Desde 1996, uma mudança trouxe uma nova cara ao futebol de Brasília. Naquele ano, a Federação do Distrito Federal passou a admitir clubes da região do entorno no campeonato local. Ou seja, equipes de cidades goianas e mineiras próximas ao Distrito Federal, desde então, podem disputar o campeonato candango. Desde então, clubes como Luziânia, Bosque e Unaí têm marcado presença no campeonato da Capital Federal, levando bons públicos a seus jogos e, muitas vezes, fazendo boas campanhas. A polêmica existe, claro. Muitos são contrários à presença dos times de fora no campeonato candango. Eu, pessoalmente, acho que a presença desses times é importante, inclusive como uma motivação a mais para os times com sede dentro do Quadrilátero de Cruls. De toda forma, no último sábado, dois desses "forasteiros" se enfrentaram pelo campeonato do DF. O Luziânia recebeu no Serra do Lago o Bosque de Formosa. Dois times em situações opostas. O Luziânia, antes de a bola rolar, liderava seu grupo, à frente do Brasiliense, com 10 pontos. O Bosque, que por muito pouco não chegou à final em 2011, está em último em seu grupo, e vem de derrota para um Botafogo que não tinha nenhum jogador no banco. Por esse retrospecto, o favoritismo era todo do time da casa. Mas o time de Formosa certamente ia querer aprontar, e reagir na competição. Para ver o que ia rolar, peguei a BR-040 e fui para Luziânia.
Vamos ao jogo. O Luziânia, como previsto, começou melhor. Mas permitia algumas chegadas perigosas do Bosque, que, por sua vez, não demonstrava objetividade em seus ataques. Quando chegava, o time da casa era mais perigoso.
Jogadores disputam a bola.
Porém, após os 10 minutos, a equipe de Formosa passou a mandar no jogo, e chegou várias vezes com perigo. O Luziânia, apático, pouco conseguia fazer. Somente após os 30 minutos o Luziânia passou a atacar mais, e mesmo assim o Bosque seguia perigoso quando chegava. Algumas boas chances foram criadas para ambos os lados.
Jogador do Luziânia tenta sair da marcação.
Mas o primeiro tempo terminou mesmo sem bola nas redes. As emoções ficaram mesmo para a etapa final. Assim que terminou a primeira etapa, algumas gotas de chuva deram as caras, e eu fui para a parte coberta das arquibancadas do Serra do Lago - o que implicou numa subida que lembrava as escadarias da Penha. Uma vez instalado lá, esperei o reinício da partida.
O segundo tempo começou frio. Pouquíssimos lances de emoção e muitas faltas marcaram os primeiros minutos da etapa final. Aos 14 minutos, na primeira grande chance, o Luziânia perdeu um gol incrível, em que seu atacante, sem goleiro, chutou para fora.
Ataque do Luziânia, no segundo tempo.
Depois disso, o Luziânia melhorou e passou a rondar a área adversária. Mas o time errava muito no último passe, e pouco conseguia produzir. Somente aos 37 minutos o Luziânia abriu a contagem. Após um contra-ataque rápido, Thiago Silva ficou com o gol escancarado à sua frente, e guardou. Luziânia 1 a 0.
Depois do gol, o Bosque praticamente desistiu do jogo, e nada mais fez. O Luziânia ainda teve algumas chances, mas outra vez esbarrou na falta de pontaria de seus atacantes. E, quanto ao placar, foi isso mesmo. Luziânia 1x0 Bosque.
Não podia faltar a panorâmica, ainda mais em um estádio com as arquibancadas altas, como o Serra do Lago.
O Luziânia conseguiu uma vitória muito importante na briga por uma vaga nas semifinais do primeiro turno. Mas não fez uma boa partida, e, quando pressionou, abusou do direito de perder gols e concluir mal as jogadas. Quanto ao time de Formosa, surpreendeu pela disposição, ao contrário do que vinha acontecendo nos últimos jogos. Pelo que jogou, não seria nada espantoso se tivesse vencido. Dois registros que devem ser feito: nos vinte primeiros minutos da etapa inicial, a bola do jogo foi trocada por duas vezes, por estar murcha. E o segundo tempo foi interrompido por no mínimo quatro vezes para atendimento médico de algum jogador.
Fim de jogo, uma jornada de uma hora pela BR-040 me esperava. Depois, chegar em casa, jantar e descansar.
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