A manhã de domingo era decisiva para Pão de Açúcar e Penapolense. As duas equipes se enfrentaram na Rua Javari, o tradicional estádio do Juventus, em partida na qual somente a vitória interessava. Era a última rodada do quadrangular semifinal do campeonato paulista da Série A-3. Em caso de empate, as duas equipes corriam o risco de morrerem abraçadas, e ver Osasco e XV de Piracicaba, que se enfrentariam na cidade da Grande São Paulo, levarem as duas vagas. O que aconteceria? O Campo de Terra não perderia esse duelo por nada.
Dessa vez, enfrentei algumas aventuras antes de entrar no estádio. Primeiro, o trem que me levaria da estação Presidente Altino à estação Palmeiras-Barra Funda demorou apenas e tão-somente vinte minutos para chegar. Quando finalmente ele chegou, eram 9:20, e eu teria 40 minutos para chegar à estação Palmeiras-Barra Funda, trasladar para o Metrô, descer na estação Bresser-Mooca e caminhar cerca de um quilômetro até o estádio. Quando cheguei na estação Bresser, fui atrás de um taxi, para chegar mais rápido ao estádio. Mas exatamente um segundo antes de eu chegar no taxi que estava no ponto, uma mulher chegou na minha frente. Fiquei mais alguns minutos esperando pelo motorista de um taxi que estava lá, mas estava vazio. Quando finalmente cheguei, a bola já estava rolando.
E teve mais. Quando cheguei ao estádio, comprei meu ingresso e fui entrar. Nisso um policial pediu para eu levantar a malha de lã que eu estava usando. Ao ver que eu estava com a camisa do Palmeiras por baixo - afinal, iria ver Palmeiras x Vitória à tarde -, me disse, com toda a simpatia do mundo: "Se tirar essa malha, eu te boto para fora!". Bom, passados esses pequenos contratempos, eu estava dentro da Javari.
E, com a bola rolando - o que, afinal, é o que interessa - o Pão de Açúcar exerceu uma pressão nos primeiros minutos, mas a Penapolense acabou assumindo o controle da partida. Mas as duas equipes criavam poucas chances. Era uma típica final, que ninguém queria perder.
Disputa de bola no meio de campo. Ao fundo, a torcida da Penapolense.
Somente após 22 minutos jogados ocorreu a primeira chance real de jogo da partida. E foi para o Pão de Açúcar. Rafael Martins teve uma boa chance, que acabou parando nas mãos do goleiro Ricardo, que espalmou para fora. Seguiram-se ao lance dois escanteios consecutivos para o Pão de Açúcar.
Penapolense no ataque.
E o gol da Penapolense demorou apenas dois minutos. Ânderson Guarujá chutou firme no canto de Dheimison, abrindo o placar. Penapolense 1 a 0, para festa da torcida de Penápolis presente ao estádio em bom número.
Jogadores da Penapolense comemoram gol.
O time do interior se acomodou com o gol, e o Pão de Açúcar passou a pressionar. O time atacou com mais intensidade, e a arbitragem negou um pênalti claro para o Pão de Açúcar, aos 44 do segundo tempo. Mas não teve jeito, e a primeira etapa terminou em 1 a 0 para a Penapolense.
Ataque do Pão de Açúcar, que busca empatar o jogo.
No segundo tempo, o Pão de Açúcar foi com tudo para cima. Logo aos nove minutos, veio o empate. Paulinho sofre pênalti, e Sérgio Lobo, com tranquilidade, cobrou e empatou a partida.
No segundo tempo, Pão de Açúcar empata, de pênalti.
O empate não era bom para ninguém. Na vizinha Osasco, o time local fazia 1 a 0 no XV de Piracicaba, e com essa combinação Pão de Açúcar e Penapolense morriam abraçados. Mas a equipe de Penápolis não era nem sombra da equipe que pressionara o Pão de Açúcar na primeira etapa. E apenas dois minutos após o gol, o Pão de Açúcar, com Juca, acertou o travessão em cobrança de falta.
Falta para o Pão de Açúcar, e a bola explode no travessão. Quase a virada.
Estava maduro o gol da virada do Pão de Açúcar. Denílson, com grande habilidade, tirou o goleiro da fotografia, e decretou a vantagem do Pão de Açúcar. 2 a 1.
Pão de Açúcar comemora segundo gol.
Bola alta no ataque da Penapolense.
E o Pão de Açúcar ainda marcou mais um, para fechar o caixão. Binho, de cabeça, decretava o placar final: Pão de Açúcar 3x1 Penapolense.
Pão de Açúcar comemora terceiro gol.
Pão de Açúcar e Osasco - que venceu o XV por 2 a 0 - garantiam o acesso, enquanto CAP e XV deverão esperar ainda mais um ano.
Fim de jogo, hora de pegar o trem, e me deslocar para o outro lado da cidade, para ver o Palmeiras contra o Vitória.
Um vídeo do jogo, feito pelo amigo Carlão Carbone. Vídeo fantástico, amig. Um abraço.
2 comentários:
Raul
Parabéns! Perfeita sua descrição do jogo.
Show de bola seu blog! Já incluí nos favoritos.
Abraço!
E o XV mais um ano na A-3...
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