Mais uma vez, a tarde de quarta feira foi de bola rolando em Brasília. Misteriosamente, o jogo entre Luziânia e Brasília, marcado para o último dia 4 de fevereiro, acabou sendo realizado às 16 horas. A iluminação do Mané Garrincha, até onde eu saiba, não tem nenhum problema. Então, não há explicação para uma mudança que certamente só contribuiu para afastar o público do jogo.
Dito isso, volto ao jogo. O mando de campo era do Luziânia. Mas, como o estádio Serra do Lago, na cidade goiana, encontra-se interditado e o Ceilândia não permitiu que o jogo ocorresse no Abadião, a partida acabou sendo transferida para o Mané Garrincha. Apesar do forte calor, do horário de trabalho e da distância (especialmente para os torcedores do Luziânia), 106 pessoas superaram essas contrariedades e pagaram ingresso para acompanhar a partida.
O primeiro tempo foi bastante movimentado. Mesmo castigadas pelo forte calor, as duas equipes buscaram o ataque com insistência. Tanto Luziânia quanto Brasiliense criaram boas oportunidades, mas acabaram parando nas defesas adversárias, e na falta de pontaria dos seus atacantes.
No finalzinho do primeiro tempo, Giovani chegou a marcar para o Brasília. Mas a arbitragem assinalou impedimento, e anulou o gol. Assim, os dois times foram para o intervalo sem abertura de contagem.
No intervalo, tomei aquela Coca-Cola de sempre, para me refrescar do calor, e me preparar para o segundo tempo. Enquanto isso, conversei com alguns torcedores que estavam pelas arquibancadas do Mané Garrincha.
O segundo tempo começou como terminou o primeiro: com as equipes procurando o ataque e sofrendo com o calor. Mas os goianos abriram o placar: Eduardo puxou um rápido contra-ataque e se livrou de dois jogadores do Brasília. Em seguida, serviu Rodrigo, que, sem marcação nenhuma, chutou sem chances para o goleiro Diego. Luziânia 1 a 0.
Bastaram, porém, sete minutos para que dois jogadores do Luziânia fossem expulsos: primeiro foi Jocelmo, aos 15 minutos, por retardar o jogo (ver update). Depois, foi Ítalo, que acabara de entrar, aos 22, por falta dura em Kaká (ver update). O resultado foi uma pressão total do Brasília, que lutava pelo empate.
O Luziânia afastava o perigo de qualquer maneira, e aproveitava para fazer uma cera quando conseguia. Do lado do Brasília, o técnico Marquinhos Carioca pecou por não reforçar o ataque, apesar da vantagem numérica.
E, enquanto o ataque do Brasília abusava do direito de perder gols, o Luziânia chegou a ter a chance de marcar o segundo, num perigoso contra-ataque.
E dessa forma o Luziânia segurou heroicamente o ataque do Brasília. Quando o juiz apitou, os jogadores do time azul, exaustos, se jogaram no chão. Após o jogo, choveram críticas à arbitragem dos dois lados: o Luziânia reclamava das duas expulsões. Já o Brasília reclamava do gol anulado, e da condescendência da arbitragem com a cera dos goianos - o juiz prometeu apenas quatro minutos de acréscimo no segundo tempo, e não deu nem isso: encerrou com três minutos além do tempo.
Após o jogo, corri para o Gama para ver o time da casa enfrentar o Ceilândia. Mas não cheguei a fazer nenhum registro especial da partida. Por isso, minha jornada de quarta-feira se encerrou aqui.
Update: da súmula do jogo:
Expulsei do campo de jogo, aos 16 min do 2o. tempo, o Sr. Jocelmo da Silva Tolentino, No. 08 (oito) da equipe A. A. Luziânia, por prática de anti-jogo, ou seja, retardar a cobrança de falta a favor de sua equipe, com o intuito de ganhar tempo. Cabe ressaltar que esse já havia cido (sic) advertido con cartão amarelo, anteriormente, por prática de jogo brusco.
Expulsei do campo de jogo, aos 22 min do 2o. tempo o Sr. Ítalo Thoiamy da Silva, No. 18 (dezoito) da equipe A. A. Luziânia, por atingir com um chute, na disputa de bola, por detraz (sic) , nas proximidades do círculo central, o tornozelo direito de seu adversário, de No. 06, o Sr. Ricardo Ferreira de Sousa. Cabe salientar que o atleta atingido continuou na partida normalmente após ser atendido.
Dessa forma, estão explicadas as duas expulsões.
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