A quarta rodada da Segundona candanga, assim como todas as outras até aqui, reservou uma parte de suas emoções para a manhã de sábado, um horário que, para o Campo de Terra, já se tornou habitual. E, dessa vez, o confronto foi entre duas equipes, Cruzeiro e Bolamense, que vivem situação curiosa. Embora separadas por apenas um ponto na tabela (o Bolamense soma 4 pontos, e o Cruzeiro, 3), o Bolamense encontrava-se, antes desse jogo, na zona de classificação para a segunda fase, em quarto lugar, enquanto o Cruzeiro estava apenas em sétimo lugar, o que, se mantido até o final do campeonato, poderá representar o rebaixamento, a menos que a Federação confirme sua promessa de acabar com a Série C local - promessa mais que bem-vinda, a propósito. Por isso, corri para o sempre convidativo estádio do Cruzeiro, para acompanhar mais esse jogaço.
Antes de mais nada, vale um registro: o Bolamense não é exatamente uma novidade na minha lista de clubes já vistos. Já o havia visto jogar, mas com nomes diferentes. Em 2002, assisti a um jogo dele, quando ostentava o curioso nome de Armageddon Metropolitana. Já com o nome mais recente, Renovo, eu os vi outras duas vezes. Portanto, foi meu quarto jogo do Armageddon Metropolitana/Renovo/Bolamense, constituindo a primeira triplicidade na minha lista. As multiplicidades são:
Triplicidade: Armageddon Metropolitana, Renovo, Bolamense
Duplicidade: Recanto e Brazsat
Duplicidade: Esportivo Guará e Botafogo-DF
Duplicidade: Grêmio Inhumense e Grêmio Anápolis.
O jogo começou quente. Com um minuto o Bolamense perdeu uma chance incrível, na cara do gol. E, aos dois, o Cruzeiro respondeu, e foi balançando as redes. Michel, sem marcação, chutou para abrir o placar. Cruzeiro 1 a 0.
Cruzeiro comemora primeiro gol, logo aos 2 minutos.
Em desvantagem, o Bolamense passou a adotar uma postura de criticar acintosamente da arbitragem. E essa estratégia acabou custando caro. Por volta dos 10 minutos, Maringá exagerou nas reclamações e acabou expulso.
Nervoso, o time do Bolamense passou a abusar das faltas duras. E não demorou para que mais um jogador do time fosse expulso. Aos 23, após mais uma falta, foi a vez de Márcio, que já tinha o amarelo, ser convidado a se retirar. Com dois a menos, o Bolamense tornou-se presa fácil. E o segundo gol cruzeirense só demorou um minuto. Michel, de cabeça, fez o seu segundo gol. Cruzeiro 2 a 0.
Cruzeiro aumenta a vantagem.
Com a vantagem no placar e no número de jogadores, o Cruzeiro se acomodou, e permitiu algumas chegadas do Bolamense, mas o time visitante pouco perigo levou. Quando chegava, o Cruzeiro era mais perigoso.
Disputa de bola, ainda no primeiro tempo.
Mas nada mais aconteceu até o intervalo, e o Ceuzeiro foi para os vestiários com a vantagem de 2 a 0. Os jogadores do time do Bolamense reclamaram acintosamente com o árbitro na saída da primeira etapa, especialmente por conta das duas expulsões.
No segundo tempo, o Cruzeiro manteve o jogo sob controle. O Bolamense até que mostrava vontade, mas poucas vezes chegava com perigo, e, quando chegava, se precipitava. O Cruzeiro atacava mais, mas desperdiçava suas chances.
Cruzeiro no ataque: em vantagem numérica, time foi melhor.
E a situação do Bolamense complicou ainda mais aos 15 minutos, quando Paulo Roberto fez falta dura. Como já tinha amarelo, acabou expulso, deixando seu time com três a menos.
Mas somente aos 27 o Cruzeiro chegou ao terceiro gol. Michel aproveitou rebote do goleiro e fez 3 a 0. Um minuto depois, o mesmo Michel acertou um belo chute no ângulo, marcando o quarto do Cruzeiro.
Mais uma disputa de bola.
Ainda havia mais uma expulsão reservada para acontecer: Felipe Santos, que já tinha amarelo, acabou levando o segundo cartão, por reclamação, e também foi para o chuveiro. E o Cruzeiro ainda balançou as redes aos 38, com Thiago, que acertou um belo chute no ângulo. Cruzeiro 5 a 0. Nos minutos finais, a Bolamense até ensaiou uma pressão, mas não teve forças para mudar seu destino. E o placar final foi esse mesmo.
A goleada alçou o Cruzeiro provisoriamente à segunda colocação, com seis pontos. O Bolamense caiu para a quinta posição, podendo ainda nessa rodada ser ultrapassado por Paranoá e Legião. Apesar da goleada e das expulsões, é necessário destacar a esportividade dos jogadores do Bolamense que ficaram em campo, que, mesmo com quatro jogadores a menos, continuaram em campo até o fim, não recorrendo a artifícios como o cai-cai para tentar encerrar o jogo antes da hora. E, nos minutos finais, o Bolamense continuou atacando e teve oportunidades até para marcar seu gol de honra.
Fim de jogo, a fome começava a apertar, e era hora de ir para casa, e saborear o almoço de sábado. Voltaremos em breve.
ALTERAÇÃO NA LISTA DE JOGOS
Nesta semana, realizei uma importante alteração na lista de jogos que já vi ao vivo. Assim como Plutão foi rebaixado pelos astrônomos, eu também rebaixei um dos jogos que eu vi no estádio. O jogo entre Gama e Seleção da Champs, vencido pelo Gama por 2 a 1, em 5 de maio de 2008, que na época eu classifiquei como amistoso, agora foi reclassificado como jogo-treino - até porque o Gama jogou com uniforme de treino. E, por essa razão, esse confronto sai da minha lista.
As principais consequências dessa mudança são:
1. O gol marcado por Piu no jogo Ceilandense 1x2 Brasília, em 17 de agosto de 2008, o segundo do Colorado, deixa de ser o milésimo gol que vi ao vivo, e passa a ser o 997º. O milésimo gol passa a ser o que Edicarlos, do Brasília, marcou contra o Santa Maria em 23 de agosto de 2008 - o único do confronto.
2. O jogo Gama 0x4 Santo André, em 8 de julho de 2008, passa a ser o meu centésimo jogo no Mané Garrincha. Antes, essa honraria pertencia ao jogo CFZ 2x1 Capital, nove dias antes.
3. O jogo Brasília 1x2 Brasiliense, em 25 de abril de 2009, passa a ser o 400º jogo que vi em estádios, no lugar de Palmeiras 2x0 LDU, quatro dias antes.
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