Depois de muita confusão (e não se sabe quantos capítulos ainda essa longa novela pode ter), a bola finalmente rolou nesse fim de semana para o Campeonato Brasiliense. Infelizmente, por motivos diversos, não pude fazer nenhuma cobertura no domingo (estava no meus planos cobrir o retorno do Sobradinho à Série A, quando o Leão da Serra caiu diante do Capital). Mas o Brasiliense acabou entendendo por pedir a transferência de sua partida contra o Bosque, de Formosa, para a segunda-feira, e surgiu a oportunidade para cobri-la. Era a estreia das duas equipes na competição, então podia-se esperar qualquer coisa desse confronto - ainda mais que a pré-temporada do Brasiliense foi bastante desanimadora para seus torcedores. Do lado do clube goiano, também muitas incertezas marcaram toda a preparação para o campeonato. Portanto, um imenso ponto de interrogação estava no ar. E eu, sem perder tempo, fui ao Serejão para ver o que ia rolar.
Demorou apenas dois minutos para o Brasiliense abrir a contagem. Carlos Diogo fez falta perto da área, e Éderson cobrou com perfeição, para fazer 1 a 0 Jacaré. Aos sete, saiu o segundo gol. Em um bate-rebate na área, Tallys, caído, fez 2 a 0 para o Brasiliense.
Brasiliense no ataque.
Mesmo vencendo por 2 a 0, o Brasiliense continuava senhor do jogo. Rondava a área da equipe goiana e criava boas chances. O Bosque raramente chegava e, quando o fazia, a defesa do Brasiliense afastava o perigo. Aos 20 minutos, Tallys acertou bela cabeçada no travessão, quase marcando o terceiro.
Um dos raros ataques do Bosque no jogo. Time lutou, mas Brasiliense foi superior.
Mais eis que o Time de Formosa resolveu pôr fogo no jogo. Bruno Lopes derrubou Húdson na área, e a arbitragem marcou pênalti para o Bosque. O próprio Húdson cobrou com categoria, diminuindo a vantagem do Jacaré para 2 a 1.
De pênalti, equipe de Formosa diminui.
O gol animou a equipe do Bosque, que foi com tudo em busca do empate, e perdeu boas chances. O Brasiliense, ao contrário, deixou de jogar, e, quando chegava, esbarrava no excesso de preciosismo.
O Bosque não conseguiu manter a pressão, e o Brasiliense continuou com o freio de mão puxado. O resultado é que o jogo ficou frio nos minutos finais do primeiro tempo. E mais nada aconteceu. O Brasiliense terminou mesmo o primeiro tempo vencendo por 2 a 1.
Os 15 minutos de intervalo fizeram bem ao Brasiliense, que voltou pressionando. E aos sete minutos o Jacaré aumentou, com Bruno Lopes, de cabeça. Brasiliense 3 a 1.
panorâmica do jogo no segundo tempo.
A escuridão começou a tomar conta do Serejão, na medida em que ia anoitecendo, e os refletores permaneciam apenas parcialmente acesos. O jogo, assim como o clima, esfriou bastante. Mesmo assim, o Brasiliense chegou ao quarto, com Diego Lira, "de peito".
Apesar da escuridão, refletores estavam acesos de forma somente parcial.
O quinto gol do Brasiliense, aos 28 minutos, foi um golaço. Ferrugem acertou um belo chute de fora da área, aumentando a vantagem. Bachin, de pênalti, fez o sexto, aos 38. E, daí em diante, o Brasiliense só tocou a bola e esperou o tempo passar. Final, Brasiliense 6x1 Bosque.
O placar dilatado se deveu muito mais à fragilidade do Bosque, que passou muito tempo correndo atrás de patrocínio para disputar a competição e encontrou dificuldades para montar um time competitivo, do que aos méritos do Brasiliense, que ainda precisa melhorar muito para aspirar a alguma coisa maior. Talvez a qualidade do time atual seja suficiente para disputar o Candangão, mas, para a Copa do Brasil e a Série C, ainda é pouco. Quanto ao time de Formosa, são verdadeiros heróis por entrarem para disputar o campeonato apesar de todas as adversidades. Mesmo derrotados dentro de campo, podem se considerar vencedores.
Fim de jogo, hora de voltar para casa, onde o jantar me esperava.
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