A bem da verdade, a minha viagem a São paulo no último fim de semana não tinha como objetivo principal ver um jogo de futebol. A minha intenção era ver o jogo de basquete entre Palmeiras e Minas, pelo campeonato nacional, que seria jogada no sábado. Porém, sem justificativa, a liga adiou a partida para a próxima semana, o que me levou a buscar uma programação alternativa. No sábado, a falta do jogo de basquete foi reposta à altura, com o excelente espetáculo Elis, a musical. No domingo, a vez foi do esporte bretão.
Assim, no domingo, fui a um palco aonde eu não ia havia mais de um ano: a Rua Javari. A minha última visita à cancha grená havia sido em fevereiro do ano passado, com uma vitória do Velo Clube sobre o Juventus. Dessa vez, o Moleque Travesso receberia o Sertãozinho, que passaria a ser o 222º clube da minha lista de times vistos ao vivo. As duas equipes vivem situações opostas: enquanto o time interiorano vem brigando para permanecer na zona de classificação para a segunda fase, o time da casa chegou a essa partida na zona do rebaixamento, e sem nenhuma vitória jogando em casa pela competição. Ambos os times precisavam dos três pontos para alcançar seus objetivos, e a partida prometia. Assim, após uma noite de descanso no Plaza Inn American Loft, peguei o Metrô na Barra Funda rumo à Rua Javari. Já na cancha juventina, encontrei os amigos Ricardo Espina, Milton e Fernando Martinez, este último editor do excelente Jogos Perdidos, amigos com os quais troquei ótimas ideias sobre futebol em geral.
Aviso no banheiro do estádio. Esse "limpo" entre aspas mostra que os organizadores não acreditavam muito que o banheiro permaneceria limpo. |
O Sertãozinho abriu a contagem ainda aos seis minutos, quando o jogo ainda não tinha uma cara definida. Em um lance irregular, viciado por um impedimento no primeiro passe, a equipe do interior fez 1 a 0, com Rogerinho.
Juventus tenta sair ao ataque. Jogador do Sertãozinho corre atrás. |
O Moleque Travesso teve a chance do empate dois minutos depois, mas acabou desperdiçando. E o time da casa ainda teve um gol anulado aos 11 minutos. O Juventus era melhor no jogo, e levava mais perigo na busca pelo empate. O Sertãozinho praticamente não atacou mais depois do gol.
Jogador do Sertãozinho avança. |
Porém, a pressão juventina não foi suficiente para o time chegar ao empate. O Sertãozinho também não aproveitou as poucas chances que teve, e foi para os vestiários com a vantagem mínima.
Escanteio para os visitantes:. |
Na segunda etapa, o Juventus continuou pressionando. Mas o gol só saiu aos 19 minutos, com Natan, que aproveitou um bate-rebate na área para fazer a festa da torcida da casa.
Jogador juventino tenta passar por adversário. |
E, apesar de o ritmo do jogo ter caído, o Juventus chegou à virada. Aos 31 minutos, Renato Sorriso bateu cruzado e marcou um golaço, colocando o Moleque Travesso na frente.
Com o gol, o Sertãozinho finalmente acordou, e passou a pressionar o time da casa. Mas foi o Juventus quem marcou. Aos 43 minutos, Dudu Mineiro viu o goleiro adiantado e o encobriu com um toque, marcando um golaço, e sacramentando o resultado final: Juventus 3-1 Sertãozinho.
Bola na área juventina. Ao fundo, a torcida não para de cantar. |
O Moleque Travesso, com essa vitória, saiu da zona do rebaixamento, alcançando a 15ª posição - duas posições fora da zona, portanto. Alguns torcedores começaram até a sonhar com a classificação e o acesso. O Sertãozinho, por sinal, mesmo perdendo, é o último time da zona de classificação, com 20 pontos. A diferença de apenas quatro pontos mostra que o sonho juventino não é tão impossível assim. A equipe interiorana, por sua vez, ainda vê sua classificação encaminhada, mas qualquer tropeço pode ser fatal.
Fim de jogo, após manter a tradição e almoçar na Esfiha Juventus, que serve deliciosas iguarias árabes, fiz uma ginástica para buscar minha mala de viagem na Barra Funda, para depois ir ao Tatuapé e pegar o ônibus para o aeroporto, para a viagem de volta para casa.
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