terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Em amistoso no Pacaembu, Santos goleia Kénitra

Certas oportunidades que temos na vida são imperdíveis, e não podemos deixá-las passar. E eu tive uma dessas oportunidades no último sábado, quando, no Pacaembu, o Santos enfrentou o sensacional Kénitra, clube da cidade marroquina homônima. Les Verts (Os Verdes), como são conhecidos, entraram para a minha lista como o 263º clube que vi em estádios, 30º estrangeiro e 1º africano. Assim, desbravei mais uma fronteira futebolística. O KAC Kénitra já venceu por quatro vezes o campeonato marroquino, a última delas na já distante temporada 1981-1982, quando seu jogador Mohamed Boussati marcou 25 gols e se tornou o jogador com mais tentos anotados em uma única edição daquele campeonato. Teria, contra o atual vice-campeão brasileiro, uma tarefa dificílima, mas certamente o Kénitra não ia querer facilitar a vida do Peixe.
Equipes perfiladas para a execução dos Hinos Nacionais.
O Santos começou a partida com autoridade, dominando as ações desde o início. O time buscava encontrar espaços na defesa do Kénitra tocando a bola, e arriscava poucos chutes. Aos 9 minutos, uma rara ocasião em que o time praiano arriscou de longe: Rodrigão driblou o zagueiro adversário e chutou de fora da área. A bola saiu por pouco.
Flash da primeira etapa.
Mesmo arriscando pouco, o Santos era mais perigoso, e criava boas chances para marcar. Aos 27 minutos, Zeca arriscou de longe, e obrigou Ali Grouni a uma grande defesa. E, aos 30 minutos, enfim o Santos chegou ao gol. Copete cruzou na cabeça de Rodrigão, que só teve o trabalho de mandar para dentro. O segundo gol demorou apenas mais quatro minutos: após um cruzamento de Victor Ferraz, Lucas Lima chutou, a bola desviou na zaga e já ia em direção ao gol. Vitor Bueno apenas completou, e estufou as redes: Peixe 2 a 0. O time praiano ainda teve chances para ampliar, mas foi mesmo para os vestiários com dois gols de vantagem.
Santos ataca, defesa do Kénitra tira.
Bandeirão do Santos, estendido no gramado durante o intervalo.
Com menos de dois minutos da etapa final, o Kénitra teve uma ótima chance para diminuir, em uma cobrança de falta de Rachid que acertou o travessão. Depois disso, o Peixe continuou pressionando. O terceiro gol veio aos 14 minutos: Lucas Lima saiu de dois zagueiros adversários e cruzou rasteiro para Vitor Bueno, que finalizou bem e marcou mais um.
O Santos fez várias substituições na segunda etapa, e a equipe marroquina aproveitou para esboçar uma reação. Aos 24 minutos, o Kénitra diminuiu a diferença: Chibi Mohammed driblou Thiago Ribeiro e acertou um belo cruzamento de longe, que encontrou Hamza Ghatas que, livre, cabeceou e marcou o primeiro gol da equipe marroquina. Porém, aos 30 minutos, veio o golaço da noite. Arthur Gomes driblou um marcador e cruzou para Vladimir Hernández. O colombiano, de costas para o gol, ajeitou a bola e acertou uma bicicleta, marcando um belíssimo gol: Santos 4 a 1.
Flash da segunda etapa.
O alvinegro praiano ainda marcou mais um: aos 37 minutos, o mesmo Wladimir Hernández fez um passe para Thiago Ribeiro, que fuzilou e marcou o quinto gol do Peixe. Depois disso, o Santos apenas deixou o tempo passar, e aguardou o apito final do árbitro - que veio aos 45 minutos, sem acréscimos. Final, Santos 5 a 1.
O Santos começou o ano dando esperanças à sua torcida. O time se impôs com categoria a um adversário tecnicamente inferior, mostrando um bom futebol. O Kénitra cumpriu seu papel, e volta para casa ciente de ter feito seu melhor.
Placar do Pacaembu após o final da partida.
Fim de jogo, hora de jantar com os amigos Milton Haddad e Fernando Martinez, que estavam no Pacaembu, e depois, partir para o merecido descanso.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

CSA goleia ABC pela Copa do Nordeste

O ano de futebol profissional tem início no Campo de Terra, e com a nossa primeira cobertura em uma competição sensacional: a Copa do Nordeste, conhecida também como Nordestão, ou pelo carinhoso apelido de Lampions League. O jogo em questão foi realizado no Estádio Rei Pelé, em Maceió - 61ª cancha onde já vi jogos profissionais -, e envolveu as equipes do CSA e do ABC. Tanto alagoanos quanto potiguares faziam sua estreia na competição deste ano, e fazem parte de um grupo que também conta com CRB e Itabaiana. O time azulino, por sua vez, foi a novidade da minha lista de times vistos in loco, tornando-se o 262º clube da referida lista, e também concluindo meu "Projeto 60" em 2017, uma vez que era o único clube das três primeiras divisões do Brasileirão que eu nunca havia visto ao vivo. Dito isso, tomei o rumo do Rei Pelé, e me preparei para essa grande partida.
Equipes perfiladas para a execução do Hino Nacional.
O início do primeiro tempo foi de poucas emoções. Por boa parte dessa etapa, as equipes produziram pouquíssimo. Os potiguares tinham um certo domínio territorial, mas não conseguiam converter esse domínio em chances de gol. O time da casa, por sua vez, só foi ter uma chance aos 31 minutos, quando Daniel chutou de fora da área, por cima do gol. A partir daí, o time azulino se animou: três minutos depois, Didira recebeu livre e chutou nas mãos do goleiro, perdendo outra chance para o Azulão
Jogador do CSA tenta sair da marcação de dois adversários.
Aos 36 minutos, porém, o CSA marcou. Anildson fez uma bela jogada, deixando vários jogadores adversários para trás, e finalizando de carrinho, para fazer 1 a 0 para o CSA. Um minuto depois, o mesmo Anildson lançou Everton Heleno, que entrou na área livre e chutou cruzado, para fazer 2 a 0 para o CSA. Após os gols, o time da casa relaxou, e pouco fez até o final do primeiro tempo. O ABC não encontrava forças para reagir. E o placar final da primeira etapa foi mesmo de 2 a 0 para o CSA.
ABC tenta sair para o ataque.
A segunda etapa começou com as duas equipes buscando o ataque. O time potiguar teve ótima chance logo no começo, obrigando o goleiro a duas grandes defesas consecutivas. Depois disso, o time potiguar passou a pressionar, e criou boas chances para diminuir. Aos 11 minutos, Nando recebeu livre e deu um carrinho, obrigando o goleiro azulino a uma grande defesa e quase diminuindo a diferença.
ABC vai ao ataque: time pressionou no segundo tempo.
Em desvantagem, o ABC seguiu pressionando, e o jogo seguiu nesse ritmo até os 25 minutos, quando os potiguares permitiram alguns instantes de ataques do CSA. Esse bom momento do CSA foi fugaz, e logo os visitantes voltaram a dominar as ações.
Ainda o ABC no ataque.
Mas, aos 42 minutos, o CSA fechou a conta: após uma boa troca de passes, a bola chegou no goleiro Edson, que espalmou. Cleyton pegou o rebote e apenas tocou para o gol vazio: CSA 3 a 0. Em matéria de jogo, isso foi tudo. No final, um princípio de briga entre os jogadores levou às expulsões de Rafinha, do CSA, e Herbton, do ABC. E o jogo terminou mesmo com o placar de 3 a 0 para o CSA.
O Azulão mostrou um belo cartão de visitas na competição, e conseguiu uma importante vitória logo na estreia. O alvinegro, por sua vez, poderia ter conseguido melhor sorte, mas pecou nas finalizações. Essa foi apenas a primeira rodada, e a competição ainda está apenas começando.
Fim de jogo, voltei para o hotel, para fazer um bom jantar e descansar bastante para viajar de volta para Brasília no dia seguinte.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Grêmio Osasco vence Real Noroeste pela contagem mínima

Após a surpreendente vitória do Interporto diante do Fluminense, mais uma partida movimentaria o Grupo 27 da Copinha, em Osasco. O Grêmio Osasco, time da casa, receberia o Real Noroeste. O time da casa havia vencido o Interporto em sua estreia na competição, enquanto os capixabas haviam caído diante do Fluminense, por 2 a 0. Para o Grêmio Osasco, uma vitória praticamente asseguraria a classificação à segunda fase, enquanto uma vitória dos capixabas embolaria totalmente o grupo.
Grêmio Osasco posado. Não consegui fotografar o Real Noroeste, nem as equipes perfiladas para o Hino.
A primeira chance de gol foi para o Real Noroeste. Aos 7 minutos, Luiz Fernando recebeu livre e chutou por cima do gol. O Grêmio Osasco respondeu dois minutos depois, com um chute na trave de Gabriel. Depois disso, a equipe da casa teve um gol anulado aos 19 minutos.
Ataque do Real Noroeste.
Grêmio Osasco, com a bola, tenta sair para o ataque.
O jogo era de poucas chances de gol, e as defesas prevaleciam sobre os ataques. Até que, aos 33 minutos, o time da casa abriu a contagem, com Wesley. Grêmio Osasco 1 a 0. Os capixabas responderam logo em seguida: Lincoln arriscou de longe e carimbou o travessão. E, depois disso, o jogo voltou ao ritmo normal, e pouca coisa aconteceu até o final da primeira etapa. O time de Osasco foi para os vestiários com a vantagem mínima.
Dois momentos da primeira etapa.
O Grêmio Osasco veio melhor para o segundo tempo, e perdeu boas chances para aumentar a diferença. Mas o ímpeto dos donos da casa não durou muito, e logo o jogo voltou a ser o que era. Os capixabas até se aventuraram no ataque em algumas ocasiões.
Escanteio para o Grêmio Osasco.
Aos 21 minutos, Stuart perdeu uma ótima chance para empatar, chutando por cima do gol após receber livre. Logo em seguida, Wesley Santana respondeu para o Grêmio Osasco, obrigando Welliton a uma grande defesa.
Grêmio Osasco com a bola.
Passado esse bom momento do jogo, porém, as equipes pouco produziram. E, até o final do jogo, pouca coisa aconteceu. O placar final foi mesmo de 1 a 0 para o Grêmio Osasco.
Mais um momento da segunda etapa.
O Grêmio Osasco assumiu a liderança isolada do grupo, com seis pontos, e praticamente com a classificação assegurada. O Real Noroeste, com dois reveses, tinha chances meramente matemáticas de seguir no torneio. As definições das vagas ficaram para a última rodada.
Encerrada a partida, voltei a São Paulo e jantei com a família na Cantina do Piero, na Haddock Lobo. Depois, o merecido descanso.

Com gols de falta, Interporto surpreende Fluminense

A Copa São Paulo de juniores, ou simplesmente Copinha, teve início já no segundo dia deste ano. Aproveitando minha passagem pela Capital paulista, aproveitei para ver dois jogos da competição. Fui à vizinha Osasco para acompanhar as partidas do Grupo 27. Na sexta-feira, a rodada dupla teve, na preliminar, o confronto entre Fluminense e Interporto. O tricolor carioca havia vencido por 2 a 0 o Real Noroeste, na rodada inaugural, enquanto os tocantinenses haviam caído diante do Grêmio Osasco por 5 a 0. Restava esperar a bola rolar para ver se a equipe de Porto Nacional conseguiria a vitória, ou os cariocas buscariam seu segundo triunfo.
Equipes perfiladas para a execução do Hino Nacional.
Equipe do Interporto posada.
Equipe do Fluminense posada.
Letreiro na entrada do banheiro masculino: pequeno erro.
O Fluminense começou um pouco melhor no jogo, mas criava poucas chances reais de gol. No entanto, quem balançou as redes foi o Interporto. Aos 9 minutos, Weverton surpreendeu ao cobrar falta de longa distância direto e marcou 1 a 0 para a equipe de Porto Nacional.
Falta para o Fluminense, perto da área.
O jogo seguiu morno após o gol. As duas equipes não conseguiam criar chances para marcar. O Fluminense tinha o domínio territorial, mas pecava muito na finalização, e a defesa do Interporto pouco trabalho tinha. A melhor chance dos cariocas veio aos 40 minutos, quando Matheus cobrou falta próxima à área e carimbou o travessão. Mas não aconteceu mais nada, e o placar final do primeiro tempo foi de 1 a 0 para o Interporto.
Fluminense no ataque: cariocas jogaram melhor, mas não marcaram no primeiro tempo.
Jogador do Fluminense, com a bola, recebe marcação adversária.
Com o segundo tempo, veio a chuva, e o jogo ficou mais feio. No entanto, aos 13 minutos, o Interporto chegou ao segundo gol, novamente de falta. Victor Matheus cobrou bem e aumentou a vantagem dos tocantinenses.
Tempo chuvoso deixou o jogo mais feio no segundo tempo. Mas o Interporto chegou ao gol.
Após sofrer o segundo gol, o Fluminense pareceu finalmente entender que precisaria chutar para marcar os gols de que precisava. Assim, o time carioca intensificou a pressão e criou boas chances para marcar. Mas o gol que diminuiu a vantagem dos tocantinenses veio aos 30 minutos, em um pênalti bastante discutível. Patrick cobrou e marcou o primeiro dos cariocas. Pouco antes, Dudu, do Interporto, já havia recebido um cartão amarelo por pedir ao gandula para trocar a bola antes de uma cobrança de lateral. Para o árbitro, ele estava fazendo cera.
Fluminense no ataque.
O Fluminense continuou pressionando, e criou boas chances para empatar. Com isso, porém, o time carioca ficou exposto ao contra-ataque, tendo dado assim, ao time tocantinense, duas boas chances de matar o jogo. Mas o placar final foi mesmo de 2 a 1 para o Interporto.
Ainda o Fluminense no ataque: time pressionou, mas só marcou de pênalti.
O resultado surpreendente foi muito comemorado pelo público presente, e deu esperanças ao Interporto, que igualava a pontuação do próprio Fluminense e do Grêmio Osasco, que enfrentaria o Real Noroeste no jogo de fundo. E, encerrada a partida, permaneci no estádio, aguardando o início desse outro confronto.