O sábado já marcou o começo do fim de semana, com o jogo entre Ceilândia e Sobradinho, do qual eu já falei aqui. Mas ainda faltavam algumas tarefinhas para o domingo: "matar" o único time das Primeira e Segunda Divisões goianas que eu nunca havia visto in loco, conhecer um estádio novo e me aproximar ainda mais do meu jogo nº 600 visto em um estádio. Para cumprir essas tarefas, fui à cidade de Trindade, distante cerca de 30 quilômetros de Goiânia, mais exatamente ao Estádio Abrão Manoel da Costa, para ver o jogo entre Trindade e Goiânia. A novidade na minha lista era justamente o time da casa, que vem fazendo uma grande campanha: ocupa o terceiro lugar, com 17 pontos, e busca alcançar o líder Anápolis - que faz uma campanha praticamente perfeita - e o vice-líder Mineiros. O Goiânia, por sua vez, que vi pela sétima vez in loco, faz uma campanha apenas mediana, e briga para entrar no grupo dos quatro primeiros colocados que se classificarão à fase final. O Tacão - apelido do Trindade, originado pelas iniciais do nome completo do clube, que é Trindade Atlético Clube - levava um certo favoritismo pela campanha que vem fazendo e por jogar em casa, mas o Galo Carijó certamente seria um osso duro de roer - até porque o time já está há um bom tempo afastado da elite, e quer voltar a ela o mais rápido possível. Para mim, seria o 588º jogo visto ao vivo, e ficariam faltando apenas 12 para o jogo 600. Assim, após algumas horas dirigindo pelas estradas 060 - a BR e a GO -, cheguei ao estádio para ver essa grande partida.
Chegando ao estádio, tive a oportunidade de ter uma boa conversa com vários torcedores presentes. Pouco menos de uma hora antes do horário marcado para o início da partida, os portões foram abertos, e eu, já com o ingresso na mão, entrei sem problemas. Fiquei vendo o aquecimento das equipes, e aguardando o início da partida.
Porém, mais um episódio lamentável, que já vem se repetindo sistematicamente, causou atraso de 18 minutos no início do jogo. A ambulância não havia chegado ao estádio às 16 horas, horário para o qual estava marcado o início do jogo. Outro triste episódio de desrespeito ao torcedor, que já vem virando rotina. Quando, enfim, a ambulância chegou, a bola rolou.
Demorou apenas oito minutos para o Trindade ficar com um jogador a menos. Jaílson levantou muito o pé e acertou Finazzi no supercílio. Por conta dessa falta dura, foi convidado a se retirar. Com o lance, o jogador mais conhecido do Galo acabou tendo que ser substituído.
Trindade no ataque. |
Jogadores disputam a bola. |
Apesar da vantagem numérica, o Goiânia não conseguia se impor, e o jogo era equilibrado. Embora as duas equipes buscassem o gol, as chances reais eram raras. Aos 32 minutos, porém, o Tacão inaugurou os trabalhos: Régis, de pênalti, fez 1 a 0 para o Trindade.
De pênalti, Trindade abre a contagem. |
Porém, o empate do Goiânia demorou oito minutos. O Galo rondava a área adversária quando Preto Marabá chutou cruzado, sem muita força, e colocou novamente o placar em igualdade.
O empate do Goiânia não demorou. |
E as duas equipes foram para os vestiários empatadas em um gol, após um primeiro tempo aberto e equilibrado. Àquela altura, era difícil fazer qualquer previsão sobre a etapa final.
E o segundo tempo não foi muito diferente. As duas equipes foram ao ataque, em busca da vantagem, e criaram boas chances. Mas as defesas levaram vantagem sobre os ataques. Nos últimos minutos, os refletores acabaram tendo que ser acesos, em razão do atraso na partida.
Ataque do Trindade. |
Por volta dos 30 minutos, um lance gerou muita reclamação por parte dos jogadores e torcedores do Goiânia: Nonato partiu em condição legal e recebeu lançamento preciso que ia deixá-lo na cara do gol. Mas a arbitragem marcou impedimento. O jogo era interessante, e se manteve totalmente aberto, com chances de ambos os lados, até seu final.
Mais um flash do jogo. |
Mas o placar final foi mesmo de 1 a 1. Um resultado que, pela disposição das duas equipes em busca da vitória, mereceria ter sido diferente. Se não era para haver um vencedor, que o empate fosse então em 2 a 2 ou mais. A classificação do campeonato permaneceu inalterada após a rodada, e resta esperar pelas próximas partidas para ver quem vai subir. De lamentável, só o atraso para começar o jogo por causa da falta de ambulância e a falta dura sobre o Finazzi, que o tirou do jogo após apenas oito minutos.
Refletor aceso: não teria sido necessário se não fosse o atraso da ambulância. |
Fim de jogo, hora de pegar a estrada de volta a Brasília, e me preparar para mais uma semana que está por começar. Volto em breve com uma nova cobertura.
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