O confronto entre Gama e Bahia inevitavelmente me leva de volta ao dia 28 de setembro de 1998. Foi então que vi pela primeira vez essas duas equipes se enfrentando. Foi apenas meu 38o jogo visto em estádios de futebol, e o clima naquela tarde de domingoera de total euforia. O Gama já estava em plena caminhada que o levaria, naquele mesmo campeonato, ao título da Segundona e, por conseqüência, à Série A. Para isso, era fundamental vencer os baianos. aquele dia o Bezerrão lotou, a torcida incentivou e o Gama conseguiu uma vitória sofrida, por 1 a 0, abrindo o caminho para a classificação.
Na noite de hoje, mais de dez anos - exatos 3.714 dias - depois, voltei a ver um confronto entre essas duas equipes. O clima era totalmente diferente: o Gama já estava matematicamente rebaixado à Série C, e o Bahia não tinha mais chances de subir, e tampouco seria rebaixado. O jogo foi mero cumprimento de tabela, e apenas 83 testemunhas se aventuraram a enfrentar a chuva para ver o Gama se despedir da Segundona. E é claro que o Campo de Terra não poderia deixar esse jogo passar em branco. Pontualmente eu estava nas cadeiras do Mané Garrincha.
Meia hora ants do início do jogo, este era o retrato do Mané Garrincha: muita chuva, e um deserto humano. Apenas 83 pessoas pagaram ingresso.
Com a bola rolando, o clima do jogo também se mostrou totalmente diferente daquele emocionante embate de 1998. Poucas emoções, algumas boas chances desperdiçadas, e pouco ou nada de concreto acontecendo.
No primeiro tempo, a equipe baiana jogou melhor. Mesmo assim, pecou pela displiscência no ataque, e pelo desperdício das poucas chances de gol criadas. Mesmo com o Bahia tendo as melhores oportunidades, chances de gol, mesmo, foram poucas. As duas equipes trocavam passes, tentando sair para o ataque, mas pouco conseguiam fazer.
Ataque do Bahia. Time foi melhor no primeiro tempo.
A melhor chance dos baianos na primeira etapa foi aos 38 minutos. Mário ficou cara a cara com o goleiro gamense André Zandoná, mas chutou por cima.
Panorâmica do primeiro tempo
E o primeiro tempo acabou mesmo com o placar inalterado. Não chegou a ser uma surpresa, dado o futebol pobre aresentado pelas duas equipes.
No segundo tempo, o jogo mudou um pouco. O Gama melhorou, e passou a criar as melhores oportunidades. O time perdeu algumas boas chances no início, e depois puxou o freio de mão.
Panorâmica do segundo tempo: ataque do Bahia
O lance mais curioso do segundo tempo foi quando o árbitro Wilson Luís Seneme foi dar cartão amarelo para o jogador Marcone, da equipe baiana. Ao olhar no bolso, ele verificou que havia esquecido os cartões no vestiário. O quarto árbitro veio em seu socorro.
Aos 33 minutos, o Gama teve sua melhor chance no jogo: o lateral Lucas Silva fez boa jogada e acertou um chute que fez uma bela curva, enganando o goleiro baiano e carimbando caprichosamente o travessão.
Mais uma panorâmica do segundo tempo
E foi só. As equipes não brigaram mais, e dali por diante só esperaram o término da partida, e de suas participações na competição. O árbitro ainda deu dois minutos de acréscimo. Nem precisava: nada aconteceu, e o jogo terminou em 0 a 0 mesmo.
Provavelmente este foi o último jogo que cobri em 2008. Daqui em diante devo fazer algumas retrospectivas de jogos antigos, e assim que a bola começar a rolar em 2009 voltarei à ativa.
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