quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Balanço do ano - 2011

Vai chegando ao final o ano de 2011. Muito provavelmente não voltarei aos estádios este ano, uma vez que a temporada já se encerrou em solo brasileiro, e não pretendo viajar para o exterior nesses últimos dias de 2011. Então, já dá para fazer um balanço da minha temporada em jogos vistos no estádio.

Neste ano, vi 37 jogos ao vivo. Pouco se comparado aos 60 que vi no ano passado e aos 82 que vi em 2009, meu recorde de jogos em um só ano. Alguns fatores contribuíram para isso. Minha viagem no mês de julho foi um desses fatores. Outro deles, importantíssimo, foi o rebaixamento do Brasiliense. Na Série B, o clube de camisas amarelas jogava por 19 vezes em casa. Na atual temporada, mesmo com o Jacaré chegando à segunda fase, foram apenas sete jogos diante da torcida, o que escancara os problemas do futebol brasileiro fora das Séries A e B. Se por um lado o Brasiliense tem culpa de não conseguir ser competitivo, por outro a CBF e a FBF têm obrigação de dar um calendário decente a todos os clubes, e não só a uma elite que disputa as Séries A e B. E, claramente isso não acontece.

A consequência dessa redução da quantidade de jogos realizados na Capital Federal foi notável: pela primeira vez desde 1994, quando eu morava em São Paulo, vi mais jogos fora de Brasília do que na Capital. Foram 19 confrontos realizados em outras praças, dos 37 que vi. E a escassez de jogos em Brasília deve continuar em 2012, uma vez que, novamente, nenhum clube de Brasília integrará as duas principais divisões do futebol brasileiro.

Enfim, sem mais delongas, vamos aos números:

Total de jogos: 37

Jogos em Brasília: 18, sendo:

- Serejão: 5
- Samambaia: 5
- Abadião: 3
- Bezerrão: 2
- Metropolitana: 2
- JK: 1

Jogos em outras cidades: 19, sendo:

São Paulo: 8, sendo:

- Canindé: 3
- Pacaembu: 3
- Comendador Souza: 1
- Rua Javari: 1

Goiânia (Estádio Serra Dourada): 4

Formosa (Estádio Diogão): 3

Anápolis (Estádio Jonas Duarte): 2

Aparecida de Goiânia (Estádio Anníbal Batista de Toledo): 1

Turim (Stadio Olimpico): 1

Jogos por competição:

Campeonato Brasiliense: 14
- Série A: 11
- Série B: 3

Campeonato Brasileiro: 12
- Série A: 5
- Série B: 2
- Série C: 2
- Série D: 3

Campeonato Paulista: 5
- Série A1: 3
- Série A3: 1
- Segunda Divisão: 1

Campeonato Goiano: 2
- Série A: 1
- Série B: 1

Copa do Brasil: 2

Campeonato Italiano: 1

Amistoso: 1

Total de gols: 91 (média de 2,45 gols/partida.

Número de gols por partida:
- 0 gol:5
- 1 gol:7
- 2 gols:9
- 3 gols:4
- 4 gols:7
- 5 gols:4
- 6 gols:1

Novidades na lista:

1. Águia de Marabá (PA)
2. São Bernardo FC (SP)
3. Taboão da Serra (SP)
4. Catania (ITA)
5. Guarujá (SP)
6. Inhumas (SP)
7. Itumbiara
8. Tupi (MG)
9. Audax (RJ)
10. Salgueiro (PE)

Minha lista agora tem 164 clubes, sendo 153 brasileiros e 11 estrangeiros, e 4 seleções nacionais.

Esse é um resumo simples do meu ano. Talvez eu apareça ainda este ano por aqui, para mais um almanaque, para contar de algum jogo do passado. Mas, caso isso não aconteça, desejo a todos um feliz Natal e um 2012 cheio de realizações, muita paz, saúde, sucesso e muita bola rolando.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Atlético Goianiense goleia e se garante na Sulamericana

Você já sonhou em ver uma partida da última rodada do Brasileirão no estádio, sem se preocupar com filas para ingressos,sem empurra-empurra, aglomerações e tudo mais? Pois nós fizemos isso no último domingo. Enquanto o Brasil inteiro estava de olho na rodada de clássicos que fechava o Brasileirão, eu aproveitei a minha passagem pela bela capital goiana no último fim de semana - depois de curtir a galera do Improvável na sexta-feira e no sábado - para ir ao Serra Dourada, e ver o jogo entre Atlético Goianiense e América Mineiro, também pelo Brasileirão. Embora esse fosse o jogo que menos chamava a atenção na rodada, não era um mero cumprimento de tabela: o Dragão ainda não se encontrava 100 por cento garantido na Copa Sulamericana, e precisava de um empate para alcançar a vaga inédita. Para os mineiros o jogo valia pouco, já que o time já estava rebaixado por antecipação. Mas o time buscava ao menos confirmar a reação no segundo turno, após fazer uma péssima campanha na primeira metade da competição. E, como já diz o lema deste blog, todo jogo é importante. E foi sobretudo isso que me motivou a ir ao Serra Dourada na tarde de domingo.

Como esperado, a chegada ao Serra Dourada foi tranquila, com poucos torcedores dispostos a pagar ingresso para ver a partida. Eu já tinha garantido meu ingresso na sexta-feira, mas, se tivesse deixado para o dia da partida, conseguiria comprar tranquilamente. Dessa forma, fui me acomodar nas confortáveis arquibancadas do Serra Dourada. Aí foi só esperar o jogo começar.

Principal interessado no resultado, o Dragão começou melhor, e logo no primeiro lance já perdeu uma boa chance. O Coelho, desmotivado e com um time misto, pouca resistência oferecia.

Chegada do Atlético Goianiense, no início do jogo.

E o gol demorou 12 minutos para sair. Felipe, cara a cara com o goleiro, chutou forte para abrir a contagem. Dragão 1 a 0.

Comemoração do primeiro gol do Dragão.

O segundo gol demorou apenas quatro minutos. O goleiro-artilheiro Márcio cobrou falta com perfeição e aumentou para o Dragão. Dois a zero.

O goleiro Márcio comemora seu golaço de falta.

O Atlético, em vantagem, continuou melhor, e criava as melhores chances, ainda que en um ritmo mais lento. O time mineiro chegava esporadicamente, e não levava perigo.

E o Dragão chegou ao terceiro gol aos 39 minutos. Gílson acertou uma bela cabeçada após cobrança de falta, marcando 3 a 0 para o Dragão contra o Coelho.

Flash do primeiro tempo.

O time rubro-negro ainda criaria algumas boas oportunidades antes do intervalo. Mas os dois times foram para os vestiários com a vantagem do Dragão por 3 a 0.

No segundo tempo, o Atlético puxou o freio de mão, e permitiu ao América crescer no jogo. Aos 12 minutos, Tiago Carleto, em cobrança de falta, diminuiu a diferença para 3 a 1, assustando a torcida presente.

Já na segunda etapa, o Dragão tenta. Essa foto ficou longe porque eu fui para um local coberto, para me esconder da chuva que chegava.

O jogo ficou morno pelos minutos seguintes, e o América até teve chances de fazer o segundo e pôr fogo no jogo. Mas, aos 26 minutos, Anaílson fez um belo gol de cobertura, aumentando para 4 a 1 a vantagem atleticana. O jogador, ídolo da torcida, e que está se despedindo do clube, foi homenageado aos gritos de "Fica, Anaílson".

Aos 40 minutos, Paulo Henrique fez o quinto gol atleticano, fechando a conta. Daí foi só esperar o tempo passar. Com o placar definido, o árbitro encerrou a partida aos 45, sem acréscimos. Final, Atlético Goianiense 5x1 América Mineiro.

A nossa tradicional panorâmica do Serra Dourada.

O Atlético Goianiense, com esse resultado, garantiu presença na Copa Sulamericana de 2012. Ainda terá uma fase nacional pela frente, onde provavelmente duelará contra o Figueirense. Mas, se passar, teremos jogos internacionais na capital goiana na próxima temporada. Destaque positivo para o público: apesar de o jogo valer pouco, 5.787 torcedores (incluindo este que vos fala) pagaram ingresso para ver o último jogo do Dragão na temporada. A promoção de ingressos a 4 reais, com meia-entrada a quem doasse um quilo de alimento, certamente colaborou para esse número.

Placar final.

Encerrada a partida, e encerrado o Campeonato Brasileiro de 2011, peguei a estrada e retornei a Brasília. A semana estava por começar.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Crônicas de 2011 - Parte 1

Como o ano de 2011 vai chegando ao fim, e os jogos vão se tornando cada vez mais raros, vou utilizar deste espaço para escrever um pouco sobre grandes eventos esportivos que marcaram o ano - e que eu presenciei in loco. Segue a primeira crônica.

O maior de todos os jogos.

Jogo: UniCeub/BRB 77x68 Franca (24/05/2011)

É sempre assim. Durante as primeiras fases dos campeonatos, a torcida não comparece. Mas, à medida que os jogos vão se tornando decisivos, os ginásios parecem encolher. Onde antes podíamos esticar as pernas, agora ficamos espremidos. E, em um certo momento, às vezes sequer encontramos ingressos, a não ser que cheguemos bem no início das vendas. As fases avançam e, cada vez mais, o público que antes era indiferente, começa a querer sair de casa para ver a festa in loco.

E não foi diferente na campanha do UniCeub/BRB no NBB de 2011. O time era o campeão do ano anterior. Confirmaria a hegemonia, ou passaria a coroa? Durante toda a primeira fase, um número ainda não muito grande de pessoas se preocupava com a resposta. Até que as arquibancadas da Asceb - ah, quantas emoções já vivi nessas arquibancadas!!! - tinham bastante gente em suas partes mais centrais. Mas quem quisesse esticar as pernas sem ser incomodado sempre encontraria lugar nas beiradas. Dentro da quadra, o time fazia sua parte, e fazia a alegria da torcida. Quase sempre, os dois pontos ficavam com o time local mesmo. E, durante a primeira fase, a toada foi sempre essa.

Aí veio a segunda fase, e a Asceb começou a ficar pequena. Nos jogos contra o Uberlândia - agora patrocinado pela mesma Universo que outrora emprestara seu nome à equipe candanga - casa cheia, e o torcedor não conseguia mais esticar as pernas. Contra o Pinheiros, nas semifinais, quem não chegou com várias horas de antecedência teve que voltar para casa e ver pela TV. E o UniCeub só eliminando seus adversários. E chegamos à final.

Chegamos à final, e não poderíamos esperar uma decisão mais complicada. Jogaríamos contra Franca. Pior: faríamos três partidas fora, e duas em casa. Se quiséssemos a taça, teríamos que vencer pelo menos uma vez no Pedrocão, local onde o time francano, empurrado por sua torcida, raramente perde.

O primeiro jogo foi na Capital Federal. A Asceb foi definitivamente considerada pequena demais, e o jogo foi marcado para o Nílson Nélson, maior ginásio do Distrito Federal. Ano passado, a final também havia sido lá, e também com casa cheia. "Ah, claro que lotou, era contra o Flamengo!", diziam os rivais. Contra Franca, para eles, seria diferente, e o ginásio não lotaria. Quando chegou a hora do jogo, para surpresa deles, não havia um só lugar vago em todo o ginásio. O que eles diriam agora, que foi a imensa massa de francanos residentes na Capital Federal que lotou o Nílson Nélson?

Quando a bola subiu, o UniCeub atropelou a equipe paulista por 92 a 72. Ninguém se impressionou com o resultado, até porque Franca continuava com a vantagem de jogar três vezes em casa. então, era fundamental manter a cabeça no lugar, para não perder a taça.

O segundo jogo, em Franca, foi acirradíssimo. As duas equipes se alternaram na liderança do placar várias vezes, a torcida francana fez muito bem sua parte, mas o UniCeub, com muita raça, venceu por 80 a 75. Na noite seguinte, novamente em Franca, outro jogaço, com direito a prorrogação, e dessa vez Franca levou a melhor, por 93 a 92.

Pronto, agora a vantagem era do time de Brasília. Bastava vencer o jogo 4, no Nílson Nélson, e levantar a taça. Se perdesse, jogaria a finalíssima em Franca. Mas, na Capital, ninguém duvidava que o jogo 4 seria o último do campeonato. E, mais uma vez, essa torcida lotou o Nílson Nélson. E os momentos em que estive naquele ginásio naquela noite de 24 de maio certamente lembrarei por toda a vida, e contarei a meus filhos e netos.

Cheguei ao ginásio com meu amigo João Henrique bem antes de a bola subir. Tivemos tempo de ver o ginásio, pouco a pouco, se enchendo. Mais de dezoito mil pessoas pagaram ingresso, e novamente não havia um único assento livre no ginásio. Quando começou o jogo, o barulho era ensurdecedor. Não tive nenhuma dúvida de que o UniCeub sairia daquele ginásio naquela noite como campeão.

No primeiro quarto, o UniCeub já abriu uma grande vantagem, de 19 a 12, mas que, àquela altura do jogo, não significava nada. A torcida continuava fazendo seu papel. No segundo período, as defesas prevaleceram, e o UniCeub conseguiu marcar apenas quinze pontos, contra nove dos francanos. No intervalo, 34 a 21 para nós.

A vantagem parecia confortável, mas todos sabiam que Franca era um grande time, e que muita água ainda passaria por baixo da ponte. No terceiro período, o time candango chegou a abrir 20 pontos de vantagem. A partir daí, Franca por várias vezes encostou no marcador, e o UniCeub buscava manter a vantagem. Mas o time de Brasília soube administrar o resultado, e venceu por 77 a 68. Dentro de quadra e nas arquibancadas, choro, abraços, muita comemoração. Um presente para o torcedor que lotou o Nílson Nélson, que pela primeira vez viu seu time comemorar um título jogando na Capital Federal. Uma emoção que sempre parecia, ao menos no Brasil, restrita ao futebol, e que agora invadia os jogos de basquete. Parafraseando o grande Chico Buarque, quem estava lá no Nílson Nélson viu, e quem não viu jamais verá.

Encerrados o jogo e as comemorações, voltei para casa. Naquela noite, e por todas as noites seguintes da minha vida, fui dormir sabendo que tinha visto o maior de todos os jogos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Com dois gols no final, Samambaia vira sobre Dom Pedro

Em casa no feriado, resolvi, de última hora, fazer mais uma cobertura. Com dois jogos marcados para a quarta-feira, acabei escolhendo ir para o sempre simpático estádio da Metropolitana, no Núcleo Bandeirante. A tarde previa o duelo entre Dom Pedro II e Samambaia. Antes do jogo, o Dom Pedro II, que, três anos após surpreender todo o mundo e terminar o campeonato candango de 2008 como vice-campeão, agora amarga a Segundona local, mas vinha rondando a zona de acesso com insistência, após um começo irregular. O Samambaia, por sua vez, só cumpre tabela, pois já não tem mais chances de chegar à elite. Tudo indicava que o time da casa era o grande favorito para esta partida. E, para ver se eu estava certo, fui lá conferir. Encontrei no estádio o amigo Rener Lopes, que também estava lá, prestigiando essa partida. E, antes do início da partida, eu já estava posicionado nas arquibancadas do estádio, pronto para acompanhar tudo.

O jogo foi quente desde os primeiros minutos, com as duas equipes criando boas chances de gol. A equipe da casa era um pouco melhor, mas o Samambaia, com frequência, dava sinais de estar no jogo.

Jogador do Dom Pedro II tenta sair da marcação.

Com o tempo, o Dom Pedro II passou a dominar o jogo de forma quase absoluta, e o Samambaia praticamente não conseguia passar para o seu campo de ataque.

Falta para o Dom Pedro II. Equipe da casa pressionou na maior parte da etapa inicial.

Somente nos minutos finais o Samambaia esboçou uma reação, mas não foi suficiente. E as muitas chances de gol da primeira etapa não foram suficientes para tirar o placar do zero. E as duas equipes foram para os vestiários sem mexer no placar.

Agora, falta para o Samambaia. Time chegou um pouco mais no final do primeiro tempo.

O tempo voou nos quinze minutos de intervalo. E logo as duas equipes voltaram para dar sequência à partida. Bola rolando, e o Dom Pedro II continuou pressionando. Logo no início, o time perdeu duas grandes chances de abrir a contagem.

Tentativa de ataque do Samambaia.

E, por ironia, quando o Samambaia começou a esboçar uma reação, o Dom Pedro II abriu a contagem. Aos 15 minutos, Thiago Silva chutou fraco, mas tirou do goleiro, fazendo 1 a 0 para o time da casa.

Dom Pedro II abre a contagem e comemora.

O Samambaia, que já havia melhorado no jogo, passou a dominar as ações após sofrer o gol. O Dom Pedro II recuou e permitiu aos visitantes crescerem no jogo. Aos 27 minutos, o Samambaia carimbou o travessão, mostrando que estava vivo no jogo.

O jogo ficou truncado nos 15 minutos finais. As defesas chegavam duro, e o jogo teve várias paralisações. Assim, as chances de gol se tornaram mais raras.

Mas, quando tudo parecia decidido, o Samambaia resolveu mostrar por que o futebol é tão emocionante. Willian marcou dois gols quase em seguida, aos 43 e aos 45 minutos da etapa final, e decretou uma virada histórica do time visitante.


As comemorações se confundiram. Em apenas dois minutos, o Samambaia virou o jogo.

Depois do gol, o Dom Pedro II ainda foi buscar o empate. Mas já era tarde. Final, Dom Pedro II 1x2 Samambaia.

O resultado pode ser considerado surpreendente, já que o Dom Pedro II vinha crescendo nas últimas rodadas e estava na briga por uma vaga na elite local, enquanto o Samambaia já não tem nenhuma aspiração na competição. Mas o resultado custou caro à equipe da casa, que, se tivesse vencido, ficaria a um ponto da zona de acesso. Agora, o Dom Pedro II caiu para o oitavo lugar, e vê a Primeira Divisão ficar distante.

Final de jogo, e eu, contente com o que vi, voltei para casa. O feriado ainda não tinha acabado.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Com gols no final, Guará vira sobre o Paranoá.

Alguns mistérios da Natureza são incompreensíveis. O fato de a Federação Brasiliense de Futebol achar que manhãs e tardes de dias de semana são horários interessantes para se realizarem jogos de futebol certamente é um deles. E foi na tarde da última quarta-feira que Paranoá e Guará mediram forças no estádio JK, localizado na cidade-satélite do Paranoá. Havia seis anos que eu não via jogos no estádio - o último havia sido um Paranoá 1x0 Londrina, em uma época em que o Paranoá fazia boas campanhas na divisão principal do DF. Hoje a realidade é outra. O clube faz uma das piores campanhas da Segundona local, e praticamente só cumpre tabela. O Guará, por sua vez, está invicto na competição e briga pelo acesso, mas vem abusando do direito de empatar - antes dessa quarta-feira, haviam sido sete resultados iguais em dez jogos. Por isso o jogo era decisivo para o Lobo. E o Campo de Terra, como sempre, estava lá.

Com o horário esdrúxulo, não poderia ser diferente. Cheguei ao JK mais de uma hora antes do jogo, e os únicos sons que se podia ouvir eram o canto dos quero-queros e a água que corria por uma caixa d'água no estádio. Pouquíssimas pessoas se aventuraram a pagar ingresso - aliás, os ingressos para o jogo foram entradas para um jogo realizado em 2007, e que foram reaproveitadas - e a tranquilidade era tanta que eu consegui estacionar meu carro dentro do estádio. Tinha bastante tempo até a bola rolar.

E finalmente a bola rolou. Não sem um gigantesco atraso de 15 minutos, por falta de policiamento no estádio. Atrasos que já se tornaram uma lamentável rotina no futebol candango. Quanto à partida, o primeiro tempo foi de um jogo fraco, com as duas equipes errando muito e criando poucas chances de gol. O Guará jogava melhor, mas também errava e desperdiçava seus ataques.

Logo no começo, Paranoá tenta sair jogando.

E, para completar, o jogo ainda teve outra paralisação. Aos 28 minutos, a viatura policial presente no estádio precisou sair, para atender uma ocorrência. Resultado: mais 15 minutos de jogo parado. Quando, finalmente, o jogo recomeçou, a toada continuou a mesma. Jogo fraco, e com poucas emoções.

Disputa de bola.

Somente nos 5 minutos finais as duas equipes tiveram algumas chances reais de gol. Mas os goleiros não deixaram o placar sair do zero na etapa inicial.

A bola viaja. Mas ainda não foi dessa vez que o Guará abriu o placar.

A segunda etapa foi marcada por um jogo truncado. O Paranoá melhorou, e passou a chegar no ataque com mais frequência. Mas as duas equipes continuavam errando muito.

Mesmo assim, as equipes, especialmente o Paranoá, criaram boas chances de abrir a contagem. Mas, por muito tempo, a falta de pontaria foi a grande adversária dos atacantes.

Guará no ataque, já na segunda etapa.

Mas as emoções estavam reservadas mesmo para os 15 minutos finais de partida. Aos 32 minutos, enfim, as redes balançaram. Janiel, do Paranoá, chutou cruzado. A bola furou a rede e enganou os torcedores presentes, que pensaram que a bola tinha ido para fora. Mas o placar estava aberto. Paranoá 1 a 0.

Paranoá abre a contagem.

O empate do Lobo demorou dois minutos. Wellington acertou uma cabeçada, a bola foi no travessão e pingou dentro do gol. Apesar das reclamações dos jogadores do Paranoá, o empate estava decretado. Paranoá 1x1 Guará.

Parecia que tudo estava resolvido - até porque o empate teimava em não sair do placar. Mas, poucos minutos depois do gol de empate, o Guará ainda virou o jogo. Igor acertou uma cabeçada após cobrança de falta, fazendo 2 a 1 para o Lobo.

Jogadores do Guará comemoram.

E, embora tudo pudesse acontecer nos minutos finais, o jogo ficou nisso mesmo. Paranoá 1x2 Guará.

Com a vitória, o Guará entrou de vez na briga pelo acesso. O Paranoá, por sua vez, tem apenas quatro pontos, e somente cumprirá tabela nas rodadas finais. Mas vale destacar que, especialmente no segundo tempo, foi um osso duríssimo de roer, e o Guará encontrou dificuldades para sair de campo com os três pontos. Do meu lado pessoal, o jogo marcou a quebra de um tabu: foi o sétimo jogo do Guará que vi in loco. Nos outros seis, o Lobo perdeu todos - inclusive aqueles famosos 7 a 0 para o Internacional, que revelaram Lúcio para o futebol. Foi a primeira vez que vi in loco o Guará vencer. Pois é, escritas existem para serem quebradas!!

Panorâmica do estádio. Ao fundo, a Ponte JK.

Fim de jogo, hora de começar o longo caminho do Paranoá até minha casa. Já esperando a próxima partida.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Em jogo de cinco expulsões, Brasiliense goleia Ipatinga

Parece que o horário da tarde de segunda-feira, por alguma desconhecida razão, agradou aos dirigentes do Brasiliense. Após empatar com a Chapecoense em um horário parecido, a diretoria resolveu remarcar todos os jogos do time em casa para o mesmo horário. E justamente num fim de tarde de segunda-feira Brasiliense e Ipatinga mediram forças no Serejão. Foi o quinto confronto entre essas duas equipes que vi in loco, com duas vitórias do Jacaré e dois empates nas partidas anteriores. Dessa vez, porém, a partida era mero cumprimento de tabela, já que o Ipatinga já estava garantido na Série B, enquanto o Jacaré se despedia melancolicamente de sua torcida, já eliminado. Os visitantes ainda brigavam para chegar na final da competição, mas esse era um resultado sem efeitos práticos, já que o acesso já estava garantido. Com a combinação de horário esdrúxulo, regulamento igualmente esdrúxulo e campanha vergonhosa do Brasiliense na competição, era de se esperar um estádio deserto. E assim foi. Pouquíssimas almas se aventuraram a comparecer ao Serejão. Mas o Campo de Terra, como sempre, estava lá, para contar a todos mais uma parte da história do futebol.

Meia hora antes do jogo, esse era o retrato do Serejão: um deserto total.

Os primeiros minutos de jogo foram truncados, com faltas para ambos os lados. Porém, o Brasiliense teve sua chance e balançou as redes. Ferrugem, livre, tirou do goleiro e abriu o placar para o Jacaré. Brasiliense 1 a 0.

Ferrugem comemora o primeiro gol do Brasiliense.

Mesmo sem um domínio claro, o time da casa chegou ao segundo gol ainda aos 10 minutos. Edinho matou no peito e acertou um chutaço, sem chances de defesa. Jacaré 2 a 0.

O time da casa era mais perigoso no ataque, embora não exercesse um domínio tão absoluto quanto uma vantagem de dois gols em dez minutos possa fazer supor. O Ipatinga também chegava ao ataque, e por vezes levou perigo ao gol do Jacaré.

Ipatinga no ataque.

E o clube mineiro ainda diminuiu a diferença antes do intervalo, aos 37 minutos. Cicinho pôs a mão na bola dentro da área, e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Guto chegou a tocar na bola, mas o chute de Frontini foi morrer nas redes. Jacaré 2 a 1, esperança renovada para o Ipatinga.

Nesse lance, Cicinho tocou na bola. A arbitragem marcaria pênalti.


Na cobrança da penalidade, o Ipatinga diminui.

Algumas ocasiões de gol ainda aconteceram na etapa inicial. Mas o placar final do primeiro tempo foi mesmo de 2 a 1 para o Brasiliense. Jogo bom, aberto, movimentado e que foi para o intervalo completamente indefinido.

Jogador do Ipatinga tenta sair da marcação.

Depois do descanso regulamentar, veio o segundo tempo, e o Ipatinga foi para a pressão. Mas o domínio mineiro não durou muito. Logo o Jacaré equilibrou o jogo, e passou a criar as melhores chances. E a situação do Ipatinga ficou mais complicada aos 19 minutos. Pedrão fez falta dura e, como já tinha cartão amarelo, acabou expulso. O Brasiliense, a essa altura, já era melhor no jogo. E, pouco depois, o Ipatinga ainda teve expulso Bosco, que estava no banco de reservas, por ofensa ao árbitro. Ofensa que teria sido proferida, na verdade, pelo goleiro reserva.

Ataque do Brasiliense, já na segunda etapa.

E o Brasiliense acabou aumentando a vantagem com Elivelto, que fez 3 a 1. Logo em seguida, Everton, na tentativa de dar a saída rapidamente, acabou agredindo o próprio Elivelto. A partir daí, começou confusão generalizada, o policiamente teve que intervir, e acabaram expulsos, além do próprio Everton, os jogadores Cláudio Luiz, do Ipatinga, e Bachin, do Brasiliense. O Ipatinga ficava com oito jogadores; o Brasiliense, com dez.

Agora é o Ipatinga que chega.

Com o Ipatinga entregue, o Brasiliense ainda marcou mais um. Novamente Elivelto balançou as redes, aos 48 minutos, após rebote do goleiro. E o árbitro, apesar das paralisações, agiu com bom senso e encerrou a partida logo em seguida, para evitar maiores confusões. Final: Brasiliense 4x1 Ipatinga.

A vitória não diminuiu o tamanho do vexame do Brasiliense na competição. O clube candango amargará novamente a Série C em 2012, e, na melhor das hipóteses, só retornará à elite em 2014. O Ipatinga, por sua vez, mesmo fora da final - o Joinville conquistou a vaga do grupo -, estará de volta à Série B na próxima temporada - veredicto esse que já tinha sido definido mesmo antes de a bola rolar.

Fim de jogo, mas a semana estava apenas começando. Hora de tomar o caminho de casa, e me preparar para a terça-feira.

sábado, 8 de outubro de 2011

Dom Pedro II e Legião fazem bom jogo e empatam

Voltando à atividade após algumas semanas afastado, a cobertura agora é pela Segundona candanga, que já rola a todo vapor. Assim, na tarde do último sábado, rumei para a Metropolitana, para ver o jogo entre Dom Pedro II e Legião. Era meu retorno ao simpático estádio do Núcleo Bandeirante após mais de um ano e meio. E também era o quinto confronto entre essas duas equipes que eu via in loco. Nos quatro anteriores, todos realizados em 2008, três vitórias do Dom Pedro II e uma do Legião. Naquela época, o Dom Pedro II surpreendeu a todos e ficou com o vice-campeonato brasiliense, enquanto o Legião ganhava fama com seu camarote VIP e as regalias para seus fãs, e prometia um time forte para o futuro. Três anos depois, o camarote VIP ficou no passado, e as pretensões das duas equipes são mais modestas: ambas disputam a Segundona candanga, e brigam por uma vaga na elite. No momento, tanto Dom Pedro II quanto Legião estão nas posições intermediárias da tabela. Mas ainda sonham com uma vaga entre os quatro que vão subir. Aliás, deve-se registrar que a Federação deu duas bolas dentro ao acabar com a Terceirona local e aumentar para dez o número de times na elite. Mais jogos para todos, e caminho para a Primeira Divisão encurtado. Quanto ao Campo de Terra, claro que não poderíamos ficar de fora desse grande jogo. E, bem antes do apito inicial, eu já estava lá para conferir.

O jogo começou sem um domínio claro de nenhuma das equipes. Mas o Dom Pedro II era um pouco mais perigoso quando chegava ao ataque. Foi assim aos oito minutos, que o time da casa quase abriu a contagem, com uma cobrança de falta no travessão.

Disputa de bola no começo do jogo.

A partir dos 10 minutos, o Legião passou a dominar territorialmente a partida. Mas pouco perigo levava ao gol adversário. O Dom Pedro II era quem tinha as melhores chances, nos contra-ataques.

Com o aumento do ímpeto do Legião, o Dom Pedro II precisou usar das faltas perto da área para tentar evitar o gol. E uma dessas faltas acabou sendo dentro da área. Pênalti, que Alcione cobrou com tranquilidade e abriu a contagem para o Legião. 1 a 0.

Alcione se prepara para cobrar a penalidade...


...e, com tranquilidade, coloca o Legião na frente.

Em desvantagem, o Dom Pedro II foi para cima, buscando o empate. E chegou ao gol em cobrança de falta perto da entrada da área. Thiago Silva cobrou bem e contou com a falha do goleiro Marcos Paulo para empatar. 1 a 1.

A igualdade em um gol fez bem para o jogo, que ficou aberto. O Dom Pedro II era melhor, e criava as melhores chances. E, ainda no primeiro tempo, aos 38 minutos, o time da casa virou o jogo. Keké recebeu sem marcação e só escolheu o canto, colocando os donos da casa em vantagem. 2 a 1.

E, depois do gol, mais nada aconteceu na etapa inicial. As chances de gol se tornaram mais raras, e as duas equipes foram para o intervalo com o Dom Pedro II em vantagem, por 2 a 1.

Na segunda etapa, com a chuva que dava o ar da graça, o Legião começou com mais ímpeto, em busca do empate. Mas tinha dificuldades para encontrar forças, e o Dom Pedro II acabou retomando as rédeas do jogo. E, como sempre, o Dom Pedro II era muito mais perigoso quando atacava do que o Legião.

No segundo tempo, bola na área do Dom Pedro II. Com a chuva apertando, não deu para tirar muitas fotos na etapa final.

Mesmo assim, o Legião acabou igualando o marcador. Aos 16 minutos, Rodrigo Melo recebeu livre, na entrada da pequena área, para igualar em 2 a 2. Um gol muito parecido com o segundo tento do Dom Pedro II.

Com a chuva, o nível do jogo caiu. Embora as duas equipes buscassem o gol, criavam poucas boas chances. O Legião era um pouco melhor no jogo, e por várias vezes esteve perto do gol.

Mas as redes não balançaram mais. Dom Pedro II e Legião empataram em 2 a 2, em um jogo bem movimentado e aberto. Resultado que deixa o Dom Pedro II em nono lugar, com nove pontos, e o Legião em décimo, com a mesma pontuação, mas com um saldo pior e um gol a mais. Ambos seguem longe da zona de classificação. Destaque negativo também para o público: além de mim, apenas 27 outras almas pagaram ingresso para ver a partida. Pudera. A divulgação na grande mídia é praticamente inexistente.

Fim de jogo, hora de ir embora. Com a chuva mais fraca, foi mais fácil. Ainda havia um fim de semana todo pela frente.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pinceladas dos últimos jogos

Sim, admito. Já estou há algum tempo sem atualizar o blog. E, nesses dias, vi alguns jogos in loco, mas, por diversos motivos, não consegui preparar matéria sobre esses jogos para postar aqui. Então, uma rápida pincelada pelo que aconteceu nas últimas semanas, em jogos com a minha presença:

Jogo 536 - Bosque/GO 0x4 Audax/RJ - 18/09/2011 - Diogão (Formosa/GO): Jogo pela última rodada da primeira fase do Brasileirão da Série D. A equipe da casa precisava de um milagre: deveria vencer por oito gols de diferença e contar com o tropeço do Volta Redonda diante do lanterna São Mateus. Com as remotas chances de classificação, o público, que costuma lotar o Diogão, não compareceu, e poucos pagantes se atreveram a se apresentar para ver a partida. Após um primeiro tempo equilibrado, a equipe fluminense conseguiu balançar as redes na segunda etapa, e deslanchou após o gol. Com o resultado, o Bosque se despediu da competição, e o Audax também encerrou sua participação naquela tarde. Vale ressaltar que o Audax/RJ aumentou minha lista de times vistos in loco, tornando-se o 163º time que vi no estádio.

Jogo 537 - Goiás/GO 0x1 Salgueiro/PE - 23/09/2011 - Serra Dourada (Goiânia/GO): O inferno esmeraldino parece não ter fim. Desde que acompanho futebol, nunca vi o Goiás ficar por mais de uma temporada longe da elite, mas parece que, dessa vez, tudo se encaminha para isso. Aproveitei minha ida à sempre bela Goiânia para ver o duelo entre Goiás e Salgueiro, em que a equipe pernambucana também entrou para a minha lista, como o 164º clube visto in loco, de modo que agora eu posso dizer que já vi no estádio todas as equipes das Séries A e B. Quanto ao jogo, o Goiás jogou mal, e desperdiçou as poucas chances que criou. O Salgueiro foi mais competente, e, quando teve a chance, mandou a bola para dentro. E foi só o gol isolado dos pernambucanos que mexeu no placar, dando um alívio para a equipe, que ainda vislumbra a saída da zona de rebaixamento. O Goiás vê o acesso cada vez mais longe, e até o fantasma do descenso começa a assombrar.

Jogo 538 - Atlético/GO 1x1 Palmeiras/SP - 25/09/2011 - Serra Dourada (Goiânia/GO): Dessa vez, o confronto valia pela Série A do Brasileiro. O Dragão, mesmo com dois a menos e em desvantagem no placar, foi buscar a igualdade. Pelo lado rubro-negro, um empate heroico. Pelo lado alviverde, um vexame. Com o apito final, mesmo jogando em casa, o Atlético comemorou muito mais que o Palmeiras o ponto conquistado.

Jogo 539 - Brasiliense/DF 2x2 Chapecoense/SC - 26/09/2011 - Serejão (Brasília/DF): Mais um vexame do Brasiliense, que desde 2005 vive um calvário que parece não ter fim. No jogo que colocou frente a frente os campeões do Distrito Federal e de Santa Catarina, o Jacaré abriu uma vantagem de dois gols, e parecia ter o jogo sob controle. Mas nos 15 minutos finais os catarinenses chegaram ao empate, e o Brasiliense não conseguiu retomar a vantagem. Péssimo resultado para as pretensões do clube candango, que há apenas um anos discursava que o objetivo era a Série A. Inusitado foi o horário da partida: 16 horas de uma segunda-feira. Foi apenas a terceira vez que vi um jogo nesse dia da semana.

domingo, 28 de agosto de 2011

Com gol de goleiro no final, Anapolina vence Tupi

A rodada do grupo A5 da Série D do Brasileirão teve início no sábado, com o jogo entre Gama e Itumbiara, que já relatamos aqui. Mas ainda havia um jogo por ser realizado. Por isso, peguei a BR-060 e fui para a sempre acolhedora Anápolis, para acompanhar o confronto entre Anapolina e Tupi, de Juiz de Fora. Antes de a bola rolar, a equipe da terra do ex-presidente Itamar Franco estava numa boa situação: somava oito pontos, quatro a mais que o time da casa, que, em quarto lugar, precisava dos três pontos para continuar sonhando. E o Tupi entrou na minha lista nessa tarde, como meu 162º time visto in loco. Dito isso, devo dizer que, quando peguei a estrada, não fazia ideia do que estava por vir. E aqui relato o que aconteceu nessa tarde.

Com a bola rolando, a Rubra demorou apenas seis minutos para mostrar seu cartão de visitas. Rivaldo acertou um belo chute cruzado da direita, e colocou a Anapolina em vantagem. 1 a 0.

Em seis minutos, a Anapolina já estava em vantagem.

Em desvantagem, o Tupi melhorou no jogo, e, embora estivesse melhor, não tinha um domínio absoluto. A Rubra também chegava, especialmente em contra-ataques. Com o tempo, o Tupi aumentou a pressão, e passou a atacar com mais frequência, mas poucas vezes finalizando com perigo.

Disputa de bola.


Chegada do Tupi.


Edinho, goleiro da Anapolina, defende. Mas o melhor ainda estava por vir.

E, no apagar das luzes da primeira etapa, quando tudo indicava que nada mais aconteceria até o intervalo, a equipe mineira empatou o jogo. Após falha da defesa, Luciano Ratinho ficou livre para tocar para o gol e reestabelecer a igualdade. 1 a 1.

Antes do intervalo, o Tupi ainda empatou.

E, no primeiro tempo, foi só isso. As duas equipes foram empatadas para o vestiário. A equipe da casa saiu sob protestos da torcida, que esperava mais da sua equipe.

No segundo tempo, a Anapolina foi para o ataque, tentando retomar a vantagem. Já no início da etapa, criou boas chances. O time, porém, pecou muito nas finalizações.

A Anapolina foi melhor durante todo o segundo tempo.

Escanteio para o Tupi. Uma das poucas chegadas da equipe mineira na segunda etapa.

E, já nos acréscimos, quando tudo indicava que a Rubra não conseguiria mesmo vencer a defesa do Tupi, veio o momento épico da partida. O goleiro Edinho foi para a área tentar o gol, em cobrança de escanteio. Após a cobrança, a defesa conseguiu tirar, mas a bola sobrou para Potita, que encontrou quem? Ele mesmo, Edinho, o goleiro, que cabeceou e mandou a bola mansamente para as redes de Rodrigo. Uma euforia indescritível tomou conta das arquibancadas do Jonas Duarte e dos jogadores da Anapolina. Todos gritavam, comemoravam, se abraçavam. Estava selada uma vitória épica da equipe da casa. Aí, assim que o Tupi deu a saída, o árbitro encerrou a partida. Anapolina 2x1 Tupi.


No apagar das luzes, o goleiro Edinho dá a vitória à Anapolina. Euforia toma conta do estádio.


Placar do Jonas Duarte ilustra uma vitória épica.

O resultado deixou o grupo todo embolado. Itumbiara, Gama, Tupi e Anapolina seguem com esperanças de continuar vivos na competição. Muita coisa ainda está por vir.

Fim de jogo, e, com a certeza de que eu havia feito a escolha certa ao viajar para ver essa partida, fui para a estrada. A semana me esperava.

UPDATE EM 31/08/2011: Não sei onde eu estava com a cabeça quando escrevi a matéria, mas chamei o atacante Luciano Ratinho de Eduardo Ratinho. Corrigido o erro, bola pra frente.


sábado, 27 de agosto de 2011

Gama e Itumbiara ficam no empate

Depois das merecidas férias, volto aos estádios, e retomo as minhas coberturas. O fim de semana me reservava uma rodada dupla. No sábado, fui ao Bezerrão, para o confronto entre o Gama e o Itumbiara, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série D. As duas equipes, além do Tupi, de Juiz de Fora, brigam pelas duas vagas do grupo na segunda fase da competição, e estão emboladas. O Itumbiara - novidade na minha lista, entrando como o 161º time da mesma -, com nove pontos, um a mais que candangos e mineiros, briga em duas frentes, uma vez que também está jogando a Segunda Divisão de seu Estado. Já o Gama, que chegou a disputar a Primeira Divisão nacional, vive situação desesperadora, pois, caso não consiga o acesso, terá que brigar em 2012 pela vaga na Série D por meio do campeonato local, situação que não vive desde 1995. Curioso para ver o que ia rolar, fui ao Bezerrão, pronto para mais uma cobertura.

O Itumbiara começou melhor no jogo. Levou perigo especialmente em uma cobrança de falta, em que a zaga teve que se virar para mandar pela linha de fundo. Em decorrência desse lance, a equipe goiana teve dois escanteios seguidos.

Gama tenta sair jogando do seu campo de defesa.

As duas defesas cometiam muitos erros. E, em um desses erros, o Gama abriu a contagem. Aos sete minutos, Índio deu um chute despretensioso, a bola cruzou a pequena área sem que nenhum zagueiro conseguisse chegar nela, e foi morrer no fundo das redes. Gama 1 a 0.

Após o gol, as equipes passaram a se alternar no ataque, embora o Gama fosse ligeiramente superior. Logo o Gama passou a tomar conta do jogo, e, aos 20 minutos, a equipe verde chegou a carimbar a trave. O segundo gol parecia uma questão de tempo.

Mas o Gama não soube manter o mesmo ímpeto, e a partida ficou morna. E, quando o primeiro tempo parecia não prometer mais nada, o Itumbiara chegou ao empate, em falha clamorosa da marcação. Marcelo Ramos, aos 40 minutos, cabeceou para o gol vazio, e igualou o marcador. 1 a 1. E o primeiro tempo acabou mesmo com a igualdade no marcador. As emoções ficaram reservadas para o segundo tempo.

Agora, é o Itumbiara que tenta ir ao ataque.

Então, vamos à segunda etapa. O período final do jogo começou bem movimentado, com as duas equipes mostrando uma qualidade técnica que não haviam mostrado no primeiro tempo. Alguns bons passes e dribles, que originavam jogadas perigosas, podiam ser vistos.

Defesa do Itumbiara tenta proteger.

O Gama jogou melhor durante a segunda etapa, criando mais chances de gol que o Itumbiara. Mas a pontaria não estava muito boa, e o alviverde abusava do direito de perder gols.

Escanteio para o Gama: bola chega na área..

No final, o time goiano ainda teve algumas chances de castigar o Gama pelos gols perdidos. Mas o jogo acabou mesmo empatado em 1 a 1. Um jogo de dois tempos distintos. Uma primeira etapa tecnicamente fraca, mas com dois gols, e um segundo tempo melhor, com boas chances desperdiçadas, mas sem gols.


Panorâmica do estádio, com as luzes da cidade do Gama ao fundo.

O Itumbiara, com o importante ponto conquistado fora de casa, foi a dez pontos, e segue um ponto na frente do Gama. No entanto, se o Tupi vencer a Anapolina amanhã, chegará a onze pontos, e passará goianos e candangos.

Encerrado o jogo, era hora de ir jantar, e, em seguida, ir para casa, para o merecido descanso. Amanhã tem mais uma cobertura.


sábado, 9 de julho de 2011

Brasiliense e Anapolina empatam sem gols.

Desde maio que a bola está parada em Brasília, em jogos por competições oficiais. Devido aos eternos problemas no calendário do futebol de Brasília e do Brasil, nenhuma competição envolvendo os clubes de Brasília está em andamento. Por isso, esse amistoso entre Brasiliense e Anapolina, no Serejão, veio em boa hora. Enquanto o Jacaré se prepara para disputar a Série C, a Rubra participará da Série D. O curioso é que ambas equipes disputaram a Série B em um passado recente, e o time da casa teve até mesmo uma passagem relâmpago pela Primeira Divisão. Hoje, as duas equipes almejam objetivos mais modestos, e esse amistoso seria um bom teste para ambas. Nessa tarde de sábado eu não incluiria nenhum time novo na minha lista, e, na verdade, nem mesmo o confronto entre Brasiliense e Anapolina era inédito para mim: no distante 22 de junho de 2003 as duas equipes se enfrentaram no Serejão pelo Campeonato Brasileiro da Série B daquele ano, com vitória do Jacaré por 3 a 0 - e eu estava lá. Mesmo assim, é sempre um prazer ver a bola rolando. Por isso, não perdi tempo e fui para o Serejão.

O jogo atrasou para começar. Embora a partida estivesse marcada para as 16 horas, apenas às 16:03 as equipes entraram em campo. Às 16:06 a bola finalmente rolou. Então, vamos ao jogo: a Anapolina começou com maior posse de bola, mas logo o Jacaré melhorou, e passou a criar as melhores chances. E, após alguns minutos de pressão total do Jacaré, o time da casa continuou melhor em campo, mas a Rubra também chegava.

Disputa pela bola, no primeiro tempo.

O jogo seguiu nessa toada até por volta dos 15 minutos. A partir daí, o ritmo do jogo caiu, e as chances de gol passaram a ser raras. E, de fato, tirando uma ou outra jogada bonita, mais nada digno de nota aconteceu até o apito final do primeiro tempo. Brasiliense 0-0 Anapolina.

Jogador do Brasiliense enfrenta marcação adversária.

Após o intervalo, o jogo teve algumas boas chances de gol nos primeiros minutos da etapa final. Mas nada que, a princípio, pudesse quebrar o gelo da partida. Mesmo as diversas substituições feitas pelas equipes pareciam incapazes de mudar o panorama do jogo.

Já no segundo tempo, Anapolina no ataque.

E o restante da segunda etapa foi assim. As raras ocasiões de gol acabaram desperdiçadas pelas equipes. E, à parte um gol anulado da Anapolina, nada mais aconteceu. Final do amistoso: um melancólico 0 a 0.

Panorâmica do estádio, nos momentos finais do jogo.

O empate, e o futebol mostrado pelo Brasiliense nesse amistoso, mostraram que o clube candango ainda tem que melhorar muito se almeja alguma coisa na Série C. Muito pouco para um clube que já foi da elite nacional, e, quando estava na Segundona, afirmava que o objetivo era subir. Quanto à Anapolina, que enfrentará a Série D, lhe falta ainda um pouco de objetividade.

Fim de jogo, hora de tomar o caminho de casa.

Férias

O Campo de Terra entra em férias a partir de hoje. Como estarei viajando, não poderei atualizar o blog nos próximos dias - o que incluirá as primeiras rodadas das Séries C e D. Em agosto estarei de volta com todo o gás, para continuar a cobrir o futebol e os demais esportes.