quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Almanaque - Parte 8

Jogo: Guará 0x7 Internacional (Jogo 12 - 18/02/1997)

Conforme o ano vai chegando ao fim, os jogos no estádio vão rareando, e o melhor a se fazer é lembrar do passado. Vou falar, então, do jogo entre Guará e Internacional, pela Copa do Brasil de 1997.

No final do ano de 1996, fiquei na expectativa da divulgação da tabela da Copa do Brasil, para ver quem mediria forças com o Guará, campeão candango. Quando vi que o Internacional seria o adversário do Lobo nessa fase, já comecei a me preparar para o duelo, por assim dizer, desigual que viria.

Lembro-me até hoje do dia em que comprei o ingresso (pedalando do Plano Piloto até o Guará para chegar ao ponto de venda), da minha chegada ao estádio no dia do jogo e do clima da partida. Em verdade, pouco menos de 2 mil pagantes estiveram no Mané Garrincha naquele dia. Mesmo a presença de um grande time nacional não animou muito os candangos a comparecerem. Para mim, a expectativa era de ver um jogo histórico, uma vitória de Davi contra Golias, uma dessas coisas que somente o futebol proporciona. Assim, fui para as arquibancadas superiores do antigo Mané Garrincha, esperando uma vitória do Guará.

Mas nada disso aconteceu. Já aos 10 minutos o Colorado abriu a contagem. Depois disso, o time chegou aos demais gols com facilidade. O primeiro tempo terminou com o placar de 5 a 0 para o time gaúcho. No segundo tempo, mais dois gols do Inter. O Guará ainda teve a chance de marcar pelo menos o gol de honra, em uma cobrança de pênalti, mas acabou desperdiçando a cobrança. Final, Guará 0x7 Internacional, e o Colorado classificado para a fase seguinte, sem necessidade do jogo de volta.

No entanto, o Guará fez história naquele dia - embora ninguém que tenha estado no estádio naquele dia imaginasse isso. Apesar da goleada, um jovem talento do Planaltina, que estava emprestado ao Guará para esse jogo, despertou o interesse dos dirigentes colorados, que acabaram por contratá-lo. Seu nome: Lucimar da Silva Ferreira. Ou, para os íntimos, Lúcio, zagueiro e ex-capitão da Seleção Brasileira. Sua história começou ali mesmo, em um Mané Garrincha vazio, em uma noite de terça-feira.


domingo, 16 de novembro de 2014

Gama perde dois pênaltis, mas vence Guiné Equatorial

Mais um amistoso sensacional foi realizado no último sábado na Capital Federal. No dia do seu 39º aniversário, o Gama recebeu no Bezerrão a seleção de Guiné Equatorial. Os africanos se tornaram a 20ª seleção que vi ao vivo. Quanto ao Gama - clube com o qual, admito, estou em dívida -, essa foi a 170ª vez que vi o time no estádio, e a primeira que eu via o alviverde contra uma seleção nacional.

O site oficial do clube anunciava o início da venda de ingressos para o jogo na quarta-feira. Na sexta-feira, foi anunciado no site e no perfil do clube no Facebook que, após um atraso "por questões logísticas", os ingressos já estavam à venda. No entanto, fui ao estádio e as bilheterias se encontravam fechadas. Deslize lamentável da comunicação do clube. Se o Gama quer mesmo voltar aos dias de glória, o clube já começa mal no quesito "respeito ao torcedor". De toda forma, tomei o rumo do Bezerrão e, na hora marcada, já estava lá para mais esse jogo".

Mais uma para o rol das reclamações: eis o estado em que encontrei as cadeiras.

Ainda teve tempo para mais bagunça. Na hora em que o Gama entrou para o aquecimento, o locutor/animador de torcida anunciou que quem estava entrando era a seleção de Guiné Equatorial, que já estava em campo se aquecendo. E a partida, marcada para iniciar às 16 horas, teve seu apito inicial apenas às 17 horas e 4 minutos, sem nenhum motivo aparente. De toda forma, a bola tardou, mas rolou. Antes disso, consegui registrar as duas equipes posadas e, posteriormente, perfiladas para a execução dos Hinos Nacionais:

Sociedade Esportiva do Gama
Guiné Equatorial
Equipes perfiladas para a execução dos Hinos Nacionais.

O jogo começou concentrado no meio de campo, com poucas chances de gol para ambos os lados. O Gama teve uma chance de ouro aos 12 minutos, em cobrança de pênalti. Mas Rodriguinho bateu mal e Felipe defendeu.

Jogador do Gama, com a bola, recebe marcação.

Os africanos se animaram com o pênalti defendido e foram para cima, criando boas chances de abrir a contagem. Mas, na primeira vez que o Gama foi ao ataque após o pênalti perdido, o time abriu a contagem. Aos 21 minutos, Gustavo, de cabeça, fez Gama 1 a 0.

Bola à procura de um dono.

Após o gol, os africanos diminuíram o ritmo, e o jogo voltou à mesma toada dos primeiros minutos, com as ações concentradas no meio de campo. Porém, aos 33 minutos, o Gama aumentou a vantagem, com Rodriguinho, e, apenas um minuto depois, Eusébio diminuiu para Guiné Equatorial. E o primeiro tempo terminou mesmo com o Gama vencendo por 2 a 1.

O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro, com as ações concentradas no meio de campo. A seleção de Guiné Equatorial ousava um pouco mais, em busca do gol de empate. E aos 16 minutos veio o gol dos visitantes. Ruben recebeu passe e, sem goleiro, mandou para dentro. Gama 2-2 Guiné Equatorial.

Marcação pesada.

O ritmo do jogo voltou a cair. O Gama teve mais uma chance em cobrança de pênalti aos 27 minutos, mas Rodriguinho desperdiçou novamente. Porém, aos 35 minutos o Gama desempatou. Baiano cobrou falta com perfeição e recolocou o Gama em vantagem.

Gama prepara o chute.
Mais um flash da segunda etapa.

E o jogo terminou assim mesmo, com o Gama vencendo Guiné Equatorial por 3 a 2. Resultado que animou a torcida local, apesar de o time não ter apresentado um futebol primoroso - algo normal, já que foi o primeiro jogo do Gama após vários meses de inatividade, e o time se prepara para o Candangão de 2015. Quanto à seleção de Guiné Equatorial, certamente foi uma ocasião rara para vê-la em ação ao vivo, e foi um imenso prazer aproveitar essa ocasião.

Update: placar do Bezerrão ao final do jogo.

Fim de jogo, tomei o caminho de casa, para o merecido descanso.

domingo, 9 de novembro de 2014

Itaberaí perde para o Umuarama, mas sobe à segunda divisão goiana

Começo esta cobertura fazendo um mea-culpa. Até a presente data, eu não havia visto nenhuma partida da segunda e terceira divisões goianas da atual temporada. Fatores diversos me afastaram dos estádios goianos durante essas competições. Mas, na tentativa de pagar pelo menos uma parte dessa minha dívida, peguei a estrada no último sábado e me dirigi a Itaberaí, mais exatamente ao Estádio Rio das Pedras. No templo em questão, o Itaberaí mediu forças com o Umuarama, time da cidade de Iporá, que foi o 200º clube que vi ao vivo. Por outro lado, o time da casa era novidade da minha lista, e se tornava o 235º clube a fazer parte da mesma. O Rio das Pedras também era um estádio que eu não conhecia, e passou a ser o 56º palco em que eu via uma partida de futebol. No que diz respeito ao jogo, se tratava da semifinal da Terceira Divisão goiana, e, como duas equipes seriam promovidas, esse jogo definiria um dos novos integrantes da Segundona. A vantagem era toda do time da casa, que, além de jogar com a vantagem do empate no saldo de gol das duas partidas, já havia vencido fora de casa por um a zero, e estaria na final mesmo se perdesse por um gol de diferença. À equipe de Iporá, somente a vitória a partir de dois gols de diferença interessava. Quem passasse de fase decidiria o campeonato contra o vencedor de Quirinópolis x Inhumas. Sem perder tempo, acordei cedo no sábado para pegar a estrada e chegar a Itaberaí, para esse grande jogo.

Precisando da vitória, o Umuarama começou melhor no jogo, e já nos primeiros minutos o time perdeu algumas chances de abrir a contagem. Porém, o ímpeto não durou muito, e logo o jogo ficou mais equilibrado, com as duas equipes se alternando no ataque.

Jogador do Itaberaí com a bola recebe a marcação de dois adversários.

A partir dos 15 minutos o Umuarama voltou a ser ligeiramente superior, e chegou a criar algumas chances claras de gol, que o goleiro e os defensores do time da casa conseguiram afastar. E a toada do restante do primeiro tempo foi essa, o Umuarama um pouco melhor, mas as equipes não aproveitavam as chances que criavam. E o zero não saiu de nenhum dos dois lados do placar até o intervalo.

Bola na área: Umuarama tenta o gol.

O Umuarama demorou sete minutos para abrir a contagem. Gustavo cabeceou livre e marcou para os visitantes. Com o gol, o Itaberaí finalmente acordou, e passou a mandar no jogo. Mas criava poucas chances reais, e desperdiçava as que criava. A melhor chance foi aos 23 minutos, quando o time da casa aproveitou um contra-ataque para mandar no travessão.

Observado pelo árbitro, jogador do Umuarama tenta sair da marcação.

No final, o Umuarama, que precisava de mais um gol para se classificar, foi para o ataque de forma desordenada. O Itaberaí se segurou, e as redes não balançaram mais até o apito final.

Ainda o Umuarama no ataque.

Cada uma das equipes venceu por 1 a 0 o jogo que fez como visitante, e, como o regulamento previa que, nesse caso, a equipe que houvesse terminado em primeiro lugar no seu grupo chegaria à final, o Itaberaí fez a festa, apesar da derrota. Além da vaga na final, o time garantiu o acesso à Segunda Divisão estadual, e no ano que vem brigará pelo acesso à elite com equipes tradicionais como Vila Nova e Goiânia, entre outros. O Umuarama foi valente durante todo o jogo, mas segue na Terceira Divisão estadual por mais uma temporada.

Fachada do Estádio Rio das Pedras: 56º templo futebolístico onde vejo um jogo.

Fim de jogo, peguei a GO-070 para descansar na bela capital goiana, e voltei a pegar a estrada no dia seguinte para retornar a Brasília.