Depois de longo e tenebroso inverno, o Campo de Terra está de volta com suas coberturas. Por um lado, andei um tempo afastado dos estádios. Por outro, mesmo quando fui a algum jogo, acabei, por razões diversas, não fazendo a cobertura. Mas é chegada a hora de voltar. Graças à incapacidade da CBF e da FBF de darem um calendário decente aos clubes a elas filiados, nenhum clube de Brasília entrará em campo até julho. Por outro lado, com o rebaixamento do Brasiliense à Série C, a bola não vai rolar este ano pela Segundona na Capital Federal, ao contrário do que estávamos acostumados. Por tudo isso, acabei decidindo respirar novos ares. E atravessei a Rodovia Henrique Santillo para cobrir um jogo na sempre bela Goiânia. Na noite da última sexta-feira, se enfrentaram por lá Vila Nova e Ponte Preta, pela Segundona. As duas equipes estrearam de forma bem distinta na competição: enquanto os donos da casa foram a Salvador e caíram diante do Vitória, a equipe de Campinas atropelou o ASA de Arapiraca por 5 a 0. Assim, o Vila tentava se recuperar, e a Ponte tentava ratificar o bom início. E nós fomos para lá, para ver o que ia acontecer.
Então, vamos ao que interessa, que é a bola rolando. As duas equipes começaram o jogo procurando o gol, mas raramente assustavam os goleiros. Somente aos 13 minutos houve uma boa chance. E Luiz Fernando não desperdiçou. Em um belo chute da entrada da área, ele abriu o placar para o Vila.
Escanteio para o Vila Nova.
O empate da Ponte demorou cinco minutos. Após cobrança de falta, Ferrón aproveitou da saída errada do goleiro Michel para, de cabeça, empatar a partida - e marcar o primeiro gol da Ponte que eu vi in loco. 1 a 1.
Ponte tenta superar a marcação do Tigre.
O jogo seguia movimentado. As duas equipes foram para o ataque, buscando desempatar a partida, e criaram boas chances. O Tigre chegava mais vezes com perigo, mas a Ponte também atacava. Mesmo assim, a disposição das equipes não foi suficiente para tirar o 1 a 1 do placar. E, após uma sequência de escanteios para o Vila, o árbitro terminou o primeiro tempo.
Pedaços de árvore cortada do estádio: perigo para os torcedores.
A segunda etapa começou quente. Logo aos quatro minutos, o Vila desempatou. Após cobrança de escanteio, Augusto cabeceou fraco, mas a cabeçada foi bem colocada, e pôs o Tigre novamente em vantagem. 2 a 1.
Vila comemora o segundo gol.
O jogo ficou morno depois do gol. O Tigre ainda chegava esporadicamente ao ataque, mas, no geral, parecia satisfeito com o placar. A equipe de Campinas, quando tinha a bola, ficava tocando no meio de campo, como se quisesse gastar o tempo. Somente por volta dos 25 minutos a Ponte entendeu que estava perdendo o jogo. A partir daí, foi para o ataque, criando boas chances.
Nos 15 minutos finais, o jogo voltou a ficar quente, com boas chances de ambos os lados, sendo que o Vila parecia mais determinado a fechar a conta do que a Ponte a empatar. E, de fato, foi o Tigre quem acabou marcando. Aos 40 minutos, Gil aproveitou o bate-rebate na área e estufou as redes. Vila 3 a 1.
A Ponte não ameaçou mais a partir de então, e o Vila ainda tentou aumentar a vantagem. Mas ficou por isso mesmo. Vila 3x1 Ponte.
Mais uma boa chance para o Vila.
Com o resultado, as duas equipes têm campanhas idênticas, com três pontos (uma vitória) em dois jogos. A Ponte ainda leva vantagem no saldo de gols, devido aos 5 a 0 sobre o ASA na estreia, mas ainda há 36 rodadas pela frente. Muita coisa ainda vai acontecer.
Fim de jogo, hora de descansar. Fui direto para o Comfort Suítes Flamboyant, onde me hospedei, e que sempre me recebe muito bem, para o merecido repouso. A estrada me esperava no dia seguinte.
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