sábado, 25 de outubro de 2008

Minas x Minas vale vaga na final

Passei muito tempo afastado das quadras de basquete, e era chegada a hora de voltar. Os campeonatos brasilienses, tanto o feminino quanto o masculino, já estão em momentos avançados. No masculino, a Taça Brasília - etapa do campeonato que classificará seus três primeiros colocados para o quadrangular final do Campeonato Brasiliense, junto com o Universo - já está nas semifinais. Há uma semana, a Apab derrotou a UCB na primeira semifinal e se garantiu tanto na final da Taça Brasília quanto no quadrangular final do Campeonato. Hoje a batalha era na Asceb, mesmo ginásio onde o Universo costuma jogar pelo Campeonato Brasileiro. Lá se enfrentaram, pela outra semifinal, Minas Brasília/Ascesa e Minas Brasília/Lance Livre. Não, amigo leitor, você não leu errado. O Minas Brasília está realmente disputando a competição com dois times, cada um deles associado a outra entidade. E os dois times minastenistas acabaram se encontrando nas semifinais. Então fui lá para a Asceb ver o que ia acontecer.

Posicionado nas arquibancadas de onde já acompanhei tantas batalhas, esperei o jogo começar, e não demorou muito para a bola subir.

Tudo pronto. O jogo vai começar.

O primeiro quarto foi bastante equilibrado. As duas equipes se alternaram o tempo todo na liderança do marcador, e a cada cesta de um dos times vinha a pronta resposta do adversário.

O Minas/Lance Livre ataca...

...e o Minas/Ascesa responde. Primeiro quarto equilibrado.

Apesar do equilíbrio, o período acabou marcado por muitos erros cometidos pelas duas equipes. Quando o período chegava ao fim, o Minas/Lance Livre abriu vantagem com duas cestas de três pontos, e o Minas/Ascesa conseguiu dois pontos entre as duas cestas. Desse modo, o Minas/Lance Livre foi para o intervalo entre os quartos em vantagem, por 19x15.

Placar final do primeiro quarto

O segundo quarto começou com o Minas/Lance Livre pegando a maioria dos rebotes e errando menos. Mas logo em seguida o Minas/Ascesa equilibrou a disputa, e o jogo ficou emocionante, sem que nenhuma equipe conseguisse abrir uma larga vantagem.

Ataque do Minas/Ascesa no segundo quarto

No entanto, quando o Minas/Lance Livre vencia por 23 a 22, o placar "empacou", e por muito tempo nenhuma das duas equipes conseguiu pontuar. A seca acabou com uma cesta de três do Minas/Ascesa, que colocou o time em vantagem. Logo em seguida, o Minas/Lance Livre deu o troco e retomou a vantagem. As duas equipes continuaram se alternando na liderança do placar, mas no final o Minas/Lance Livre retomou a vantagem de quatro pontos construída no primeiro período.

Um trocadilho inocente: lance livre para o Lance Livre.

Final do segundo quarto: Minas/Lance Livre 37x33 Minas/Ascesa.

No intervalo, fui ao bar da Asceb e tomei aquela Sprite para fazer a merecida reposição líquida na quente tarde de sábado. Matada a sede, e feita a propaganda, voltei ao ginásio para acompanhar os últimos dois quartos da partida.

No terceiro quarto, as duas equipes começaram errando muito. O Minas/Lance Livre começou a mostrar sua superioridade técnica, e assumiu o controle do jogo. O Minas/Ascesa tentava encostar, mas o Minas/Lance Livre mantinha com tranqüilidade a vantagem conquistada.

Ataque do Minas/Ascesa no terceiro quarto: adversário foi melhor.

O período terminou novamente com o Minas/Lance Livre em vantagem, por 51 a 45.

O quarto período começou com o Minas/Ascesa assustando, e encostando no placar. Foi quando Rafael Formolo, do Minas/Lance Livre, que já vinha fazendo uma grande partida, resolveu que era hora de ganhar o jogo. Preciso sobretudo nos arremessos de três pontos, ele deu ao time o sprint final e garantiu a vitória do Minas/Lance Livre. Acuado, o Minas/Ascesa se rendeu.

Ataque do Minas/Lance Livre.

Ataque do Minas/Ascesa

Placar final: Minas/Lance Livre 68x56 Minas/Ascesa. Com esses resultados, Universo/BRB - atual campeão brasiliense e vice nacional -, Apab e Minas/Lance Livre estão garantidos no quadrangular final, e os dois últimos farão a final da Taça Brasília. UCB e Minas/Ascesa decidirão o terceiro lugar e a última vaga no quadrangular final.

Jogadores do Minas/Lance Livre comemoram a classificação para a final.

O cestinha do jogo foi Rafael Formolo, do Minas/Lance Livre, que marcou 37 dos 68 pontos de sua equipe - 54,4% dos pontos. Do lado do Minas/Ascesa, Laerte Silva foi o maior pontuador, com 15 pontos.

Bom, por hoje é isso. Volto para fazer as finais. Se não houver outro jogo antes.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Brasiliense vira contra o Criciúma

Depois de vinte dias sem postar no blog - um misto de falta de tempo e disposição - estou de volta. Com os campeonatos locais encerrados no Distrito Federal, resta a velha e boa Segundona. Apesar do fiasco total que vem sendo a participacão candanga nessa série, ainda é interessante ir aos estádios par acompanhar as partidas, e torcer por um milagre. A propósito, o novo Bezerrão está quase pronto, e eu com certeza vou faer vários jogos lá.

Dito isso, ontem me dirigi ao Serejão, onde não via um jogo havia quase dois meses - desde Brasiliense x Santo André, em agosto -, para ver o encontro do Brasiliense com o Criciúma. As duas equipes buscavam fugir da zona da degola, e por isso era um autêntico jogo de seis pontos.

Abaixo, o momento da entrada em campo das duas equipes.

Brasiliense entra em campo.

Criciúma entra em campo.

Quando a bola rolou, o Brasiliense começou melhor. Lgo no começo, o time criou boas oportunidades, e poderia ter aberto vantagem já naquele momento. Mas o time esbarrava na falta de pontaria e na boa defesa dos catarinenses.

Flash do primeiro tempo: Brasiliense começou bem.

A partir daí o Tigre passou a jogar melhor, mas não chegou a pressionar, e o jogo ficou morno. O goleiro Guto, do Jacaré, foi obrigado a praticar duas boas defesas. E foi só. Com pouca efetividade, as duas equipes foram para o vestiário sem inaugurar o marcador.

Ataque do Criciúma no primeiro tempo: lateral Patric tenta passar pela marcação.

O Brasiliense começou o primeiro tempo atacando. Mas sofreu m duro golpe aos oito minutos da etapa final: num contra-ataque da equipe catarinense, Patric cruzou para Zulu, que, sem marcação, cabeceou para dentro do gol e abriu a contagem: Criciúma 1 a 0.

Jogadores do Criciúma comemoram gol de Zulu.

O Brasiliense assimilou o golpe, e a partir daí passou a atacar com mais insistência. Mas o gol não saía, e a maioria dos chutes do ataque do Jacaré eram verdadeiros recuos para o goleiro.

Flash do segundo empo: Brasiliense levou o gol e correu atrás do empate.

Até que, aos 27 minutos, finalmente a rede balançou. Adrianinho, que acabara de entrar, acertou um belo chute da entrada d área, e fez explodir a torcida no Serejão. Tudo igual de novo.

Brasiliense buscou o ataque com insistência...

...e a recompensa veio num belo chute de Adrianinho. Aqui, time comemora o gol de empate.

Com o gol, o Brasiliense passou a acreditar na vitória. E ela veio aos 36 minutos, numa bela jogada de Jóbon, que viu o atacante Leandro Netto - que também entrara no segundo tempo - livre e tocou para ele. O atacante só desviou e saiu para o abraço. Brasiliense 2x1 Criciúma.

Segundo gol do Brasiliense: vira-vira.

Agora, para o Jacaré, era segurar a vantagem. Mas não foi fácil. O volante Bidu foi convidado a ir mais cedo para o chuveiro, e o Tigre ainda vislumbrou o empate, com uma bola no travessão. Mas a rede não balançou mais, e o jogo acabou assim mesmo. Vitória do Brasiliense, por 2 a 1. O time da casa, assim, afastou-se ainda mais da zona de rebaixamento, enquanto o Tigre se vê mais ameaçado de cair para a Série C.

Fim de jogo, hora de voltar para casa e dormir.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Rodada dupla no Serra Dourada

Já faziam quase dois meses que eu não cobria nenhum jogo fora do Distrito Federal, e já estava em tempo de respirar outros ares. A perda do mando de campo pelo Brasiliense, e conseqüente marcação de seu jogo contra o Bragantino para o Serra Dourada, foi o pretexto perfeito para eu pegar a BR-060 e fazer uma visita à capital goiana. Para completar, a noite ainda ofereceria uma rodada dupla, pois, mais tarde, o Vila Nova, que faz excelente campanha, enfrentaria o Paraná. Ambas as partidas pela Série B do Brasileirão.

Aqui cabe um registro: foi a primeira rodada dupla da minha vida. É bem verdade que já havia ido a jogos em que havia uma preliminar, inclusive profissional. No entanto, geralmente eu ia ao estádio sem saber da preliminar, e muitas vezes nem dava atenção à partida. Dessa forma, mesmo tendo estado no estádio por uma parte da preliminar, para fins de registro não contei tais partidas. Na última terça, porém, segui os dois jogos, e, portanto, essa foi oficialmente, minha primeira rodada dupla, com dois jogos consecutivos, no mesmo dia e no mesmo estádio.

Cheguei a Goiânia por volta das 16:30. Ainda tive tempo de deixar minha pequena bagagem no Hotel Xantara, onde me hospedei, e de lá fui diretamente para o Serra Dourada

A primeira coisa que fiz ao chegar foi me dirigir à entrada das arquibancadas sul. Em julho passado, quando fui lá ver Goiás x Palmeiras, vi um curioso erro de identificação no local: a tradução de "sul" no texto em inglês estava como "north", e em espanhol "norte". Verifiquei que tal erro foi corrigido, embora permaneça um pequeno equívoco, pois "sul" em espanhol está escrito como "sul", quando a forma correta é "sur".

Entrada da arquibancada sul em julho passado...

...e agora, corrigida, apesar de a forma em espanhol estar errada (o correto é "sur")

No entanto, uma nova pérola se exibia aos torcedores que freqüentavam o estádio, na forma de uma faixa estendida sobre as bilheterias das cadeiras, conforme foto abaixo.

A nova pérola do Serra Dourada

Entrei no estádio 20 minutos antes do primeiro jogo, quando a entrada das cadeiras foi liberada. O público ainda era pequeno, e a maior parte dos torcedores chegaria somente para o segundo jogo. Finalmente instalado, aguardei o início da partida.

Jogo 1: Brasiliense x Bragantino

O Brasiliense começou o jogo atacando, mostrando que realmente tinha como meta se recuperar na competição. Logo aos seis minutos de jogo, o zagueiro Gustavo, do Bragantino, derrubou Jóbson na área. A arbitragem marcou o pênalti e o próprio Jóbson se encarregou de cobrá-lo e colocar o Jacaré em vantagem.

Bragantino no ataque. Time paulista tentava, mas o Brasiliense se defendia bem.

A partir daí, o jogo ficou burocrático. Os dois times chegavam esporadicamente ao ataque, e os dois goleiros pouco trabalho tiveram. O Bragantino precisava do gol, mas não tinha eficiência no ataque. Dessa forma, o primeiro tempo acabou mesmo com a vantagem do Jacaré, por 1 a 0.

Ainda no primeiro tempo, Bragantino tem falta: pouca objetividade.

No intervalo, conversei com alguns vilanovenses que já haviam chegado ao estádio. Foi uma grande chance de falar sobre os rumos do futebol candango, e ouvir deles informações sobre o Vila Nova, informações tão sonegadas pela grande mídia, que foca sempre nos "grandes" clubes.

Mais um flash do primeiro tempo

As emoções estavam reservadas para o segundo tempo. E logo aos três minutos o Bragantino chegou ao empate. Após falha da defesa do Jacaré, Éder recebeu na área, e, após deixar para trás o zagueiro do time, ficou livre para marcar. Tudo igual no marcador.

Imagem panorâmica do jogo

O Brasiliense não se abalou após sofrer o empate. O Bragantino, por sua vez, acreditou que poderia irar, e foi para o ataque. O jogo ficou bom, e muita coisa ainda estava por acontecer.

Flash do segundo tempo. E a torcida do Vila vai chegando.

E o Jacaré não ficou por muito tempo em desvantagem. Aos 13 minutos do segundo tempo, Jóbson fez uma boa jogada, e fez assistência para Marcinho. O ex-jogador do Volta Redonda só teve o trabalho de tocar no canto e sair para o abraço. Brasiliense 2x1.

Enquanto isso, o estádio, aos poucos, ia enchendo. A torcida do Vila, empolgada com a boa campanha do time, ia chegando em bom número. E, dentro de campo, o Bragantino tinha que correr novamente atrás do empate, mas não encontrava forças.

Mais um flash do segundo tempo

E o Brasiliense ainda achou tempo para marcar mais um. Já nos acréscimos, o time teve falta a seu favor, pela lateral, próximo à área. Marcinho cobrou a falta, e o goleiro Gilvan falhou, espalmando a bola para dentro. Alguns minutos de acréscimo, e o juiz pitou. Final: Brasiliense 3x1 Bragantino.

Jogo 2: Vila Nova x Paraná

Chegada a hora do jogo principal, o estádio já estava cheio. Mais de 16 mil pessoas compareceram, e fizeram uma bela festa. Cantaram o tempo todo, e incentivaram o Tigre.

Antes de mais nada, uma palavrinha sobre esse jogo. Este blog prioriza a cobertura dos chamados jogos "alternativos", aqueles que ficam longe dos holofotes. Quais são os elementos que caracterizam esses jogos? Público escasso ou pouco interessado (como nas preliminares), ausência de estrelas, pouca divulgação... e, nesse jogo, nenhum desses elementos esteve presente. A divulgação, pelo menos pela imprensa goiana, foi boa, e o público lotou o Serra Dourada. Quanto às estrelas, ninguém menos que Túlio desfila seus gols pelo Tigre goiano. Dessa forma, talvez esse jogo nem devesse estar aqui.

Mesmo assim, resolvi colocá-lo, por alguns motivos. O primeiro é ampliar um pouco a divulgação da Série B "não corinthiana", já que nos grandes meios de comunicação o Corinthians tem um destaque muito maior que os outros times. Outro motivo é "nacionalizar" um pouco a abangência do blog, já que, até aqui, a grande maioria dos jogos aqui cobertos se restringe ao esporte de Brasília. E, finalmente, resolvi falar do jogo porque foi um jogo espetacular. Dessa forma, aqui estamos.

Torcida do Vila Nova, presente em bom número.

O primeiro tempo foi espetacular. As duas equipes procuraram insistentemente o gol, e criavam excelentes oportunidades. O jogador Wando criou excelentes jogadas para o time da casa, e se destacou na etapa. O Paraná apelou para as faltas para detê-lo, e ele acabou saindo de maca. Aos 41 minutos, foi substituído.

Flash do primeiro tempo

No final do primeiro tempo, Alex Oliveira recebeu passe de Túlio e carimbou a trave paranista. Foi a melhor oportunidade do jogo no primeiro tempo, e as equipes foram para o intervalo mesmo com o placar em 0 a 0, apesar das boas oportunidades criadas.

Panorâmica do jogo

No segundo tempo o nível do jogo caiu um pouco. Mesmo assim, as duas equipes criavam oportunidades. O Vila perdeu grandes chances, e a torcida começou a ficar impaciente.

E, como no futebol quem não faz leva, foi o Paraná quem chegou ao gol. Aos 30 minutos, Pimpão, que entrara pouco antes, recebeu passe açucarado, livre de marcação. Só teve o trabalho de avançar e marcar o primeiro gol do jogo. Paraná 1 a 0.

Mais um flash do segundo tempo: jogador do Vila caído.

O Tigre ainda teve a chance do empate, numa cobrança de pênalti pouco depois do gol paranista. Mas não era a noite dos goianos: Túlio desperdiçou a penalidade, defendida pelo goleiro Mauro. E o próprio Pimpão marcou o segundo: ao receber lançamento, driblou o goleiro Max e fechou o placar. Daí em diante o Vila desanimou, e o Paraná só administrou. Final Vila Nova 0x2 Paraná.

Mais um flash do segundo tempo. Bandeira do Brasiliense ao fundo: torcidas amigas.

Era hora de voltar para o hotel, pois no dia seguinte eu acordaria cedo para fazer o caminho de volta. De toda forma, a viagem valeu muito a pena: vi dois bons jogos.