quarta-feira, 30 de novembro de 2016

#ForçaChape

Foi com muita tristeza e consternação que ontem, ao acordar, recebi a notícia do acidente com o avião que transportava a equipe da Chapecoense a Medellin, onde se disputaria a final da Copa Sul-Americana. Dezenas de vidas interrompidas, inclusive de pessoas jovens, com tanta vida pela frente, com sonhos a realizar, é algo que não conseguimos explicar. Infelizmente, não cheguei a fazer nenhuma cobertura da Chape por aqui, embora tenha estado em três jogos do time, inclusive na última partida antes do acidente, diante do Palmeiras.
Nessas horas, é difícil até mesmo encontrar palavras, mas fica aqui minha solidariedade às famílias e aos amigos daqueles que partiram, e que aqueles que sobreviveram consigam reconstruir suas vidas da melhor forma possível. FORÇA CHAPE!!!

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Almanaque - Parte 10

Jogo: Legião 12x0 Bosque (Jogo 230 - 23/10/2006)
Foi uma correria. Na mesma noite eu havia ido a um jogo de basquete, e de lá corri para o Mané Garrincha (ainda o antigo estádio, sem o tão falado "padrão Fifa"). Ao entrar, fui informado que o jogo havia começado fazia pouco tempo, e o Legião vencia o Bosque de Formosa por 1 a 0. Assim, me acomodei nas cadeiras do estádio, às quais havia sido dado um aspecto de área VIP, para ver o restante da partida, válida pela Terceira Divisão candanga. Naquele momento, eu não sabia que presenciaria a maior goleada da história do futebol profissional de Brasília. E nem poderia imaginar, já que, poucos dias antes, as duas equipes haviam se enfrentado, e o Bosque havia vencido por 2 a 1.
Porém, o Legião, que estava em seu primeiro ano de profissionalismo, foi marcando gols com incrível facilidade. Já ao final da primeira etapa, a equipe laranja vencia por 7 a 0. No segundo tempo, o Legião diminuiu o ritmo, mas ainda assim conseguiu balançar as redes por mais cinco vezes (parafraseando um famoso filósofo contemporâneo, se a gente pudesse dividir em duas metades, teria sido 5 a 0 no segundo tempo. Perderia de qualquer jeito, mas um placar normal). Assim, na noite chuvosa de quinta-feira, encerrou-se com o placar de 12 a 0 para o Legião a partida contra o Bosque - como já dissemos, a maior goleada da história do futebol candango. Cássius foi o artilheiro da noite, balançando as redes por cinco vezes.
À época, escrevi o seguinte texto sobre o jogo:
A maior goleada do ano e talvez da história do futebol candango foi registrada na noite de hoje, no Mané Garrincha. O Legião, que no primeiro turno havia perdido por 2 a 1 para o Bosque, em Formosa, hoje foi à forra, e se disséssemos que devolveu o placar com juros e correção monetária, estaríamos afirmando que vivemos num cenário de hiperinflação. O Legião não tomou conhecimento dos goianos, e só no primeiro tempo as redes do Bosque já balançaram 7 vezes.
O excelente blog "Almanaque do Futebol Brasiliense" também escreveu sobre esse jogo. Clique aqui para ler o texto.

Vale registrar que essa provavelmente foi a semana mais genial da história do futebol de Brasília. Dois dias depois desse jogo, outras duas partidas históricas movimentaram os campos brasilienses: pela manhã, o Esportivo Guará (atual Botafogo-DF) sagrou-se campeão da Segundona candanga ao vencer o Samambaia por 2 a 1, com gol de cabeça do goleiro Welder Aurora nos acréscimos. À tarde, o Gama venceu o Atlético Mineiro por 2 a 1, de virada, pela Série B do Brasileiro. Pretendo falar mais desses dois jogos em outros "Almanaques".