domingo, 26 de dezembro de 2010

Almanaque - Parte 5

Jogo: Bragantino 3x0 Náutico (18/09/2010)

Enfim, o Náutico.

Mais uma retrospectiva, para não deixar o blog parado. E, dessa vez, nem vou tão longe. Volto apenas três meses no tempo, para lembrar de um jogo marcante. Agora, por que um Bragantino x Náutico, numa tarde chuvosa e num estádio com poucos presentes foi tão marcante? Por várias razões, mas a principal atende pelo nome de Clube Náutico Capibaribe.

Explico: acompanho futebol desde o longínquo 1990, quando eu tinha 12 anos. Desde então, sou um assíduo frequentador de estádios. À época do jogo, já havia visto, in loco, um total de 147 times, de diversos níveis de grandeza e diversas partes, não só do Brasil, mas do mundo todo, tendo, inclusive, alguns "trunfos", como diz o pessoal do Jogos Perdidos. Todos os times grandes e médios do Brasil já haviam, pelo menos uma vez, atuado diante dos meus olhos. Todos, menos um. Justamente o alvirrubro de Recife. Todas as vezes que o Náutico ia atuar em Brasília, ou onde eu estivesse, algum contratempo me impedia de ir. Ou eu estava viajando, ou tinha um compromisso... e assim, de jogo em jogo perdido, eu não conseguia ver o Timbu in loco.

Pois justamente no último 18 de setembro resolvi mudar essa história. Meu programa para aquele fim de semana era ver Palmeiras x São Paulo, mas, com a má fase vivida pelo alviverde paulista, resolvi mudar o rumo da prosa. E fui para Bragança Paulista. Conheci a cidade, o estádio - e vi o Náutico ao vivo.

Chegando ao estádio, como ainda tinha muito tempo, fui almoçar no restaurante do estádio. O restaurante era quase um museu do Bragantino. Havia fotos de times do passado - principalmente um pôster gigante do time que chegara à final do Brasileiro de 1991 -, camisas, e vários souvenirs da história do clube. Havia também uma janela que dava para o campo - no nível do gramado. E, como não poderia deixar de ser, comi lá a deliciosa linguiça de Bragança.

Depois disso, fui para dentro do estádio. Confesso que tive dificuldades para entender como aquele local já havia sediado uma final de Campeonato Brasileiro. Mas, para um jogo de pequeno e médio porte, o estádio era ótimo (e, sempre frisando, isso não é uma crítica. Para mim, os estádios menores são até melhores para se verem jogos).

Quando a bola rolou, o Bragantino não demorou para mostrar que não estava para brincadeira. Logo aos dois minutos, o time da casa balançou as redes, com Marcelinho. Aos 18 minutos, Rodriguinho aumentou a vantagem para o Bragantino. Daí em diante, o time de Bragança Paulista se preocupou mais em administrar a vantagem. Mesmo assim, o Náutico pouco perigo levou - para tristeza de sua torcida, que compareceu ao Nabi Abi Chedid. E o primeiro tempo acabou assim mesmo.

No segundo tempo, o jogo continuou na mesma toada. E, se não fosse pelo solitário gol de Salles, aos 13 minutos, sacramentando a vitória do Bragantino, o segundo tempo teria sido mera formalidade. Final: Bragantino 3x0 Náutico.

Missão cumprida, era a hora de ir embora. Chamei o taxi para a rodoviária, e, de lá, peguei o ônibus. E, depois disso, o Náutico continuou fugindo de mim: no dia 13 de dezembro, quando veio a Brasília enfrentar o Brasiliense, eu estava viajando. E, com o rebaixamento do Jacaré, o Timbu não virá a Brasília em 2011. Mas, quando for jogar em Goiânia, terei prazer em pegar a Henrique Santillo para vê-lo jogar. Quer dizer, se não houver outro desencontro.

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