O último domingo foi marcado por uma marca na minha história de presenças em estádios. O jogo entre Brasília e Águia Negra foi o 500º embate que eu presenciei em Brasília. Desde o distante 30 de abril de 1995, quandi vi Brasília e Taguatinga empatarem sem gols no Mané Garrincha, com a torcida azul cantando "Canja de galinha" e "Passou um avião", até o nada alternativo Brasil x Japão, pela Copa das Confederações, haviam sido 499 partidas, envolvendo vários clubes de todo o País, além das seleções brasileira, chilena, portuguesa e japonesa. Essa era apenas uma das motivações para ir ao Bezerrão. A outra motivação, além de ver o Colorado em ação pela Série D, era incluir na minha lista o Águia Negra, time da cidade sul-matogrossense de Rio Brilhante, e que se tornou o 209º clube da minha lista, ao lado de 10 seleções nacionais. Aliás, meu destaque e meu respeito à torcida do clube visitante, que percorreu algo em torno de 1200 quilômetros para vir ao Bezerrão e ver esse jogo.
O Brasília começou o jogo pressionando o Águia Negra. O Colorado atacava mais e criava boas chances de abrir a contagem, enquanto a equipe de Rio Brilhante praticamente só se defendia. E, quando tinha a bola, o time visitante cometia erros incríveis.
O ímpeto colorado, porém, durou algo em torno de 15 minutos. Depois disso, o Brasília diminuiu o ritmo, mas ainda assim raramente era ameaçado.
Bola na área. |
Mas, de tanto perder gols, o Colorado acabou castigado: aos 40 minutos, Neto acertou um belo chute da entrada da área. A bola bateu no travessão e entrou, fazendo Águia Negra 1 a 0. E foi esse o placar do primeiro tempo.
O Brasília continuou melhor no segundo tempo. Mas os problemas de finalização persistiam. E, pela falta de pontaria dos atacantes colorados, o placar teimava em não mudar, embora o domínio fosse total do time da casa.
Por volta dos 15 minutos, o Águia Negra, vendo que poderia aumentar a vantagem, foi para cima. Assim, tivemos alguns poucos minutos de um bom jogo, com bons ataques dos dois lados, especialmente do lado visitante.
Esses minutos, porém, foram o "canto do cisne" da partida. Depois disso, o jogo ficou absurdamente monótono, e as duas equipes não conseguiam criar praticamente nada. Parecia que só restaria esperar pelo apito final.
Novamente, bola na área. A bola do jogo está perto do travessão. Essa bola na mão do gandula passa a impressão de que é a bola do jogo. |
Somente aos 35 minutos o Águia Negra conseguiu, de forma tímida, fazer alguns bons ataques. E, ironicamente, o Brasília empatou o jogo aos 43 minutos. O artilheiro Cássius, de cabeça, fez o gol de empate do Colorado. O time da casa ainda tentou a virada nos minutos finais, mas o jogo terminou mesmo empatado em 1 a 1.
O resultado deu ao Brasília seu primeiro ponto, mas, após três rodadas (e duas partidas jogadas), o Colorado segura a lanterna do grupo. O time de Rio Brilhante, por sua vez, mesmo com uma campanha oscilante em seus três jogos, está em segundo lugar do grupo, com quatro pontos. O Brasília, na próxima rodada, tem pela frente o líder Mixto, no mesmo Bezerrão, enquanto o Águia Negra folga.
Fim de jogo, hora de deixar o Bezerrão e me preparar para a semana que estava por vir.
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