No fim de semana, muitos paulistanos, e muitas pessoas que moram em outras cidades e estão passando pela Capital Paulista, descem a serra e vão aproveitar os dias de descanso no Guarujá. E eu, de passagem por São Paulo, resolvi fazer o mesmo. Mas não fui para o Guarujá para aproveitar as praias, os restaurantes a beira mar ou a vida noturna da cidade. Meu destino no famoso balneário paulista foi o estádio Antônio Fernandes, onde se enfrentaram Guarujá e Manthiqueira, de Guaratinguetá. A situação do time da casa era tranquila, pois vinha fazendo uma boa campanha, e uma vitória o colocava na fase seguinte, e, na verdade, mesmo se perdesse, o time tinha boas chances de chegar como um dos melhores terceiros colocados. E, para completar, a equipe do Vale do Paraíba foi ao jogo já desmotivada, após ter perdido todos os cinco jogos anteriores na segunda fase e já não ter mais chances no campeonato. O Manthiqueira foi novidade na minha lista nesse jogo, se tornando o 185º integrante da mesma, e, de quebra, conheci o estádio Antônio Fernandes, que já havia visto pela televisão, mas nunca in loco. Esse estádio sempre me chamou a atenção pelo fato de um morro com muita vegetação terminar atrás de um dos gols, dando a impressão de que fica em um lugar isolado. Para ver o que ia acontecer, acordei cedo para ir ao terminal do Jabaquara e pegar o ônibus. E aqui conto o que vi.
Troféus na galeria do clube. |
Algumas fotos históricas da A. D. Guarujá. |
Foto do jogo Guarujá 3x2 Botafogo, pela Copa SP de 2002. |
A panorâmica logo no começo da matéria, com o morro logo atrás. |
Mesmo sendo favorito e jogando um pouco melhor, o Guarujá não conseguia se impor no jogo. O time praiano atacava mais, mas criava poucas chances, desperdiçava essas chances e, por vezes, ainda esteve ameaçado de sofrer o castigo.
Flashes diversos da etapa inicial. |
O zero a zero no placar no intervalo não chegou a ser uma surpresa. As emoções estavam reservadas para a etapa final mesmo. Os treinadores teriam que tirar algum coelho da cartola.
Mas não foi bem isso que aconteceu. O começo do segundo tempo conseguiu ser ainda pior que o primeiro, e, nos primeiros minutos, o Manthiqueira aproveitou para fazer o que ainda não tinha feito na segunda fase do campeonato: jogar bola. E o time chegou a perder algumas boas chances de abrir os trabalhos.
Jogador do Guarujá pressionado. |
Disputa de bola. |
Um lance curioso aconteceu aos 14 minutos, quando, em uma cobrança de falta do Guarujá, a bola acertou caprichosamente uma outra bola que estava do lado de fora do campo, para reposição. Coincidência ou não, o Guarujá chegou ao gol um minuto depois, com Davis, em um belo tiro de longe. Um a zero no placar.
Comemoração do primeiro gol do Guarujá. |
O gol abateu o Manthiqueira, que não conseguiu fazer mais nada. Nove minutos depois do primeiro gol do Guarujá, o próprio Davis ampliou para o time da casa, após receber um bom lançamento e bater cruzado.
Mas logo em seguida, a primeira vez que foi ao ataque após o gol, o Manthiqueira conseguiu um pênalti. Sidinei tomou pouca distância, mas acertou o canto e diminuiu a vantagem do time praiano.
Mais alguns momentos da segunda etapa. |
O time do Vale ainda tentou o empate, e criou boas chances para chegar à igualdade, mas pecou muito nas finalizações. E a expulsão de Gustavo, já nos acréscimos, enterrou de vez as esperanças do Manthiqueira. E terminou assim mesmo: Guarujá 2x1 Manthiqueira.
A equipe de Guaratinguetá se despediu da competição perdendo seus seis jogos nessa fase, mas mostrou que poderia ter feito um papel melhor. O Guarujá conseguiu a segunda vaga do grupo, e segue na disputa, junto com o Votuporanguense, campeão do grupo. e o Jaboticabal, que entrou como um dos melhores terceiros colocados. Ainda tem muita água para passar por baixo da ponte até o fim do campeonato, quando serão decididas as equipes que passarão a integrar a Série A3 em 2013. Vale registrar que, quando eu estava indo para o jogo, o motorista do taxi me disse que o estádio poderia entrar em reformas em breve. Entendo que uma reforma é necessária, mas espero que não tire o ar "bucólico" do templo praiano, o mesmo ar bucólico que me levou a querer conhecê-lo.
Fim de jogo, hora de subir a serra e voltar para a Capital Paulista, e me preparar para, à noite, pegar o voo de volta para Brasília.
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