E no domingo caí da cama para ir ao ginásio da Católica. A manhã prometia, pois não seria nem um, nem dois, mas TRÊS jogos para cobrir. Abrindo a série, o time masculino do Vizinhança enfrentaria o Phoenix. Logo em seguida, era a vez de as meninas entrarem em quadra: novamente o Vizinhança, para pegar o time da Católica (doravante denominado UCB). E, encerrando a manhã, o UnB/Galois/Led mediria forças com o Ipac/Brazlândia. E o Campo de Terra esteve lá, cobrindo tudo.
Jogo 1: Vizinhança 76x65 Phoenix (masculino)
A bola subiu pela primeira vez na manhã no confronto entre os times do Vizinhança e do Phoenix. Alguns destaques em quadra: o time do Vizinhança é um raríssimo caso de time masculino que tem uma mulher como técnica. A treinadora da equipe chama-se Renata Ribeiro. Outro detalhe do time da 108 sul é que eles sempre têm um jogador com a camisa 41. O número é uma homenagem a um grande jogador que começou sua carreira no clube, e usava a camisa 14: ninguém menos que Oscar Schmidt. Desse modo, a camisa 14 foi aposentada, e a 41 ficou no lugar. Ao jogador Fabrício Martins coube a honra de vestir a camisa no jogo desse domingo.
O número 41 está presente em todos os times do Vizinhança: homenagem ao Mão Santa.
Do lado do Phoenix, chamou a atenção o fato de apenas dois jogadores comporem o banco de reservas. Mais um caso admirável de amor ao esporte, de pessoas que remam contra a correnteza e contra todas as adversidades para colocar seu time em quadra.
A bola vai subir para Vizinhança e Phoenix.
Com o jogo rolando, o que se viu foi um primeiro quarto de total domínio do Vizinhança. O time mandou no jogo, e somente de forma esporádica o Phoenix chegava ao ataque.
Vizinhança ataca no primeiro quarto: time foi melhor no período, e abriu vantagem.
No segundo quarto, o jogo começou com o Vizinhança mantendo seu domínio. Nesse período, o jogador Leonardo enterrou e levantou o Vizinhança. No início do período, o Phoenix até chegou con mais freqüência ao ataque, mas sempre parava na sólida defesa dos adversários.
Lance livre para o Phoenix
Mas, durante o período, o jogo mudou completamente. O jogador André Queiroz, do Phoenix, assumiu a responsabilidade do jogo, e levou seu time à frente. Daí em diante, o time passou a mandar na partida, e encostou no placar. Já o jogador Marcus Vinícius arremessou diversas bolas de três pontos certeiras.
Ataque do Phoenix no segundo quarto: time dominou o período.
Com o bom momento do Phoenix, a vantagem do Vizinhança, que era de oito pontos no início do período, caiu para apenas quatro no final. O placar então apontava: Vizinhança 35x31 Phoenix
Banco do Phoenix, com apenas dois jogadores. Mesmo assim, time foi osso duro de roer.
Vizinhança tenta reagir, mas segundo quarto foi do Phoenix.
O terceiro quarto foi mais equilibrado. O Vizinhança retomou as rédeas da partida, mas o Phoenix não se entregou facilmente. O time viu que tinha condições de jogar de igual para igual, e seguiu na cola do adversário.
Ataque do Vizinhança: time voltou melhor para o terceiro quarto.
Ainda assim, o Vizinhança conseguiu aumentar a vantagem. O quarto acabou mesmo com o Vizinhança na frente, por 50 a 42.
Vizinhança bate lance livre
O último quarto foi o melhor da partida. As duas equipes tentaram tudo pela vitória, e o resultado é que muitos pontos foram marcados. No total, o placar parcial do período foi de 26x23 para o Vizinhança.
Phoenix ataca no final: período equilibrado.
Placar final: Vizinhança 76x65 Phoenix, e um grande jogo. Como já ocorreu na rodada dupla do Minas, o cestinha do jogo foi um jogador do time derrotado: André Queiroz, do Phoenix, marcou "apenas e tão-somente" 34 dos 65 pontos de sua equipe - um total de 52,3%. Pelo lado do Vizinhança, João Paulo foi o maior pontuador, com 17 pontos.
Missão cumprida no primeiro jogo. Agora era aguardar o segundo.
Jogo 2: UCB 51x94 Vizinhança (feminino)
Agora era a vez das meninas. O Vizinhança, agora em versão feminina, enfrentava o time da casa. Novamente a promessa era de um grande jogo.
A bola vai subir. Vizinhança e Católica na briga.
O primeiro quarto começou com domínio total do Vizinhança. O time logo abriu uma larga vantagem, de 6 a 0. A partir daí, o time visitante continuou superior ao seu adversário, mas pecava pela falta de pontaria. As jogadoras erravam cestas fáceis e perdiam oportunidades de aumentar ainda mais a vantagem.
Vizinhança ataca: time dominou primeiro período.
Graças a isso o time não conseguia abrir grande vantagem no início. No final do período, a UCB conseguiu equilibrar, e a vantagem do Vizinhança aumentou em somente dois pontos. Certamente os erros do time visitante contribuíram para isso.
Lance livre para o Vizinhança, ainda no primeiro quarto.
O período terminou com vantagem do Vizinhança, por 20 a 12, ficando clara a superioridade do time no período.
Jogadoras e técnicos conversam no intervalo entre os quartos.
Com a vantagem, o Vizinhança relaxou, e a UCB conseguiu uma série de seis pontos, ficando a apenas dois do rival. Refeito do susto, o Vizinhança reagiu e marcou 14 pontos consecutivos, aumentando amplamente a vantagem.
Ataque do Vizinhança: time continuou melhor no segundo quarto.
Católica busca reação.
Seguiu-se então um período de grande equilíbrio. As jogadoras calibraram a mão, e muitas cestas foram marcadas. O maior sinal do equilíbrio dessa parte do segundo quarto é que a vantagem de 16 pontos conquistada pelo Vizinhança após a série de 14 foi a mesma vantagem do time no final do quarto. De 34x18, o placar pulou para 46x30. E assim as equipes foram para o intervalo.
Católica ataca: segundo quarto equilibrado no final.
Poucas novidades nos dois períodos finais. A UCB até começou bem no terceiro período, mas logo a superioridade técnica dos visitantes prevaleceu. E, a partir daí, o time só aumentou sua vantagem.
Vizinhança ataca...
...e Católica responde: períodos finais foram das visitantes.
E assim foi o jogo até o final. O terceiro quarto terminou com vantagem do Vizinhança por 75x43, e o período final terminou em 94x51 para a equipe visitante, que venceu com sobras.
Lucille Silva, do Vizinhança, marcou 22 pontos e foi a cestinha do jogo, enquanto pelo lado da Católica, Ana Kelly foi a maior pontuadora, com 17 pontos.
Jogo 3: UnB/Galois/LED 88x93 IPAC/Brazlândia (masculino)
Depois de dois jogos, o cansaço começou a bater. Mas, ainda assim, fui heroicamente até o fim. Na terceira partida da manhã - que, na verdade, começou depois do meio-dia -, UnB e Brazlândia se enfrentaram. A UnB vinha de derrota para a Apab, em jogo bastante equilibrado, que foi inclusive retratado aqui neste humilde blog. Já a equipe de Brazlândia fazia sua estréia na competição. Assim, era difícil fazer alguma previsão.
A bola vai subir. Vai começar o terceiro jogo do domingo.
O jogo começa melhor para o IPAC/Brazlândia, que chega a abrir 12x0 no placar. No entanto, que ninguém se iludisse, acreditando que o jogo seria fácil. A partir daí o time da UnB acordou para o jogo, e os dois times passaram apontuar de forma relativamente alternada. A UnB tirou proveito, inclusive, de duas bolas consecutivas tiradas pela defesa do Brazlândia na descendente para tentar encostar no placar.
Brazlândia ataca no primeiro quarto.
Ataque da UnB, também no primeiro período.
O Brazlândia - que, ressalte-se, nada tem a ver com o Brazlândia time de futebol, exceto por serem ambos da cidade-satélite de Brazlândia - aproveitou a vantagem conquistada no início para fechar o quarto em 22 a 12.
No segundo quarto, a UnB, precisando tirar a diferença, foi melhor. A UnB ia lentamente diminuindo a vantagem do Brazlândia, e este, por sua vez, aproveitava bem seus ataques para evitar que a diferença caísse.
Lance livre para o Brazlândia
Ataque da UnB: em desvantagem, time foi melhor no período.
A diferença, que era de dez pontos no início do segundo quarto, caiu para apenas cinco. E as equipes foram parao intervalo de 10 minutos com o Brazlândia vencendo, por 40 a 35.
Na volta do intervalo, o terceiro período começou equilibrado. Depois disso, houve duas fases. Primeiro a UnB dominou, e encostou no placar. Em seguida, o Brazlândia teve seu momento de superioridade. Resultado: cada equipe marcou 16 pontos no período, e a vantagem de cinco pontos se manteve: 56 a 51.
Ataque da UnB no terceiro período.
Jogadr da UnB vai para o arremesso...
... e Brazlândia responde: equilíbrio no período.
As emoções estavam reservadas para o quarto período. A equipe a UnB finalmente alcança o Brazlândia, e as duas equipes se alternam na vantagem, dando à partida um final eletrizante. No final, após lance livre desperdiçado pela UnB, o placar era de 78x76 para o time universitário, a poucos segundos do final. O Brazlândia teve a grande chance de vencer na jogada seguinte, com seu jogador sofrendo a falta e, ainda assim, conseguindo pontuar. Tudo igual, faltando 5 segundos para o final. Se o Brazlândia convertesse o arremesso de bonificação, venceria o jogo. Mas o jogador errou o arremesso, e nada mais aconteceu. Placar indicando 78 a 78, e os times foram para a prorrogação.
UnB vai para o ataque no final.
UnB bate lance livre, etem chance de garantir a vitória.
A 5 minutos do final, é o Brazlândia que pode garantir a vitória com lance livre de bonificação. Mas não teve jeito: o jogo fi para a prorrogação.
No tempo suplementar, o Brazlândia foi heróico. Não bastasse o abalo de o time perder uma chance de vitória num lance livre, a equipe somente contava com três jogadores no banco, sendo que dois haviam sido desqualificdos com cinco faltas e um havia se contundido. Quando um terceiro jogador foi desqualificado, o jogador contundido teve que entrar no sacrifício, para não deixar a equipe com quatro jogadores.
Flash de uma prorrogação heróica do Brazlândia
Mesmo assim, o Brazlândia foi, na raça, buscar a vitória. E conseguiu: 93x88, placar final. Rodrigo Lima, do Brazlândia, com 28 pontos, foi o cestinha do jogo, equanto pelo lado da UnB o cestinha foi Heitor, com 25.
Terminada a rodada, foi hora de voltar para casa para, finalmente, almoçar. E aproveitar o resto do domingo. Pelo menos a manhã valeu muito a pena.
2 comentários:
Heróico também o trabalho deste blog. Parabéns e obrigado, Raul...
Sempre às ordens, Gustavo. Ontem não deu para eu ir no Santa Dorotéia, mas continuo na cobertura dos campeonatos.
Abraços
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