quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Juventus vence Chievo e se isola na liderança

Normalmente, uma partida entre Juventus e Chievo pelo badalado Campeonato Italiano não estaria entre os objetos de trabalho deste blog, que se dedica mais às partidas "alternativas", aquelas que não despertam tanto a atenção do grande público - e essa, ao contrário, foi vista em dezenas de países, e por um grande número de pessoas em cada um deles. mesmo assim, eu não poderia deixar de contar aqui a minha visita ao belíssimo e novinho em folha Juventus Stadium, de propriedade da equipe de Turim. E foi justamente na partida entre essas duas equipes, jogada no último sábado, que eu tive meu "batismo" no novo estádio juventino. O Chievo é uma equipe que começou a se destacar no atual século - antes disso, até mesmo em sua cidade, Verona, era considerado o "segundo time", atrás do Verona, campeão italiano de 1985. No entanto, na temporada 2001-2002 o time estreou na Série A e, desde então, só esteve fora da elite na temporada 2007-2008. As grandes campanhas nos primeiros anos de Série A coincidiram com a boa fase do São Caetano no Brasil, de modo que as comparações foram inevitáveis. Mas o Chievo começou mal o campeonato, chegando a essa partida com apenas três pontos conquistados. A Vecchia Signora, ao contrário, conquistara três vitórias em suas três primeiras partidas, e tinha a seu favor uma invencibilidade no campeonato que já durava havia 42 jogos. A favor do Chievo, o tabu de não perder para a Juve desde 2009. A promessa era de um grande jogo.

Embora a partida começasse às 20:45 (horário local), cheguei bem mais cedo, podendo, assim, fazer um passeio pelo Area 12, o shopping construído e explorado pela Juventus do lado de fora do estádio, jantar no mesmo local (que ainda não tem uma praça de alimentação suficientemente variada, são somente dois restaurantes) e entrar no estádio a tempo de explorar seu interior - e esperar pelo início da partida.

Quando a bola rolou, os primeiros minutos foram mornos. Mas, com o tempo, a Juventus se encontrou no jogo, e dominou completamente as ações. É bem verdade que, sem Pirlo e Giovinco, poupados, o time perdeu muito em qualidade. Ainda assim, o time de Verona ameaçou muito pouco o goleiro Buffon, e a defesa juventina, bem posicionada, conseguia manter o perigo distante.

Juventus tenta se proteger

No entanto, a Juventus criava poucas boas chances, e o bom goleiro Sorrentino foi uma barreira para os atacantes juventinos. A torcida chegou a comemorar aos 27 minutos, quando Vucinic mandou para dentro. Mas ele estava em posição irregular, e a arbitragem, corretamente, anulou o gol. O primeiro tempo terminou mesmo sem bolas na rede. As emoções estavam reservadas para a volta dos vestiários.

Vi esse 2 da Juventus jogar no meu 12º jogo in loco.

E a toada do jogo continuou a mesma no segundo tempo: pressão total da Juventus. E o goleiro Sorrentino continuava se destacando. Aos 18 minutos, ele fez uma defesa milagrosa em cabeçada de Chiellini, mandando para escanteio. Mas, na cobrança do tiro de canto, não teve jeito: Quagliarella acertou um belo voleio e abriu os trabalhos: Juventus 1 a 0.

Chievo tenta chegar, mas a Juventus se defende bem.

O segundo gol demorou apenas quatro minutos: o próprio Quagliarella invadiu a área e, após um drible no defensor do Chievo, chutou cruzado, e Sorrentino nada pôde fazer: Juventus 2 a 0. Depois desse gol, apesar de uma ou outra chance de gol - quase sempre para o time da casa -, pode-se dizer que o jogo acabou. Os jogadores da Juventus ficaram só tocando a bola e deixando o tempo passar, e os do Chievo, impotentes, nada conseguiam fazer. E a Juventus terminou mesmo a partida com a vitória por 2 a 0.

Juventus ataca, durante o segundo tempo.

Com o resultado, e os tropeços de Lazio, Napoli e Sampdoria, a Juventus se isolou na liderança. O Chievo estacionou nos três pontos, e começa a ver a zona do rebaixamento se aproximar. Porém, com apenas quatro rodadas jogadas, ainda tem muita coisa para acontecer. É muito cedo para fazer prognósticos, tanto para a Juventus quanto para o Chievo.

Encerrada a partida, peguei o bonde nº 9, que faz uma linha especial em dias de jogos, e voltei para o hotel. Ainda teria uns dias em Turim antes de voltar para o Brasil.

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