segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Anapolina vence clássico contra o Anápolis.

E, após o jogo do Bezerrão, rumei para alguns quilômetros dali, mais exatamente para o Estádio Jonas Duarte, em Anápolis. A cancha do interior goiano recebeu o clássico da cidade, entre Anápolis e Anapolina. O Galo chegou invicto a essa partida, após dois empates sem gols contra Vila Nova (fora de casa) e Aparecidense (em casa). A Rubra estreou perdendo em casa para o Goiás, mas se recuperou na rodada seguinte, ao bater o Crac fora de casa. Um clássico que eu sempre quis ver ao vivo, e assim aproveitei essa oportunidade.

O Anápolis começou dominando completamente a partida. Porém, aos sete minutos, na primeira vez que foi à frente, a Anapolina abriu a conta, com Viola. Rubra 1 a 0.

Bom começo do Anápolis. Mas o gol da Anapolina mudou a história do jogo.

O jogo ficou mais equilibrado depois do gol. O Galo tinha um leve domínio territorial, mas as chegadas da Rubra eram mais perigosas.

Escanteio para o Galo.

A verdade, porém, e que o jogo ficou fraco, depois de alguns minutos de bom futebol. E, à parte dois gols anulados do Anápolis, pouca coisa aconteceu até o intervalo.


As torcidas do Anápolis (acima) e da Anapolina (abaixo) fizeram uma bela festa.

O segundo tempo começou na mesma toada, com poucas chances reais de gol e com o Anápolis um pouco melhor. Porém, aos seis minutos, a Anapolina ampliou, com Danilo, que recebeu passe de Viola, driblou o goleiro e marcou um golaço.

Ataque do Galo, com a cidade ao fundo.

Nos primeiros minutos após o gol, o Galo intensificou a pressão, buscando diminuir a diferença. Porém, essa pressão durou pouco e o jogo ficou concentrado no meio de campo, embora os times criassem algumas chances de gol. Somente nós acréscimos as redes voltaram a balançar. Viola, de pênalti, marcou seu segundo no jogo e fechou a conta. Final, Anápolis 0-3 Anapolina.

Anapolina, em seu campo de ataque.

A Rubra, com essa boa vitória, assumiu a liderança de seu grupo, com seis pontos em três jogos. O Galo, por sua vez, segue sem vencer, e, com apenas dois pontos, é o quarto e penúltimo colocado de seu grupo - o regulamento esdrúxulo prevê o cruzamento dos grupos. Ainda há tempo para a recuperação, e o campeonato ainda promete muito. Outro aspecto positivo foi a maciça presença das duas torcidas, que compareceram em grande número e fizeram um belo espetáculo.

Placar final. Ao fundo, o céu escuro anunciava a chuva.

Fim de jogo, e fim de um final de semana de muitas coberturas. Fui para o Hotel Denali (antigo Naoum), onde pude descansar bem antes de, já na segunda-feira, pegar a estrada e voltar para Brasília, onde mais uma semana me esperava.

Brasília estreia no Candangão derrotando o Legião

Depois da jornada do sábado, o domingo começou cedo para mim. Às 10:30, voltei ao mesmo Bezerrão da véspera, para o confronto entre Legião e Brasília. Esse confronto, que eu veria in loco pela quarta vez, teria, a princípio, o Brasília como favorito. Mas o Legião, uma semana antes, vencera o Ceilândia em território inimigo, colocando um ponto de interrogação na história. E o Brasília ainda não tinha tido tempo de ser avaliado, pois seu jogo diante do Bosque Formosa na primeira rodada acabou não acontecendo, graças à história das chuteiras. De toda forma, ninguém ia querer perder, e o jogo prometia.

Os primeiros minutos de jogo foram de pouca emoção, com os times encontrando dificuldades para criar jogadas. Mas logo o Brasília se soltou, e passou a comandar as ações. No entanto, apesar da pressão, o gol do Brasília saiu somente aos 31 minutos, em um belo chute de longe de Mateusinho.

Jogador do Legião tenta sair da marcação.

Depois do gol, o Colorado passou a adotar uma postura mais defensiva, mas as melhores chances continuaram sendo suas. Mas as redes não balançaram mais no primeiro tempo, e o Brasília foi para os vestiários vencendo por 1 a 0.

Bola na área.

No segundo tempo, o Legião começou no ataque, buscando o empate. Mas a pressão durou pouco, e aos oito minutos o Brasília chegou ao segundo gol. Igor José recebeu livre e tocou na saída do goleiro, para aumentar a conta.

Jogador do Legião recebe marcação.

O Brasília manteve sua postura defensiva, e o Legião se aproveitou disso para criar chances para diminuir a diferença. E o time da casa diminuiu aos 36 minutos, em cobrança de falta de Tinga.

Brasília tenta avançar.

Após o gol do Legião, o Brasília acordou, e voltou a ser melhor no jogo. Apesar de ter perdido boas chances, o Colorado soube manter o resultado. Final, Legião 1x2 Brasília.

O atual vice-campeão candango mostrou um bom futebol, e já entra como um dos favoritos ao título. Mas os apagões, como o que o time teve após o seu segundo gol, podem acabar custando caro. O Legião, por sua vez, mostrou que não deve ter grandes ambições na competição. Claro que ainda há muito tempo para o time laranja melhorar, mas isso deve ser feito o quanto antes.

Encerrada a partida, peguei a BR-060 para ir a Anápolis, onde faria mais uma cobertura.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Santa Maria derrota Ceilândia e se recupera

E, após o contratempo da primeira rodada, finalmente o Campo de Terra está de volta com suas coberturas. No último sábado, o Bezerrão recebeu o confronto entre Santa Maria e Ceilândia. As duas equipes estrearam mal na competição: os grenás caíram diante do Brasiliense no Serejão, enquanto os alvinegros foram surpreendidos em casa pelo Legião, ambos pelo placar de 2 a 1. Ambos buscariam a reação nesse jogo, e o Campo de Terra não poderia ficar de fora. Assim, tomei o caminho da cidade-satélite do Gama para ver esse confronto.

O jogo começou com boas chances de gol para ambos os lados, sem que nenhuma das equipes mostrasse um domínio claro. E, em uma dessas chances, aos nove minutos, o Santa Maria abriu a contagem. Lucas chutou de fora da área, a bola carimbou o travessão e pingou dentro do gol.

No campo de ataque, Ceilândia tenta sair da marcação.

Mesmo em vantagem, o Santa Maria passou a comandar as ações, e criou chances de aumentar a conta. O Ceilândia atacava menos, mas, quando chegava, era perigoso. Mas essa fase do jogo não durou muito. Logo o jogo ficou truncado, e as chances de gol rarearam. As equipes pouco se apresentaram ao ataque, e, quando o faziam, erravam o passe ou a defesa não tinha dificuldades para parar o ataque.

Marcação pesada do Santa Maria.

Depois dos 30 minutos, o Santa Maria passou a atacar mais, com direito a uma bela jogada de Maurício, que deixou seu marcador no chão e chutou para boa defesa do goleiro, que mandou para escanteio. Mas o primeiro tempo chegou mesmo ao seu final com a vantagem mínima do Santa Maria.

O segundo tempo começou mais equilibrado, e o Ceilândia foi às redes aos cinco minutos. Allan Dellon cobrou falta com perfeição da entrada da área e empatou o jogo.

Santa Maria tenta sair para o ataque.

O jogo voltou à tônica da primeira etapa, e o Santa Maria passou a dominar as ações. E o time da casa acabou passando novamente à frente, com Robson, que cabeceou no canto. Pouco depois, o Santa Maria perdeu outra grande chance.

Ceilândia no campo de defesa.

Em seguida, pela primeira vez na partida, o Ceilândia dominou as ações, e passou a criar chances perigosas, exigindo muito trabalho da defesa do Santa Maria. Após alguns minutos, o ritmo do jogo voltou a cair. No entanto, os minutos finais foram eletrizantes, com chances tanto para o empate do Ceilândia quanto para o terceiro do Santa Maria. Mas o jogo terminou mesmo com a vitória do time da casa por 2 a 1.

O Santa Maria se recuperou da derrota na estreia, quando vendeu caro o resultado para o Brasiliense, e mostrou um futebol convincente. Se não errasse tantos passes, talvez o time fosse candidato até mesmo a uma vaga na final. O Ceilândia, apenas dois anos depois de seu último título, não mostra um bom futebol, e, sem ter pontuado no campeonato, já está em uma situação preocupante. Ainda há tempo para se recuperar, mas é preciso trabalho. Destaque positivo para a torcida do Santa Maria, que compareceu em excelente número e incentivou o tempo todo.

Fim de jogo, peguei o ônibus para tomar o caminho de casa. Aliás, foi a primeira vez em muito tempo que usei o transporte público para ir ao Bezerrão - coisa que fiz muito nos anos 90. Sempre bom matar a saudade.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

W.O. do Formosa diante do Brasília

Estava tudo pronto para a primeira cobertura do Campo de Terra em 2014. Acordei cedo no sábado e peguei o Metrô para o Estádio Serejão, pronto para mais uma cobertura, no caso a do jogo entre Brasília e Bosque de Formosa. Mas a cobertura que eu planejei acabou não acontecendo.

Cheguei uma meia hora antes do jogo, e, para minha surpresa, os portões ainda estavam fechados. Até não estranhei, essa situação, embora lamentável, não é nova nas minhas visitas aos estádios candangos - e, nos últimos anos, a situação tem piorado ainda mais. Porém, o tempo foi passando, a hora do jogo foi se aproximando, e os portões não abriam, sem que ninguém apresentasse uma justificativa para o fato - de fato, o policiamento já estava presente e posicionado no estádio, não havia nenhuma razão aparente para o atraso na abertura dos portões. Quando enfim os portões se abriram, pouco depois das dez horas, finalmente o problema com o time de Formosa foi informado aos presentes. Mas as informações eram desencontradas. Alguns diziam que todo o uniforme havia desaparecido, outros diziam que eram somente as chuteiras. Em um dado momento, circulou a informação de que as chuteiras haviam chegado. Porém, o time do Bosque Formosa não entrou em campo e, às 11 horas, o árbitro decretou a vitória do Brasília por W.O.

Não quero aqui apontar culpados, mas é lamentável que esse tipo de situação ainda aconteça no futebol da Capital do País, e o torcedor que aceita apoiar os clubes locais paga esse preço. Mais lamentável ainda é a postura de certos órgãos da mídia (de veículos locais, inclusive), que, ao invés de fazer a devida crítica, mas apoiar o esporte local, prefere ridicularizar a situação.

O caso ainda seguirá adiante, e em breve teremos uma definição sobre se a vitória do Brasília por W.O. será confirmada ou se um novo jogo será marcado. Mas se espera que essa situação não se torne uma constante no futebol candango.