O duelo do último sábado, entre Palmeiras e Ajax, não tinha nada de alternativo. Pelo contrário, foi um confronto entre dois dos maiores clubes de futebol do planeta, pelos quais passaram alguns dos maiores jogadores da história do futebol - embora ambos estejam há anos longe das glórias que colocaram seus nomes na história. No entanto, um duelo internacional desse nível é uma raridade no futebol atual, em que as equipes, especialmente as europeias, estão focadas nas competições nacionais e continentais, e os gigantes europeus preferem fazer suas pré-temporadas em mercados emergentes no cenário do futebol, como a Ásia e os Estados Unidos. Assim, a não ser nas decisões dos Mundiais Interclubes, os confrontos entre um grande clube da América do Sul e outro da Europa quase nunca acontecem - e as partidas pelos Mundiais de clubes sempre acontecem longe dos olhos do torcedor brasileiro, uma vez que desde o distante 1976, quando o Bayern de Munique conquistou o mundo ao empatar com o Cruzeiro no Mineirão, não se joga uma partida do Mundial Interclubes no Brasil. Além do mais, a chance de ver o tradicional clube holandês ao vivo - foi o 165º time da minha lista, 12º estrangeiro - foi uma motivação extra para eu ir ao Pacaembu, e contar aqui a história do jogo. Assim, no horário marcado para a bola rolar, eu já estava lá no estádio.
Antes de a bola rolar, houve diversas homenagens ao ex-goleiro palmeirense Marcos, que, poucos dias antes, anunciara sua aposentadoria. Quando começaram as especulações sobre a realização desse amistoso, houve quem cogitasse que Marcos atuaria pelo Palmeiras nesse jogo, encerrando aí sua carreira. Mas isso não aconteceu. O ex-jogador assistiu à partida das tribunas, levando a torcida ao delírio quando aparecia.
Com a bola rolando, o Ajax começou assustando, e aproveitava as falhas da defesa do Palmeiras para levar perigo. Mas o Palmeiras acabou se acertando no jogo, e criou as melhores chances de gol da primeira etapa. O Ajax também criou boas chances, especialmente nos contra-ataques, e aproveitando os erros da equipe da casa.
Mas os dois times acabaram pecando pela falta de pontaria, e foram para os vestiários sem abertura de contagem. Um primeiro tempo bem movimentado, com um bom nível técnico.
No intervalo, a chuva deu as caras no Pacaembu. Felizmente, eu estava nas cadeiras, e a chuva não chegou lá. Assim, fiquei lá, só conversando, e esperando o início da segunda etapa.
Na etapa final, o nível do jogo caiu bastante. O Ajax se aproveitou disso para tomar conta da partida, e, tirando proveito da altura de seus jogadores de frente, levou perigo para o ataque palmeirense. A equipe alviverde também chegava com perigo, embora com menor frequência.
Palmeiras tem a bola no campo de defesa.
De Jong protege a bola.
Nos acréscimos, a torcida palmeirense começou a mostrar impaciência, com gritos contra a diretoria e os jogadores. As duas equipes pareciam satisfeitas com o 0 a 0. Mas eis que, no derradeiro lance do jogo, o Palmeiras abriu a contagem. Após cruzamento de Luan, Pedro Carmona cabeceou com precisão, fazendo 1 a 0 para o Palmeiras. Logo após o gol, o árbitro encerrou a partida.
O Palmeiras começou a temporada dando esperança à sua torcida. Jogou bem, pelo menos na primeira etapa - talvez as críticas da torcida tenham sido um pouco exageradas, e ainda fruto do péssimo desempenho do time em 2011. O Ajax, como sempre, foi um adversário difícil de ser batido. O time volta para a Holanda com a obrigação de se recuperar no campeonato local, no qual ocupa um modesto quarto lugar.
Encerrado o jogo, aproveitei minha estada na Capital Paulista para comer a sempre deliciosa pizza da Pizzaria do Bruno, na Freguesia do Ó. Um sábado típico de uma família italiana em São Paulo, com jogo do Palmeiras e pizza. Ótima dica para quem visitar a Capital Paulista.
Um comentário:
TEM QUE SE RESSALTAR QUE O VERDÃO ESTÁ EM INICIO D TEMPORADA, COM JOGADORES RETORNANDO SEM O RITMO DE UM JOGO OFICIAL, POREM O AJAX ESTÁ EM PLENA TEMPORADA. CREIO QUE O VERDAO DE FATO PRECISSA DE REFORÇOS, COMO UM CENTROAVANTE "MATADOR" A LA EVAIR. ABRAÇOS.
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