sábado, 29 de setembro de 2012

Caldas Novas goleia Canedense e segue 100%

Caldas Novas, no Estado de Goiás, é muito procurada por turistas não só do Centro-Oeste, mas de todo o Brasil, seja por suas piscinas naturais de água quente, seja pela agitação de sua vida noturna, especialmente durante a alta temporada. Mas será que alguém procura essa bela cidade por causa do futebol? Pois foi exatamente o que eu fiz no último fim de semana. Fui ver a partida entre Caldas Novas e Canedense, pela segunda rodada da Terceirona goiana. Na curiosíssima primeira rodada, em que os quatro mandantes foram derrotados e não conseguiram marcar um gol sequer, o Caldas Novas foi a Morrinhos e venceu o América local pela contagem mínima. O time de Senador Canedo não teve a mesma sorte, e caiu por 4 a 0 diante do Evangélica, jogando em casa. Era difícil apontar um favorito, já que ainda estávamos na segunda rodada. O melhor a fazer era ir para o estádio para ver como ia ser. E foi o que eu fiz.

O Caldas Novas abriu os trabalhos no primeiro lance realmente perigoso da partida. Aos seis minutos, depois de cobrança de falta, Caculé cabeceou, fazendo 1 a 0 para o time da casa.

Em seis minutos, vantagem do Caldas Novas.

No geral, as duas equipes faziam uma partida fraca no primeiro tempo, e praticamente não criavam nada. E, em um jogo assim, só mesmo a bola parada poderia salvar. E assim foi. Aos 24 minutos, Thiago cobrou falta com perfeição e fez 2 a 0 para o Caldas Novas. Imediatamente depois, a arbitragem parou a partida para os jogadores se hidratarem, no forte calor que fazia na cidade.

Ataque do Canedense.

Depois da parada técnica, o jogo até melhorou, com o time de Senador Canedo chegando a carimbar o travessão. E o Caldas Novas ainda achou o terceiro gol nos acréscimos: Caculé, novamente, recebeu livre e só escolheu o canto: Caldas Novas 3 a 0. E foi só isso antes do intervalo.

Canedense com a bola.

No segundo tempo, com o jogo sob controle, o Caldas Novas atacava mais, e o Canedense também chegava. Mas a boa atuação dos goleiros dificultava a tarefa dos atacantes. Somente aos 29 minutos Caculé, cabeceando livre, marcou o quarto gol do Caldas Novas, e o seu terceiro no jogo.

Disputa de bola.

E foi só. Se o árbitro encerrasse o jogo após esse gol, não se perderia nada de relevante. Só uma bela jogada individual de Caculé, que quase resultou no seu quarto gol na partida, e quinto gol do Caldas Novas, mereceu destaque. E o time da casa acabou mesmo vencendo por 4 a 0.

Mais um flash da etapa final.

O gol deixa as duas equipes em situações totalmente opostas: o Caldas Novas venceu seus dois jogos, enquanto o Canedense sofreu duas derrotas, e sofreu oito gols em suas duas partidas disputadas até aqui. Ainda dá para recuperar, mas é preciso começar logo. Assim como o Caldas Novas precisa trabalhar para não deixar a peteca cair.

Fim de jogo, voltei para o hotel para descansar, e para me preparar para passar mais cinco horas viajando de ônibus no domingo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Juventus vence Chievo e se isola na liderança

Normalmente, uma partida entre Juventus e Chievo pelo badalado Campeonato Italiano não estaria entre os objetos de trabalho deste blog, que se dedica mais às partidas "alternativas", aquelas que não despertam tanto a atenção do grande público - e essa, ao contrário, foi vista em dezenas de países, e por um grande número de pessoas em cada um deles. mesmo assim, eu não poderia deixar de contar aqui a minha visita ao belíssimo e novinho em folha Juventus Stadium, de propriedade da equipe de Turim. E foi justamente na partida entre essas duas equipes, jogada no último sábado, que eu tive meu "batismo" no novo estádio juventino. O Chievo é uma equipe que começou a se destacar no atual século - antes disso, até mesmo em sua cidade, Verona, era considerado o "segundo time", atrás do Verona, campeão italiano de 1985. No entanto, na temporada 2001-2002 o time estreou na Série A e, desde então, só esteve fora da elite na temporada 2007-2008. As grandes campanhas nos primeiros anos de Série A coincidiram com a boa fase do São Caetano no Brasil, de modo que as comparações foram inevitáveis. Mas o Chievo começou mal o campeonato, chegando a essa partida com apenas três pontos conquistados. A Vecchia Signora, ao contrário, conquistara três vitórias em suas três primeiras partidas, e tinha a seu favor uma invencibilidade no campeonato que já durava havia 42 jogos. A favor do Chievo, o tabu de não perder para a Juve desde 2009. A promessa era de um grande jogo.

Embora a partida começasse às 20:45 (horário local), cheguei bem mais cedo, podendo, assim, fazer um passeio pelo Area 12, o shopping construído e explorado pela Juventus do lado de fora do estádio, jantar no mesmo local (que ainda não tem uma praça de alimentação suficientemente variada, são somente dois restaurantes) e entrar no estádio a tempo de explorar seu interior - e esperar pelo início da partida.

Quando a bola rolou, os primeiros minutos foram mornos. Mas, com o tempo, a Juventus se encontrou no jogo, e dominou completamente as ações. É bem verdade que, sem Pirlo e Giovinco, poupados, o time perdeu muito em qualidade. Ainda assim, o time de Verona ameaçou muito pouco o goleiro Buffon, e a defesa juventina, bem posicionada, conseguia manter o perigo distante.

Juventus tenta se proteger

No entanto, a Juventus criava poucas boas chances, e o bom goleiro Sorrentino foi uma barreira para os atacantes juventinos. A torcida chegou a comemorar aos 27 minutos, quando Vucinic mandou para dentro. Mas ele estava em posição irregular, e a arbitragem, corretamente, anulou o gol. O primeiro tempo terminou mesmo sem bolas na rede. As emoções estavam reservadas para a volta dos vestiários.

Vi esse 2 da Juventus jogar no meu 12º jogo in loco.

E a toada do jogo continuou a mesma no segundo tempo: pressão total da Juventus. E o goleiro Sorrentino continuava se destacando. Aos 18 minutos, ele fez uma defesa milagrosa em cabeçada de Chiellini, mandando para escanteio. Mas, na cobrança do tiro de canto, não teve jeito: Quagliarella acertou um belo voleio e abriu os trabalhos: Juventus 1 a 0.

Chievo tenta chegar, mas a Juventus se defende bem.

O segundo gol demorou apenas quatro minutos: o próprio Quagliarella invadiu a área e, após um drible no defensor do Chievo, chutou cruzado, e Sorrentino nada pôde fazer: Juventus 2 a 0. Depois desse gol, apesar de uma ou outra chance de gol - quase sempre para o time da casa -, pode-se dizer que o jogo acabou. Os jogadores da Juventus ficaram só tocando a bola e deixando o tempo passar, e os do Chievo, impotentes, nada conseguiam fazer. E a Juventus terminou mesmo a partida com a vitória por 2 a 0.

Juventus ataca, durante o segundo tempo.

Com o resultado, e os tropeços de Lazio, Napoli e Sampdoria, a Juventus se isolou na liderança. O Chievo estacionou nos três pontos, e começa a ver a zona do rebaixamento se aproximar. Porém, com apenas quatro rodadas jogadas, ainda tem muita coisa para acontecer. É muito cedo para fazer prognósticos, tanto para a Juventus quanto para o Chievo.

Encerrada a partida, peguei o bonde nº 9, que faz uma linha especial em dias de jogos, e voltei para o hotel. Ainda teria uns dias em Turim antes de voltar para o Brasil.

domingo, 9 de setembro de 2012

Bangu vira sobre o América em Edson Passos

Depois de superar a barreira dos 600 jogos vistos em um estádio na sexta-feira, dei, no sábado, o primeiro passo para chegar aos 700 jogos vistos ao vivo. E foi um jogo em que eu realizei dois "sonhos de consumo" de uma vez só: os simpáticos América e Bangu cariocas. Ambos são clubes que têm a simpatia de todos os cariocas, que se juntam para apoiá-los sempre que seus times não estão envolvidos na disputa - quem não se lembra da final do Brasileiro de 1985, quando o Bangu caiu diante do Coritiba em um Maracanã lotado? O América, no entanto, não vive um bom momento: este ano, o time jogou a Segundona carioca e não conseguiu o acesso. O Bangu, por sua vez, teve uma reação espetacular no Cariocão deste ano: depois de uma taça Guanabara sofrível, em que o time parecia virtualmente rebaixado, o Bangu reagiu na taça Rio, e conseguiu uma das quatro vagas nas semifinais dessa fase do campeonato. Dessa vez, as duas equipes se enfrentaram no Estádio Giulite Coutinho, mais conhecido como Édson Passos, na cidade de Mesquita, em partida válida pela recém-iniciada Copa Rio, competição que permite ao seu campeão escolher entre uma vaga na Copa do Brasil ou na Série D em 2013. O Bangu começou bem na competição, somando 4 pontos em 2 jogos. O América folgou na primeira rodada e empatou seu jogo na rodada seguinte. Não sofrer sua primeira derrota na competição era o desafio para América e Bangu. Assim, depois de embarcar no trem na famosa Central do Brasil, cheguei no estádio pontualmente no horário para ver o que ia acontecer.

No começo do jogo, o Bangu tinha mais posse de bola, mas o jogo era concentrado no meio de campo, e as ações ofensivas eram raras. Em contrapartida, os poucos ataques do América eram mais perigosos.

Jogadores brigam pela bola.

E, de fato, foi o América que abriu a contagem. Aos 28 minutos, Thiago Ramos, de cabeça, abriu a conta para o time da casa.

Gol do América.

A festa durou pouco. Apenas quatro minutos depois, Eudes fez uma bela jogada e empatou para o Bangu. E as emoções do primeiro tempo ficaram por aí mesmo. Daí em diante, foram algumas boas jogadas isoladas, e só. A primeira etapa acabou mesmo com os dois times empatados em um gol.

Ataque do América, no primeiro tempo.

O segundo tempo começou com os papéis trocados. Agora era o América que tinha mais posse de bola, mas sem criar boas chances. O jogo continuava concentrado no meio de campo.

Jogador do América tenta sair da marcação.

Porém, depois dos 15 minutos, o América começou a pressionar com mais intensidade, e a criar boas chances de gol. A pressão acordou a torcida, que se empolgou.

Bola na área.

A pressão não durou muito, e logo as duas equipes deram sinais de que estavam contentes com o empate em um gol. Mas o Bangu resolveu mostrar que não estava assim tão contente com o resultado, e aos 35 minutos veio a virada, com Fábio Saci: Bangu 2 a 1. Depois do gol, o América acordou e voltou a pressionar. Mas já era tarde. Final: América 1-2 Bangu.

A competição está apenas em seu início, mas o Bangu já mostrou que tem condições de fazer um bom papel, w lidera o grupo D, com sete pontos. O América só soma um ponto, mas jogou uma vez mais que o clube de Moça Bonita. Ainda dá tempo, mas, em uma competição de tiro curto, uma boa arrancada é importante.

Encerrado o jogo, tomei o trem de volta para a Central, e em seguida tomei o caminho do Galeão, para voltar para Brasília.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

No meu 600º jogo ao vivo, Cruzeiro vence Planaltina pela Segundona

E finalmente chegou a hora de ver meu jogo número 600 in loco. A marca foi alcançada na última sexta-feira, feriado de 7 de setembro, quando fui para a cidade-satélite de Planaltina, para ver o jogo entre Planaltina e Cruzeiro. O time da casa, na verdade tem sua sede em Planaltina de Goiás, mas, como o estádio local está há muito tempo fechado, tem mandado seus jogos na cidade homônima do Distrito Federal. O Cruzeiro tem se destacado mais nas categorias de base, sendo o atual campeão brasiliense de juniores, mas não tem conseguido repetir o sucesso da molecada entre os profissionais. Na atual temporada, as duas equipes não estão muito bem, e ambas somam apenas três pontos na competição, após cinco rodadas já disputadas. Faltando apenas quatro rodadas para o final da competição, vencer essa partida era obrigação, caso ambas ainda tivessem qualquer aspiração.

Sem nenhum motivo aparente, o início da partida atrasou em seis minutos. Quando a bola rolou, o Planaltina já partiu para a pressão. O time da casa perdeu um gol incrível, sem goleiro, aos três minutos, e, menos de um minuto depois, carimbou a trave.

Planaltina no ataque.

No entanto, bastou o Carcará acordar e tentar o ataque, que o gol veio em poucos minutos. Claudinho fez Cruzeiro 1 a 0, aos 15 minutos da etapa inicial.
Cruzeiro na frente, após dois minutos de pressão.

O Planaltina sentiu o gol, e diminuiu o ritmo, mas o Cruzeiro não chegava com muito perigo. No entanto, aos 24 minutos, o Carcará conseguiu encaixar um bom contra-ataque, e Michel, sem marcação, fez 2 a 0 Cruzeiro.

Mais um do Cruzeiro, após contra-ataque.

Nem deu tempo de respirar. Um minuto depois, o Planaltina diminuiu a diferença. Wudson dominou a bola, virou e acertou um belo chute, marcando um golaço.

Planaltina diminui.

O jogo seguiu com as duas equipes buscando o ataque. Tanto o Cruzeiro queria uma vantagem que o deixasse mais tranquilo, quanto o Planaltina queria o empate. Boas chances se sucederam para ambos os lados.

Escanteio para o Cruzeiro.

Mas o primeiro tempo terminou sem mais gols. O Cruzeiro levou para os vestiários uma importante vantagem, que precisaria saber manter. Mas o jogo estava aberto, e o Planaltina continuaria lutando.

O segundo tempo começou na mesma toada em que terminou o primeiro. Com as duas equipes atacando e buscando o gol. As equipes alternaram algumas boas chances de balançar as redes.

Briga boa pela bola.

Mas os ataques eram pouco incisivos, e as equipes não aproveitavam as chances que tinham. Depois de algum tempo, o Planaltina, que precisava mais do gol, passou a pressionar, e a dominar as ações ofensivas.

Jogar na sombra é melhor.

Mas os dois times não conseguiram mais balançar as redes, e o Cruzeiro terminou mesmo vencendo a partida por 2 a 1. Foi a primeira vitória do Carcará na competição, e mantém vivas as remotas esperanças de acesso do time azul. O Planaltina se despede das chances de conquistar o acesso, e lhe restará tentar novamente em 2012.

Vale registrar, porém, que nem tudo foi festa no dia do meu 600º jogo visto em um estádio. No intervalo da partida, procurei um banheiro, mas o único toalete do estádio se encontrava fechado. Sem condições, tive que esperar o final da partida para encontrar um banheiro em outro lugar. Uma experiência bastante desagradável, e que acaba por afastar os já poucos expectadores fiéis dos jogos que acontecem na Capital Federal.


Banheiro fechado: descaso com o torcedor.

Sendo esse apenas o início do fim de semana prolongado, me despeço. Até a próxima.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Joseense bate Sumaré e se classifica

Aproveitar meus fins de semana na Capital Paulista para ver a bola rolar em alguma cancha do interior ou do litoral já virou uma tradição. E, no último domingo, novamente peguei a estrada, dessa vez com destino a uma das capitais da ciência no Brasil: São José dos Campos. O destino final era o estádio Martins Pereira, que eu não conhecia, e que recebeu o confronto entre Joseense e Sumaré, pela Segunda Divisão paulista. A competição já vai se afunilando, e a partida valia pela última rodada da terceira fase. Embora a equipe da casa liderasse o grupo 15 com oito pontos, e os visitantes estivessem em segundo lugar, com seis, a situação de ambas estava longe de ser tranquila. Mauaense, também com seis pontos, e Fernandópolis, com cinco, estavam na cola das duas equipes, e vencer seria fundamental para não correr riscos. Portanto, a expectativa era grande, e as duas equipes certamente fariam um grande jogo. Para mim, mais duas novidades na lista, que chega aos 191 clubes, além de completar 599 jogos vistos in loco - falta apenas um para o esperado jogo 600. Então, sem mais delongas, vamos ao jogo.

Mesmo jogando como visitante, o Sumaré, que precisava vencer para ficar tranquilo, tomava mais a iniciativa. No entanto, o time abusava das faltas duras, e em 15 minutos já tinha dois jogadores "amarelados".

Primeiras ações de um jogo movimentado.

Passados esses 15 minutos, o Joseense melhorou, e passou a pressionar. Por volta dos 25 minutos, o jogo deu a impressão de que iria esfriar. Mas, poucos minutos depois, aconteceu justamente o contrário: ambas as equipes passaram a criar boas chances de abrir a contagem. O jogo ficou muito bom.

Ataque do Sumaré (de vermelho). Bola na área.

No entanto, a boa disposição dos dois times não foi suficiente para mexerem no placar antes do intervalo. Mas ficou a expectativa para a etapa final, pois o jogo estava bom, e muita coisa ainda estava por acontecer.

Joseense busca o ataque.

O segundo tempo começou com o Joseense disposto a resolver a parada. E, depois de perder várias oportunidades já no começo da segunda etapa, o Joseense acabou chegando ao gol: Renato Santiago, de pênalti, fez 1 a 0 para o time da casa.

De pênalti, gol do Joseense.

Com a vantagem, o Joseense puxou o freio de mão. Mesmo assim, o time acabou chegando ao segundo gol: após defesa do Sumaré precisou fazer falta para parar um contra-ataque mortal do time da casa. Felipe Nascimento acertou um chutaço e fez Joseense 2 a 0.

A bola viaja para o segundo gol do Joseense.

Após o gol, o time da casa continuava administrando a vitória sem grandes problemas, e ainda levava perigo nos contra-ataques, que o Sumaré concedia por conta da necessidade de atacar, que o obrigava a deixar espaços para as ações adversárias.

Joseense sai da defesa.

Aos 43 minutos, o Sumaré ainda diminuiu com Anderson, de pênalti. No lance, o goleiro do Joseense acabou expulso, e o mesmo Renato Santiago que havia aberto a contagem foi para o gol. Com um a mais, e com um atacante jogando de goleiro no time adversário, o Sumaré pressionou em busca do empate. Mas, quando foi ao ataque, o Joseense fechou a conta: John Lennon fez uma bela jogada e, mesmo sem ângulo, chutou forte e marcou um golaço. E foi só: final de jogo, Joseense 3-1 Sumaré.

Gol de pênalti do Sumaré.

Logo em seguida, o terceiro do Joseense.

O Joseense, com essa boa vitória, está entre os oito times que brigarão pelas quatro vagas na Série A3 de 2013. A outra vaga acabou ficando com o Fernandópolis, que no começo da rodada ocupava a lanterna do grupo, mas venceu o Mauaense e se garantiu. Tanto o time de Mauá quanto o Sumaré deixam suas esperanças para a próxima temporada, mas ainda assim fizeram um belo campeonato, e têm tudo para ter uma sorte melhor em 2013.

Panorâmica do Estádio Martins Pereira.

Fim de jogo, hora de fazer uma caminhada até a Rodoviária de São José dos Campos e pegar o ônibus de volta a São Paulo. À noite, voo de volta para Brasília.

São Bento surpreende Audax no Nicolau Alayon

Eu não tinha planos de repetir, no último fim de semana, a maratona futebolística do sábado e do domingo anteriores, quando vi três jogos in loco, dos quais relatei dois aqui no blog. Mas a chance de incluir na minha lista pessoal de times vistos in loco um dos mais tradicionais clubes do interior paulista não poderia passar em branco. Por isso, nesse fim de semana eu fui ao Estádio Nicolau Alayon, tradicional cancha nacionalina, para um jogo onde o dono da casa não estaria presente: a partida era entre Audax e São Bento, e o clube sorocabano se tornou o 189º time que já vi em estádios. Curiosamente, no mesmo estádio e contra o mesmo adversário, eu "matei" outro time sorocabano, o Atlético Sorocaba, há alguns meses, e relatei esse jogo aqui. Voltando ao jogo da tarde do último sábado, as duas equipes integram o equilibrado Grupo 4 da Copa Paulista, o mesmo de Juventus e Grêmio Osasco, e o Audax começou a rodada ocupando o quarto lugar, mas apenas três pontos atrás do líder Atlético Sorocaba. O São Bento, por sua vez, era apenas o sétimo colocado, com sete pontos, dez a menos do que seu adversário. Tudo levava a crer que o Audax era o favorito, mas restava jogar, e certamente o São Bento não ia querer dar moleza.

Quando a bola rolou, no entanto, o que se viu foi um Audax tímido, que pouco conseguia criar. O castigo veio aos 10 minutos, quando Gabriel chutou fraco, de longe, e o goleiro do time da casa aceitou. O time sorocabano abria a contagem, 1 a 0 para o São Bento.

São Bento comemora gol de abertura de contagem.

O gol acordou o Audax, que foi para o ataque e perdeu algumas boas chances de empatar a peleja. Mas desperdiçou muitas chances, e desistiu muito rápido da pressão. Até que, aos 19 minutos, o São Bento chegou ao segundo gol. O próprio Gabriel chutou forte, de longe, e marcou um golaço. São Bento 2 a 0.

Jogadores brigam pela bola.

Depois disso, a equipe sorocabana passou a controlar mais o jogo, e, mesmo não oferecendo perigo, conseguia neutralizar a tímida pressão do Audax. E o primeiro tempo terminou mesmo com o São Bento vencendo por 2 a 0.

Um simpático expectador presente ao estádio.

Na segunda etapa, não chegou a ser uma surpresa que a maior parte do jogo acontecia no campo de ataque do Audax. Em desvantagem, o time da casa foi para cima, e o São Bento se defendia bem. No entanto, somente aos 23 minutos, e de pênalti, o Audax conseguiu diminuir. Ingro cobrou bem e deixou o placar em 2 a 1 para o São Bento.

Audax diminui, de pênalti.

E o São Bento se empenhou em segurar a vantagem no restante do segundo tempo, e ainda levou perigo em alguns contra-ataques. Mas a pressão do Audax não foi suficiente para mudar a história do jogo, e o São Bento acabou mesmo vencendo por 2 a 1.

Flahs de uma segunda etapa de pressão do Audax.

A vitória deu uma importante sobrevida ao São Bento, que continua em sétimo lugar, mas diminui a distância do "pelotão de elite". O Audax caiu para o quinto lugar, e deixa a zona de classificação. Mas tem apenas três pontos a menos que o vice-líder Juventus, e seis a menos que o Atlético Sorocaba, que, com os resultados do fim de semana, abriu vantagem. As rodadas finais virão cercadas de expectativas para esse grupo.

Após o término da partida, me despedi do Nicolau Alayon, pegando o trem para ir embora. Acordaria cedo no domingo, para mais uma cobertura.