segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Nacional perde pênalti no início e cai diante do Marília

No último dia da minha passagem pela Capital Paulista, não poderia deixar de ver um jogo no sensacional estádio Nicolau Alayon, onde o Nacional, histórico dono da casa, recebeu o Marília. A equipe do interior chegou a essa partida, válida pela terceira rodada do Paulista da Série A3, em situação um pouco melhor: em dois jogos, tinha uma vitória e uma derrota. O Nacional vinha de duas derrotas, incluindo um acachapante 3 a 0 para o Comercial de Ribeirão Preto, também no Nicolau Alayon. Nenhum dos times era novidade na minha lista, mas o Marília marcou um reencontro depois de 11 anos: durante a década de 2000, o clube frequentou a Série B do Campeonato Brasileiro, assim como Gama e Brasiliense, de modo que tive diversas oportunidades de ver o clube interiorano na Capital Federal. A minha última partida do MAC tinha sido diante do Gama, em 2010, já pela Série C. Um insosso 0 a 0 no Bezerrão, em meio a uma campanha que culminaria no rebaixamento alviverde. Dito isso, cheguei 20 minutos antes do jogo à cancha nacionalina, e encontrei vários amigos, entre eles o Fernando Martinez, editor do blog que nos inspirou, o Jogos Perdidos, e maior palmeirense vivo. Também estavam lá o Sérgio Oliveira, o Luigi Vancini, o Milton Haddad e o aniversariante do dia, Ricardo Pucci.
Equipes perfiladas para a execução do Hino Nacional.
Parecia que dessa vez a sorte sorriria para o Nacional. Com apenas 29 segundos de jogo, o time teve um pênalti a seu favor. Mas Éder Paulista cobrou a penalidade no meio do gol, e Passarelli fez a defesa. No rebote, Walace chutou muito alto, para fora.
Em tarde inspirada, Passarelli defende o pênalti cobrado por Éder Paulista.
O Nacional não se abateu com o pênalti perdido, e continuou atacando. Aos sete minutos, nova chance para o time da casa: César Morais chegou pela esquerda e cruzou rasteiro para Walace, que finalizou com perigo, obrigando Passarelli a uma grande defesa. Aos 13 minutos, Gabriel Mendes achou Éder Paulista na entrada da área e fez o lançamento para o atacante, que fez um belo giro, mas finalizou na trave. Aos 28, o Nacional chegou com Gabriel Mendes, que arriscou de fora da área, e a bola saiu por pouco.
Zaga do Marília afasta o perigo.
Jogador do Nacional com a bola, observado por dois adversários.
Jogador do Marília caído, falta marcada.
O Nacional dominava completamente as ações, mas não achava o caminho do gol. E o time da casa voltou a carimbar a trave: Messias desarmou um adversário na intermediária e passou para Walace, que invadiu a área, fez uma finta em Carioca e mandou a bola no travessão. Depois disso, a defesa do Marília conseguiu conter o Nacional, embora na frente o clube do interior não conseguisse produzir nada. E o primeiro tempo terminou mesmo na igualdade sem gols.
Jogador do Nacional tenta sair de dois adversários.
Disputa de bola.
Porém, aos três minutos da segunda etapa, quando teve sua primeira chance no jogo, o Marília abriu a contagem. Orlando, que havia entrado no intervalo, cruzou alto para Warlei que, de cabeça, colocou o time visitante na frente do marcador. Aos 10 minutos, o próprio Warlei perdeu uma grande chance de ampliar: em uma falha da defesa nacionalina, ele entrou cara a cara com Felipe Lacerda, mas, ao tentar driblar o goleiro, perdeu o ângulo. Ele ainda passou atrás para Yamada, que chutou para fora. O Nacional respondeu aos 12 minutos, com Léo Machado, que emtrou pela direita e chutou para grande defesa de Passarelli.
Nacional tenta avançar: time levou gol logo no começo da segunda etapa.
Jogador do Nacional cercado por adversários.
O segundo tempo foi mais equilibrado que o primeiro, e as duas equipes criaram chances para marcar. Aos 15 minutos, Anderson Brito tabelou com Warlei, mas finalizou mal, por cima do gol, perdendo a chance de ampliar para o Marília. Aos 18 minutos, chance para o Nacional. Em cobrança de escanteio curto, Gabriel Mendes e Elvis trocaram passes, e Elvis finalizou da meia-lua, para grande defesa de Passarelli.
Jogadores disputam a bola perto do meio de campo.
Jogador do Nacional busca o cruzamento.
Nacional avança pela esquerda.
Depois disso, o Marília passou a administrar a vantagem, enquanto o Nacional parecia cansado, e nenhum dos dois times levou muito perigo. E, quando a defesa do Marília era ameaçada, o goleiro Passarelli, em tarde inspirada, se fazia presente. Aos 42 minutos, Warlei puxou um contra-ataque em velocidade, mas a finalização saiu fraca. O Nacional respondeu em um minuto. Em cobrança de escanteio, a bola sobrou para Gabriel Mendes, que, livre, chutou para fora. E o placar final foi mesmo de 1 a 0 para o Marília.
Marília no ataque.
No finalzinho, Nacional perde grande oportunidade.
O Marília quebrou o tabu de nunca ter vencido o Nacional no Nicolau Alayon, e, com seis pontos em três jogos, segue sonhando com o acesso. O Nacional afundou na lanterna, mas deixou uma boa impressão. Ainda é só o começo do campeonato, mas é sempre bom abrir o olho.
O placar do Nicolau Alayon estampa o resultado final.
Jogo encerrado, me despedi dos amigos, e voltei para arrumar as malas. No dia seguinte, pegaria o avião de volta para a Capital Federal.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

EC São Bernardo derrota Olímpia com gol no final

O ano de futebol profissional no Brasil acaba de começar, e a bola já está rolando pelos campeonatos estaduais por todo o país. Para felicidade geral da nação, na maior parte dos lugares as partidas estão sendo disputadas com público. Claro que ainda devemos tomar todos os cuidados, e temos também que nos vacinar, para que essa doença que há dois anos assola o mundo finalmente vá embora, mas ainda assim podemos ir às canchas para ver a bola rolar. E na última quarta-feira eu estive no estádio Primeiro de Maio, onde o Esporte Clube São Bernardo (aqui eu uso o nome completo para diferenciar do São Bernardo Futebol Clube, que disputa a Série A1 paulista, mas daqui em diante me referirei ao clube nesta matéria simplesmente como São Bernardo) recebeu o sensacional Olímpia, da cidade homônima no interior paulista, em partida válida pela Série A3 do Campeonato Paulista. Os dois times estrearam na competição com empate. Enquanto o Bernô foi a Matão e empatou em dois gols com a Matonense, o Galo Azul ficou no 1 a 1 com o Barreto, jogando em seus domínios. O Olímpia foi a grande novidade da minha lista, que agora conta com 327 clubes.
O temporal que caiu em São Caetano antes do jogo atrasou meus planos, e eu acabei chegando à cancha quando já haviam transcorrido seis minutos de jogo - pelo jeito não perdi muita coisa nesses seis minutos, e, felizmente, não peguei sequer uma gota de chuva no caminho. O Olímpia até teve alguns minutos jogando no ataque, mas logo o São Bernardo tomou as rédeas da partida, e passou a dominar as ações. Com 11 minutos, o Bernô teve uma boa chance. Deivinho avançou pela direita e cruzou para Bessa, que cabeceou nas mãos do goleiro. Três minutos depois, o mesmo Bessa cobrou escanteio, e Alexandre chutou para fora.
Jogador do Olímpia protege a bola.
Jogador do Olímpia com a bola.
Mais um lance de perigo a favor do Bernô aos 16 minutos, quando Bessa sofreu falta na entrada lateral da área. Na cobrança, a bola acertou caprichosamente a trave. Aos 21 minutos, Johnny viu o goleiro do Olímpia Igor Castro mal posicionado e arriscou de fora da área, mas finalizou mal, e a bola foi para fora. Quatro minutos depois, Jackson chegou pela direita e arriscou o chute. A bola desviou na zaga do Olímpia e saiu, enquanto os jogadores do Bernô pediam um toque de mão.
A cobrança de falta que acertou caprichosamente a trave.
Jogador do Bernô tenta a cabeçada.
O Olímpia melhorou no jogo, e criou uma boa chance aos 32 minutos. Ataliba invadiu a área e acabou caindo ao tentar passar por um adversário. O time pediu pênalti, mas a arbitragem mandou seguir. Aos 45, Bessa avançou pela direita e cruzou na cabeça de Jackson, que cabeceou livre, mas mandou para fora. E o primeiro tempo terminou mesmo sem bolas na rede.
Goleiro do São Bernardo com a bola.
Jogador do Olímpia recebe marcação.
A situação do Olímpia se complicou aos 11 minutos da etapa final. Índio fez uma falta dura e, como já tinha recebido o cartão amarelo cinco minutos antes, acabou convidado a se retirar. A partir daí, o Olímpia ofereceu pouco perigo, mas o São Bernardo não sabia aproveitar a vantagem numérica. A melhor chance veio aos 22 minutos, quando Iago, após cobrança de escanteio, cabeceou na trave. Um minuto depois, Deivinho cruzou para cabeçada de Jonas, que obrigou Igor Castro a uma grande defesa.
Defesa do Olímpia tira a bola.
Jogadores disputam a bola em um campo encharcado.
Mas o segundo tempo, no geral, foi bastante morno. O que poderia salvar o jogo seria alguém marcar um gol nos acréscimos. E não é que foi isso que aconteceu? Aos 49 minutos, escanteio para o São Bernardo. Após a cobrança, Diego Andrade tentou de bicicleta. A zaga tirou, mas a bola sobrou libre para Bosco, que só empurrou para o fundo das redes. Bernô 1 a 0, e só deu tempo para o Olímpia dar a saída e o juiz apitou o final do jogo.
Bola no meio de campo.
Jogador do Olímpia tenta avançar.
Com o resultado, o Galo Azul estacionou em um ponto, enquanto o Bernô soma quatro pontos. Ainda é a segunda rodada, e ainda tem jogo para acontecer. Vamos ver o que as próximas semanas nos reservam.
Fim de jogo, hora de experimentar o trânsito paulistano no horário de pico, e ir embora. Espero em breve trazer mais uma cobertura..