. O jogo ia para o segundo tempo totalmente aberto, mas o time chileno renovava suas esperanças.

Como esperado, o Dragão começou o segundo tempo rondando a área da Católica. E, em apenas cinco minutos, o time da casa chegou ao terceiro gol, com o goleiro Márcio, em cobrança de pênalti.

Lance que resultou em pênalti para o Dragão.

O resultado ainda era bom para o time chileno. O Atlético precisava de mais um gol. Mas, apesar de algumas boas chances esporádicas, o jogo ficou morno. Ricardo Bueno chegou a marcar o que seria o quarto gol atleticano, mas o lance foi anulado, por impedimento.

Dragão sai para o ataque. Ao fundo, torcida do time chileno.

E foi só. O jogo emocionante que se esperava não veio. O restante do segundo tempo foi sonolento e de poucas emoções. Somente nos minutos finais o Dragão esboçou uma pressão, e chegou a carimbar o travessão. Mas já era tarde.

O jogo terminou mesmo com a vitória do Atlético Goianiense por 3 a 1. A Universidad Católica, mesmo perdendo, segue na competição graças ao critério do gol marcado fora de casa, e espera o vencedor de Independiente e Liverpool uruguaio. O Dragão se despede da competição, e a partir de agora foca no Campeonato Brasileiro, competição na qual joga suas últimas cartadas na briga para escapar do rebaixamento.

Fim de jogo, retornei ao hotel e tive o merecido descanso para encarar a estrada no dia seguinte.

sábado, 13 de outubro de 2012

Em partida fraquíssima, Brasiliense supera Tupi

Depois de quase duas semanas longe dos estádios, o sábado me reservou um duelo de vida ou morte no Estádio Serejão, entre Brasiliense e Tupi. As duas equipes vivem um momento difícil: a equipe de Juiz de Fora, que subiu da Série D no ano passado, ocupa o último lugar do grupo, com 14 pontos, enquanto o Jacaré, embora fora da zona da degola, está em sétimo lugar, com apenas três pontos a mais que o Galo Carijó. Muito pouco para quem estava na Primeira Divisão há poucos anos. De toda forma, nenhum dos dois times ia querer perder esse jogo. Para ver quem ia dar um importante passo na luta contra o descenso, fui ao Serejão, para o meu 168º jogo no estádio. E eis o que aconteceu.

Logo no começo, deu para ver que o jogo, ainda atrapalhado pela chuva que caía, seria um reflexo da situação que vivem as equipes. O que se viu foi uma partida fraquíssima, com as duas equipes cometendo erros infantis, criando poucas chances de gol e desperdiçando de forma incrível essas chances.

Brasiliense tem a posse de bola.

Somente aos 23 minutos as redes balançaram. Frontini cabeceou fraco, mas tirou do goleiro do Tupi, marcando Brasiliense 1 a 0.

Equipe mineira tenta se defender.

O Jacaré passou a atacar mais depois do gol, mas a cara do jogo pouco mudou. As duas equipes continuaram errando muito e criando pouco. A disposição do time da casa durou pouco, e logo em seguida a equipe da Zona da Mata passou a dominar as ações. Mas nada suficiente para mudar um primeiro tempo horrível, que terminou mesmo com a vantagem mínima para os donos da casa.

No segundo tempo, a chuva voltou ainda mais forte, e nada indicava que a cara do jogo mudaria. O festival de erros continuava, e o jogo era fraco. Aos seis minutos, porém, Andrade arriscou de longe e a bola achou o caminho do gol. Jacaré 2 a 0.

Segundo tempo. E a chuva castiga...

Depois do gol, o jogo até esquentou no que diz respeito à disposição das equipes, mas as limitações técnicas eram evidentes, e o campo encharcado complicava mais ainda a situação. Aos 28 minutos o Tupi diminuiu. Sílvio acertou uma boa cabeçada, e colocou o placar em 2 a 1 para o Brasiliense.

Tupi busca seu gol.

Após o gol, o time de Juiz de Fora foi para cima, e a maior parte dos minutos finais foi jogada no campo de defesa do Jacaré. Mas o time não encontrava forças para criar grandes chances de gol, e o nível da partida continuava o mesmo. E, após três minutos de acréscimo, a arbitragem resolveu encerrar o show de horrores, com a vitória do Brasiliense por 2 a 1 sobre o Tupi.

Mesmo faltando apenas duas rodadas para o encerramento da primeira fase, o Brasiliense está numa situação curiosa: com 20 pontos, está separado pelos mesmos três pontos da zona de classificação para a segunda fase e da zona de rebaixamento. Mas, se tiver alguma aspiração na competição, precisa mostrar um futebol muito melhor do que o mostrado na tarde de hoje. O Tupi, por sua vez, segue na lanterna do grupo, e tem uma diferença de cinco pontos para o Madureira, primeiro time fora da zona. Em suma, o time da Zona da Mata depende de um milagre para permanecer na Série C. Situação triste para um time que representa uma das mais importantes cidades mineiras, e que sonhou grande ao conquistar, ainda no ano passado, o acesso à Série C.

Fim de jogo, e, com a trégua dada pela chuva, consegui caminhar para a estação de metrô e chegar em casa sem maiores problemas. Esperando para fazer a próxima cobertura.