sábado, 18 de maio de 2013

Pinceladas

Dois jogos vistos na semana que passou e, por razões diversas, não pude escrever a matéria referente aos dois jogos. Para não deixar passar em branco, uma rápida pincelada do que aconteceu nessas partidas:

Jogo 633 - 14/05/2013 - Palmeiras 1x2 Tijuana: o Palmeiras se despediu melancolicamente da Libertadores de 2013. Muitos acreditavam que o Palmeiras superaria tranquilamente essa fase, mas o time paulistano não foi nem sombra da equipe da primeira fase da Libertadores, que compensou com muita vontade suas evidentes limitações. A falha do goleiro Bruno no primeiro gol dos mexicanos foi sintomática da pobreza do futebol do Palmeiras nessa partida. Somente depois de diminuir a desvantagem, em um gol de pênalti de Souza, o alviverde mostrou a velha vontade de outras partidas. Mas o Tijuana, com o resultado na mão, conseguiu segurar o resultado até o final, e segue na Libertadores. O Palmeiras agora foca no Brasileiro da Série B, que começa daqui a uma semana.

Jogo 634 - 18/05/2013 - Brasiliense 0x3 Brasília: merecidamente, o Brasiliense conquista seu oitavo campeonato candango, no novo e reformado Mané Garrincha, e se iguala ao próprio Brasília em número de títulos. O jogo foi bom, com o Brasília atacando mais na maior parte do primeiro tempo, mas não conseguindo furar o bloqueio adversário. No segundo tempo, o Jacaré marcou o primeiro gol e, a partir daí, só controlou o jogo, e ainda conseguiu marcar mais dois gols, em falhas da defesa colorada. No entanto, se o jogo foi bom, como evento-teste foi um fracasso total. Péssima distribuição de ingressos (alguns poucos foram disponibilizados para venda, a maioria foi distribuída para convidados), filas imensas e paradas para a entrada no estádio, evidentes problemas de acabamento na parte do estádio "que não aparece", foram alguns dos problemas observados.

Não tenho previsão de ir ao estádio na próxima semana, de modo que, por enquanto, acredito que não virão novas postagens. Mas espero trazer novidades em breve, sempre falando dos esportes em Brasília, no Brasil e até no mundo.

sábado, 11 de maio de 2013

Brasiliense sai na frente do Brasília na decisão do Candangão

E, finalmente, chegou a hora da decisão. Brasília, campeão do 1º turno, e Brasiliense, campeão do 2º turno, entraram em campo no último sábado para a primeira partida da decisão do Candangão de 2013. A campanha dos dois times até aqui dava ao Brasiliense a vantagem de jogar por uma igualdade no resultado agregado para ficar com o oitavo título da sua história. O Brasília precisaria da vantagem na soma do placar das duas partidas para recuperar a taça que não é sua desde 1987. Era uma decisão sem favoritos, em que as duas equipes haviam chegado com méritos, e restava esperar pelo que as partidas decisivas reservavam.

As duas equipes começaram o jogo de forma cautelosa, e arriscando pouco. Por vezes, as equipes aproveitavam alguma distração da defesa adversária, e criavam alguma chance de balançar as redes. O Jacaré tinha um ligeiro domínio da partida, e o Colorado, ainda que não tenha reencontrado o bom futebol do primeiro turno, apresentou significativa melhora em relação às fracas atuações do returno.

Ataque do Brasiliense, com a marcação da defesa do Brasília.

Não foi uma surpresa a falta de gols na etapa inicial. O Brasília ainda teve uma grande chance no último lance da primeira etapa, quando Paulinho, de longe, acertou a trave. E o primeiro tempo terminou mesmo com as equipes empatadas sem gols.

Brasília chega, mas a defesa do Brasiliense já controla a situação.

Na segunda etapa, as duas equipes ousaram mais. Tanto o Brasília quanto o Brasiliense buscaram o ataque, e criaram algumas chances de gol. O Jacaré levava mais perigo, uma vez que a marcação da defesa colorada com frequência falhava, deixando o caminho livre para os atacantes do Brasiliense.

Ataque do Brasiliense no segundo tempo.

E foi justamente em uma dessas desatenções da defesa do Brasília que o Jacaré abriu a conta. Aos 23 minutos, Elivelto cruzou para Baiano, sem marcação, cabecear e marcar o gol do Brasiliense.

Com a vantagem, o Brasiliense diminuiu o ritmo, e o Brasília, ao contrário, foi ao ataque. Mas a forte marcação da defesa do Brasiliense manteve o perigo longe da meta. Luquinhas chegou a ter a chance de empatar o jogo, mas, cara a cara com Welder, chutou fraco, para fácil defesa do arqueiro do Brasiliense.

E foi só isso mesmo. O Brasiliense venceu o Brasília por 1 a 0, e deu um grande passo para ficar com a taça. Na final da próxima semana, no Mané Garrincha, o Brasiliense pode até perder por um gol de diferença que ficará com a taça pela oitava vez, igualando-se ao próprio Brasília. O Colorado só quebrará o jejum que já dura 26 anos se vencer por dois gols de diferença. A uma semana do grande jogo, a expectativa já é grande.

Encerrada a partida, era chegada a hora de voltar para casa, e partir para o merecido descanso.

domingo, 5 de maio de 2013

Após atraso de 23 minutos, Brasiliense vence Ceilândia e está na final do Candangão

A tarde do último sábado seria decisiva para Brasiliense e Ceilândia. No Estádio Serejão, ambas jogariam pelo título do segundo turno do Candangão, e por uma vaga na decisão da competição, nas próximas duas semanas. Um simples empate daria a vaga na final para o Jacaré, enquanto o Gato precisaria vencer para se manter vivo na luta pelo bicampeonato. Esse seria o sétimo confronto entre essas equipes que eu via ao vivo, e, nas partidas anteriores, o Ceilândia nunca tinha saído com a vitória: foram três empates e três vitórias do Brasiliense. Mas um desses empates teve sabor de vitória para o alvinegro: no dia 1º de maio de 2010, o 2 a 2 final deu ao clube o seu primeiro título candango. Pela melhor campanha, o Brasiliense levava algum favoritismo, mas menosprezar o bom time do Ceilândia poderia ser perigoso. Por isso, a promessa era de um grande jogo, que o Campo de Terra foi acompanhar.

Porém, nem o fato de ser um jogo decisivo impediu que algo que lamentavelmente já vem se tornando habitual voltasse a acontecer: no horário marcado para o jogo, a ambulância ainda não havia chegado ao Serejão, o que levou a um atraso de incríveis 23 minutos para o início do jogo. Quando, enfim, a ambulância chegou, a bola rolou.

Jogadores se aquecem enquanto ambulância não chega: falta de respeito rotineira com o torcedor.

O Ceilândia começou o jogo atacando mais. No entanto, a primeira grande chance do jogo foi do Brasiliense. Aos cinco minutos, Jefferson chutou de longe, a bola bateu no travessão e quicou na linha do gol. Por muito pouco o Jacaré não abriu a contagem.

Jogador do Brasiliense tenta sair da marcação. Ao fundo, a torcida.

Depois disso, o jogo esfriou. O Ceilândia tinha mais presença ofensiva, mas criava poucas chances. O Brasiliense se defendia bem.

Precisando vencer, o Ceilândia ataca.

E o Brasiliense acabou abrindo a conta. Aos 34 minutos, em uma falha de marcação da defesa do Ceilândia, Washington ficou livre para cabecear e marcar 1 a 0 para o Brasiliense. Depois disso, o time da casa teve boas chances, mas errou pela displicência. E o primeiro tempo terminou mesmo com o solitário gol do Brasiliense.

No segundo tempo, após um domínio inicial do Brasiliense, o Ceilândia foi para o ataque, mas o fez de forma desordenada. Com o tempo, o time visitante, que precisava de dois gols, aumentou a pressão. Mas não conseguia ser perigoso. E, quando o Brasiliense teve a chance de aumentar, o fez: aos 27 minutos, Baiano chutou cruzado, de longe, e fez Jacaré 2 a 0.

Depois do gol, o Ceilândia continuou atacando mais, mas ainda não conseguia ser perigoso. O Brasiliense segurou bem a pressão nos minutos finais, e garantiu o 2 a 0 no placar.

Já com o céu escuro, uma foto do jogo no segundo tempo.

O Brasiliense, após uma grande campanha, se sagrou, com justiça, campeão do segundo turno. Assim, o Jacaré vai decidir o campeonato nos próximos dois finais de semana, contra o Brasília, campeão do primeiro turno. A segunda partida da final deverá marcar a reabertura do Mané Garrincha, após a reforma visando à Copa das Confederações deste ano e à Copa do Mundo do ano que vem. A promessa é de um grande espetáculo, tanto na partida decisiva quanto na primeira partida, que deverá ser realizada no Serejão. Brasília e Brasiliense foram os melhores times da competição, e nada mais justo do que vê-los brigando pela taça.

Quando o jogo encerrou, eu tinha outro compromisso agendado e, por conta de todo o atraso para o início da partida, não pude ficar para as comemorações. Restou pegar o meu carro e deixar o Serejão, no aguardo da próxima cobertura.