domingo, 26 de fevereiro de 2012

Anapolina e Goiás fazem bom jogo, mas ficam no zero

Respirar outros ares sempre faz bem. E, se for para acompanhar um bom jogo de futebol, melhor ainda. No último domingo, peguei a Henrique Santillo, com destino a Anápolis, onde se enfrentaram, no último domingo, Anapolina e Goiás. As duas equipes vivem situações opostas. A equipe esmeraldina lidera a competição com sete vitórias em oito jogos. A Rubra, ao contrário, venceu apenas uma vez - justamente na partida contra o Morrinhos, que acompanhamos aqui -, e está na zona de rebaixamento. No papel, o Goiás era o favorito. Mas a Anapolina certamente não ia querer se entregar tão fácil, especialmente precisando da vitória para sonhar em pelo menos permanecer na Primeira Divisão goiana. Esperando um grande jogo, fui ao Jonas Duarte. E aqui conto o que vi.

O jogo começou quente. Depois de o Goiás perder duas grandes chances e dar a impressão de que tomaria conta do jogo, a Anapolina respondeu e também chegou com perigo em duas ocasiões. Tudo isso em apenas cinco minutos de jogo.

Naturalmente, o ritmo não se manteve por muito tempo, mas o jogo continuou bom. O Goiás atacava mais, mas a Rubra respondia com perigo.

No começo do jogo, a Rubra chega no ataque.

Depois dos 15 minutos, a Anapolina inverteu o panorama do jogo, e passou a pressionar, criando boas chances de marcar. O time teve sua melhor chance aos 25 minutos, quando Rafael Tolói cortou um cruzamento com o braço, e o juiz marcou pênalti para a Rubra. Mas o goleiro esmeraldino Harlei pulou no canto certo e defendeu a cobrança de Gilmar Baiano.

Harlei defende pênalti e salva o Goiás.

Mesmo após o pênalti perdido, a Anapolina continuou pressionando e criando chances de gol. Mas faltou pontaria a seus atacantes, e o primeiro tempo terminou mesmo sem gols.

Ainda no primeiro tempo, o Goiás chega.

Veio o segundo tempo e a Rubra continuou pressionando no início. Mas o Goiás melhorou, e passou a criar as melhores chances. O jogo ficou bom após os 20 minutos, quando o Goiás perdeu grandes chances, e a Anapolina respondia com perigo, embora com menor frequência.

Bola na área: Goiás no ataque.

Mas o jogo terminou mesmo sem que as redes balançassem. Anapolina e Goiás empataram em um 0 a 0 injusto, em que, pela disposição das duas equipes, deveriam ter acontecido muitos gols. Destaque para o excelente público que compareceu ao Jonas Duarte. Infelizmente, algumas cenas de violência foram vistas nas arquibancadas, mas a polícia soube intervir para conter as brigas.

Disputa de bola.

Fim de jogo, hora de pegar a estrada e voltar para casa. Mais uma semana estava por começar.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Brasiliense goleia Capital no Serejão

Passado o carnaval, é hora de a bola voltar a rolar nos gramados. Não tendo havido jogos durante a semana, esperei até a última sexta-feira, para finalmente ver a bola rolar. E fui ao Serejão, estádio que me recebia pela 164ª vez, mais do que qualquer outro estádio, para a partida entre Brasiliense e Capital. O Jacaré, time da casa, começou arrasador na competição, fazendo 6 a 1 no Bosque, em jogo que acompanhamos. Mas, na rodada seguinte, tropeçou no Brazlândia, ficando no empate em um gol. O Capital, por sua vez, fez uma boa estreia, vencendo o bom time do Sobradinho por 2 a 0, na casa do adversário. Apesar de o Brasiliense ter, no papel, melhores condiçoes de vencer a partida, não havia um favoritismo claro em campo, uma vez que o Jacaré, mesmo quando vence, não vem convencendo. Quanto ao Capital, eu ainda não o havia visto em ação na atual temporada, e era difícil prever se o clube poderia fazer frente ao atual campeão candango. Para saber, só mesmo indo ao estádio. E, na hora marcada, eu estava lá.

Logo nos primeiros minutos, o Capital teve a chance de abrir a contagem, em uma cobrança de pênalti. Mas Michel cobrou mal, e Welder defendeu a cobrança.

O Capital teve a chance de abrir a contagem. Mas Michel desperdiçou a penalidade.

Mesmo com o pênalti perdido, o Capital ainda atacou por alguns minutos. Depois, foi a vez de o Jacaré ir para cima, mesmo criando pouco de concreto. A situação do Capital ficou mais complicada quando Cláudio fez duas faltas duras em poucos minutos. Levou amarelo na primeira, e foi expulso na segunda.

Mesmo com um a mais, o Brasiliense tinha dificuldades para se impor. Mas, aos 22 minutos, o Jacaré balançou as redes. O árbitro marcou pênalti quando o zagueiro do Capital colocou a mão na bola. Ferrugem não desperdiçou a cobrança, e fez 1 a 0 Jacaré.

Ferrugem não desperdiçou sua cobrança, e abriu o marcador para o Jacaré.

Após o gol, o Capital tentou atacar. Mas o fez com pouca efetividade, e o jogo esfriou. O Jacaré, por sua vez, era um time totalmente sem criatividade, e seus ataques eram improdutivos. Somente no final da primeira etapa o Brasiliense chegou com mais perigo. Mas o primeiro tempo acabou mesmo com a vantagem mínima do time da casa. Durante o intervalo, encontrei por lá o amigo Matheus de Andrade, e ficamos trocando umas ideias sobre a situação atual do futebol candango. Mas, claro, sem deixar de prestar atenção na partida.

No segundo tempo, enquanto dezenas de relâmpagos tomavam conta do céu, o Capital sentiu a expulsão de seu jogador e a sua inferioridade técnica, e desapareceu do jogo. O Brasiliense, mesmo sem jogar um futebol primoroso, demorou 15 minutos para marcar o segundo gol, que saiu de cabeçada de Bachin.

Flash do segundo tempo.

Após o segundo gol, o Capital se entregou. E o Brasiliense ainda marcou mais dois. Elivelto, aos 24 minutos, e Daniel Amorim, aos 29, fecharam a goleada. Depois disso, foi só esperar o apito final. O Jacaré ainda teve um gol anulado aos 44 minutos da etapa final, mas a goleada já estava construída. Final: Brasiliense 4x0 Capital.

O Jacaré dominou totalmente as ações na etapa final.

O Brasiliense chegou aos sete pontos com essa goleada, mas ainda conquista suas vitórias expressivas mais graças à fragilidade dos adversários do que à sua força. O Capital, por sua vez, resistiu o quanto pôde, mas mostrou que ainda tem muitas limitações. Agora, é ver o que o restante da temporada reserva aos times.

Fim de jogo, hora de voltar para casa - e a chuva começou assim que entrei em meu carro. O fim de semana estava apenas começando.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

No Bezerrão, Sobradinho vira em cima do Gama

A tabela absurdamente confusa do Candangão de 2012, que marca jogos para praticamente todos os dias, tem pelo menos uma vantagem: um número maior de jogos para assistir. E na noite da última sexta-feira, quando muita gente já estava pelos diversos bailes de carnaval espalhados pela cidade, Gama e Sobradinho se reencontravam no Bezerrão. O confronto reunia um total de 12 títulos candangos, e as duas maiores e mais fiéis torcidas entre os clubes de Brasília. O Leão da Serra passou vários anos no calvário das divisões inferiores, e, de volta à elite candanga, trouxe várias figurinhas carimbadas do futebol local. O Gama, por sua vez, vive um momento complicado, com troca de diretoria e escassez de recursos, o que obrigou o Periquito a montar um time jovem, sem experiência. E esse seria o primeiro jogo oficial do clube em 2012, após uma série de amistosos nada animadores. O Sobradinho fora derrotado pelo Capital na sua estreia, e precisava vencer para se recuperar. O jogo prometia. E eu fui ao Bezerrão para ver o que ia rolar.

Antes do jogo, o pôr-do-sol, visto das cadeiras do Bezerrão.

Antes de a bola rolar, ainda consegui fotografar os times posados. Mais uma vez, as fotos não ficaram primorosas, uma vez que as tirei de longe. Mas, dentro das possibilidades, eis o que eu consegui.

Jogadores do Gama posados.

Jogadores do Sobradinho posados.

O jogo começou com o Gama melhor, mas criando pouco e errando muito. O Sobradinho também chegava, mas com menor frequência. A partir dos 15 minutos, porém, o Sobradinho melhorou a marcação e passou a mandar no jogo, criando boas chances de gol.

Sobradinho tenta sair para o ataque.

A pressão do Sobradinho durou uns dez minutos. Depois disso, o Gama, se não pressionava, pelo menos conseguiu neutralizar a pressão do Leão da Serra. E foi nesse momento que o Gama abriu a contagem. Kelvin recebeu livre de marcação e chutou cruzado, para fazer 1 a 0 para o Gama.

O gol animou o Gama, que foi para o ataque, em busca do segundo gol. O Sobradinho, quando atacava, pecava pelas falhas de posicionamento de seus atacantes, que foram pegos várias vezes em posição de impedimento.

Jogador do Gama protege a bola.

Mas o primeiro tempo acabou mesmo com a vantagem mínima do Gama. O jogo nessa etapa, embora não tenha sido de um excepcional nível técnico, foi agradável de assistir. Certamente muita coisa ainda estava reservada para a etapa final.

Na volta do intervalo, o jogo não tinha uma cara bem definida. Tanto o Gama tinha chances de marcar o segundo, quanto o Sobradinho de empatar. O Gama passou a jogar melhor a partir dos 10 minutos, quando pressionou o Sobradinho.

Bola nas mãos do goleiro, após cobrança de escanteio para o Gama.

Mas foi justamente aí que o Sobradinho empatou. Aos 20 minutos, Victor Santana, de pênalti, fez 1 a 1.

De pênalti, Sobradinho empata.

O gol animou o Leão, que passou a atacar mais, embora de forma pouco efetiva. Ainda assim, o time teve chances para virar o jogo.

E aos 41 minutos, veio a virada. Felipe chutou da entrada da área e fez 2 a 1 para o Sobradinho. Depois disso, foi só segurar a pressão do Gama e esperar o apito final.

O Sobradinho, assim, se recupera da derrota na estreia para o Capital, e leva três pontos importantes para casa. Quanto ao Gama, fez, dentro de suas limitações, o que pôde. Mas o time encontrará dificuldades nessa temporada se não se reforçar - e sabemos das dificuldades financeiras pelas quais o clube vem passando. Especialmente porque, em menos de um mês, o Gama tem um compromisso importantíssimo, diante do Ceará.

Fim de jogo, hora de pegar a estrada, e voltar para casa para descansar.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Ceilândia estreia no campeonato vencendo Legião

Na última segunda-feira, começamos a cobrir o Candangão de 2012, com a expressiva vitória do Brasiliense sobre o Bosque de Formosa. E na quarta-feira a bola continuou rolando na Capital Federal. O meu destino, dessa vez, foi o Estádio do Cave, na cidade-satélite do Guará, onde eu não ia desde o distante 4 de setembro de 2010, e onde mediriam forças Legião e Ceilândia. Ambas as equipes foram notícia no futebol candango em tempos recentes. O Legião ganhou fama nacional ao homenagear a banda de Renato Russo, e a oferecer a seus torcedores um "camarote VIP". Mas, dentro de campo, o clube decepcionou. Conseguiu chegar à Primeira Divisão em 2008, após campanhas irretocáveis nas divisões inferiores. Mas, após dois anos, acabou rebaixado novamente. E, agora, volta à elite, tentando voltar aos bons tempos. O Ceilândia, ao contrário, nunca foi conhecido por oferecer camarote VIP a seus torcedores, nem nada do tipo. Mas entrou para a história do futebol de Brasília ao dar à torcida algo que, para ela, vale muito mais do que camarotes VIP e afins, ganhando o Campeonato Brasiliense em 2010. Não repetiu a grande campanha em 2011, e, agora, tenta reviver aquela grande temporada. Era o terceiro confronto entre essas equipes que eu via in loco. Os outros dois foram os confrontos válidos pelo campeonato de 2008, com uma vitória para cada lado - curiosamente, sempre vitória dos visitantes. Para ver o que ia acontecer nesse confronto, fui para o CAVE e, pontualmente na hora de começar o jogo, eu estava lá.

Chegando no Estádio do Cave, a primeira coisa que vi foi o lastimável estado do gramado. O alambrado, especialmente do lado do autódromo, também está em péssimas condições. É lamentável ver um estádio no Distrito Federal nessas condições, enquanto rios de dinheiro são investidos no novo Mané Garrincha.

Estado do gramado do estádio do Cave, e do alambrado. Enquanto isso, rios de dinheiro são investidos no novo Mané Garrincha.

Ainda das arquibancadas, consegui fazer essas fotos das duas equipes posadas. Não ficou grande coisa, mas foi o melhor que eu consegui, uma vez que não tenho autorização para entrar no campo. Aí vão elas:

Jogadores do Ceilândia posados.

Jogadores do Legião posados. À esquerda, o técnico do time, o folclórico ex-jogador Cláudio Adão.

Vamos ao jogo: a partida começou equilibrada, com as duas equipes se alternando no ataque. A primeira chance de gol foi do Ceilândia, aos 11 minutos, com uma cobrança de falta no travessão. Aos 21, outra cobrança de falta carimbou o poste direito do goleiro do Legião.

Jogador do Ceilândia tenta proteger a bola.

As duas equipes atacavam, com o Ceilândia jogando um pouco melhor, e a fragilidade das defesas permitia uma grande quantidade de chances de gol. Mas o preciosismo dos atacantes era um obstáculo difícil de superar.

Legião tenta o ataque. O braço que aparece na imagem é do técnico do Ceilândia, Ricardo Oliveira.

Por volta dos 25 minutos, o Legião melhorou, e passou a atacar mais. Mas, aos 35 minutos, veio o golpe. Dimba recebeu passe açucarado de Tety e, sem goleiro, fez 1 a 0 para o Ceilândia.

Comemoração do primeiro gol do Ceilândia.

E o primeiro tempo terminou mesmo com a vantagem mínima do Gato Preto. Até então, um jogo movimentado, mas fraco. O Ceilândia foi melhor na maior parte do primeiro período, e foi premiado com a vitória parcial. Mas ainda havia todo o segundo tempo pela frente.

Na segunda etapa, o jogo começou fraco. O Legião, atrás no placar, atacava um pouco mais, mas poucas coisas dignas de nota aconteceram. A partir dos 15 minutos, com a expulsão do jogador Fu, do Legião, foi a vez de o Ceilândia retomar o controle do jogo, mas o time perdia gols incríveis, e desperdiçava a chance de fechar a conta.

Jogador do Legião tenta sair da marcação.

E, depois de perder tantos gols, o Ceilândia finalmente chegou ao segundo aos 31 minutos. Alcione, sem ângulo, acertou uma cabeçada fraca que passou por todo o mundo e entrou. Ceilândia 2 a 0.

Daí em diante, foi só esperar o jogo terminar. Nem o Legião parecia ter forças para reagir, nem o Ceilândia parecia fazer questão de marcar mais um. E, nas poucas vezes em que o Gato Preto chegou, desperdiçou. Final, Legião 0x2 Ceilândia.

Mesmo vencendo, o Ceilândia ainda não conseguiu animar sua torcida. Especialmente devido aos muitos gols perdidos pelo clube. Ainda assim, o jogo não foi um passeio, o Legião chegou algumas vezes com perigo. De toda forma, ambos os times ainda precisam melhorar muito.

Fim de jogo, hora de enfrentar o pesado trânsito das seis da tarde, e voltar para casa.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Brasiliense goleia Bosque de Formosa no "escuro"

Depois de muita confusão (e não se sabe quantos capítulos ainda essa longa novela pode ter), a bola finalmente rolou nesse fim de semana para o Campeonato Brasiliense. Infelizmente, por motivos diversos, não pude fazer nenhuma cobertura no domingo (estava no meus planos cobrir o retorno do Sobradinho à Série A, quando o Leão da Serra caiu diante do Capital). Mas o Brasiliense acabou entendendo por pedir a transferência de sua partida contra o Bosque, de Formosa, para a segunda-feira, e surgiu a oportunidade para cobri-la. Era a estreia das duas equipes na competição, então podia-se esperar qualquer coisa desse confronto - ainda mais que a pré-temporada do Brasiliense foi bastante desanimadora para seus torcedores. Do lado do clube goiano, também muitas incertezas marcaram toda a preparação para o campeonato. Portanto, um imenso ponto de interrogação estava no ar. E eu, sem perder tempo, fui ao Serejão para ver o que ia rolar.

Demorou apenas dois minutos para o Brasiliense abrir a contagem. Carlos Diogo fez falta perto da área, e Éderson cobrou com perfeição, para fazer 1 a 0 Jacaré. Aos sete, saiu o segundo gol. Em um bate-rebate na área, Tallys, caído, fez 2 a 0 para o Brasiliense.

Brasiliense no ataque.

Mesmo vencendo por 2 a 0, o Brasiliense continuava senhor do jogo. Rondava a área da equipe goiana e criava boas chances. O Bosque raramente chegava e, quando o fazia, a defesa do Brasiliense afastava o perigo. Aos 20 minutos, Tallys acertou bela cabeçada no travessão, quase marcando o terceiro.

Um dos raros ataques do Bosque no jogo. Time lutou, mas Brasiliense foi superior.

Mais eis que o Time de Formosa resolveu pôr fogo no jogo. Bruno Lopes derrubou Húdson na área, e a arbitragem marcou pênalti para o Bosque. O próprio Húdson cobrou com categoria, diminuindo a vantagem do Jacaré para 2 a 1.

De pênalti, equipe de Formosa diminui.

O gol animou a equipe do Bosque, que foi com tudo em busca do empate, e perdeu boas chances. O Brasiliense, ao contrário, deixou de jogar, e, quando chegava, esbarrava no excesso de preciosismo.

O Bosque não conseguiu manter a pressão, e o Brasiliense continuou com o freio de mão puxado. O resultado é que o jogo ficou frio nos minutos finais do primeiro tempo. E mais nada aconteceu. O Brasiliense terminou mesmo o primeiro tempo vencendo por 2 a 1.

Os 15 minutos de intervalo fizeram bem ao Brasiliense, que voltou pressionando. E aos sete minutos o Jacaré aumentou, com Bruno Lopes, de cabeça. Brasiliense 3 a 1.

panorâmica do jogo no segundo tempo.

A escuridão começou a tomar conta do Serejão, na medida em que ia anoitecendo, e os refletores permaneciam apenas parcialmente acesos. O jogo, assim como o clima, esfriou bastante. Mesmo assim, o Brasiliense chegou ao quarto, com Diego Lira, "de peito".

Apesar da escuridão, refletores estavam acesos de forma somente parcial.

O quinto gol do Brasiliense, aos 28 minutos, foi um golaço. Ferrugem acertou um belo chute de fora da área, aumentando a vantagem. Bachin, de pênalti, fez o sexto, aos 38. E, daí em diante, o Brasiliense só tocou a bola e esperou o tempo passar. Final, Brasiliense 6x1 Bosque.

O placar dilatado se deveu muito mais à fragilidade do Bosque, que passou muito tempo correndo atrás de patrocínio para disputar a competição e encontrou dificuldades para montar um time competitivo, do que aos méritos do Brasiliense, que ainda precisa melhorar muito para aspirar a alguma coisa maior. Talvez a qualidade do time atual seja suficiente para disputar o Candangão, mas, para a Copa do Brasil e a Série C, ainda é pouco. Quanto ao time de Formosa, são verdadeiros heróis por entrarem para disputar o campeonato apesar de todas as adversidades. Mesmo derrotados dentro de campo, podem se considerar vencedores.

Fim de jogo, hora de voltar para casa, onde o jantar me esperava.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Em jogo fraco, Brasiliense derrota URT

A bola ainda não começou a rolar oficialmente na Capital da República. Isso deve acontecer no próximo fim de semana, desde que, é claro, a interminável novela das definições para o Candangão de 2012 não tenha um novo capítulo até lá. Enquanto isso, as equipes se viram como podem para se manterem ativas e não chegarem muito "frias" na rodada inaugural da competição. Nesse sábado, a bola rolou na Boca do Jacaré, onde o Brasiliense recebeu a URT, de Patos de Minas, para mais um amistoso. A equipe mineira se prepara para estrear na Segundona de seu Estado - terá na primeira rodada justamente o clássico da cidade contra o Mamoré, e se tornou o 169º time da minha lista no amistoso desse fim de semana. Para o Jacaré, era a ocasião de fazer um último jogo preparatório antes da estreia no torneio local, e tentar amenizar o vexame do último fim de semana, quando o time perdeu para o Araxá, também no Serejão. Para ver o que ia rolar, fui para o estádio, e na hora marcada já estava lá.

Apesar do início de jogo frio, o Brasiliense teve uma grande chance aos oito minutos. Primeiro, com uma bola no travessão. Depois, na sequência da jogada, a bola carimbou o poste esquerdo. Foi um raro momento de emoção nos minutos iniciais.

Chegada do Brasiliense, no início da partida.

Até que o Brasiliense chegou ao gol. Aos 16 minutos, Rodrigo Cardoso cobrou falta, e Bruno Lopes desviou de cabeça, fazendo Brasiliense 1 a 0.

Em vantagem, o Jacaré foi para o ataque, e teve chances para marcar o segundo. Mas a sofrível pontaria e a total falta de objetividade do ataque do clube candango acabaram sendo obstáculos. A Veterana, quando tinha chances, também as desperdiçava. Somente aos 39 minutos saiu o segundo gol do Jacaré, num belo chute cruzado de Rodrigo Cardoso. Brasiliense 2 a 0.

Disputa de bola.

E o primeiro tempo foi só isso mesmo. Um jogo fraco, em que o Brasiliense dominou, mas perdeu muitos gols. Restava esperar para ver o que aconteceria na volta dos times dos vestiários.

Se o primeiro tempo já foi fraco, a segunda etapa foi ainda pior. As chances de gol foram raríssimas, e nada indicava que alguma coisa interessante poderia acontecer. Na maioria das raras vezes em que o Brasiliense chegava, a jogada era interrompida por impedimento, o que deixou claros os erros de posicionamento do ataque do Jacaré.

Jogador da URT tenta sair da marcação.

Mesmo os quatro minutos de acréscimo dados pelo árbitro não foram suficientes para mudar a história do segundo tempo. O jogo terminou mesmo com a vitória do Brasiliense sobre a URT, por 2 a 0. Se o resultado, em si, foi bom para o Jacaré, o jogo escancarou uma série de deficiências do time, que se prepara para o Estadual, e em menos de um mês recebe o Guarani, pela Copa do Brasil. A Veterana, que foi dominada pelo Jacaré na maior parte do jogo, mostrou que ainda precisa melhorar para fazer um bom papel.

Escanteio para o Brasiliense.

Fim de jogo, tomei o caminho de casa, para o merecido descanso. E, claro, para preparar mais essa matéria.