E a Copa continua no Campo de Terra. A última segunda-feira - por sinal, o último jogo desta Copa em Brasília em um dia de semana - reservou uma grande partida para a Capital da República. França e Nigéria se enfrentaram no Mané Garrincha, em uma daquelas partidas de mata-mata seco, em que não há muita matemática para explicar: quem perdesse, daria adeus à Copa. Quem vencesse, seguiria na disputa. A seleção francesa, que surpreendeu na primeira fase com um belo futebol, podia ser considerada favorita, mas teria pela frente uma Nigéria muito diferente daquela da Copa das Confederações, uma Nigéria que havia vendido caro o resultado à excelente seleção argentina. Esse jogo não rendeu nenhuma nova seleção para minha lista de equipes vistas ao vivo, mas ainda assim era uma chance de ver uma grande partida.
Quem esperava um jogo tranquilo para os franceses viu algo completamente diferente disso. A França era apenas ligeiramente superior. Os nigerianos conseguiam conter as investidas francesas e ainda arrumavam tempo para levar perigo à meta adversária. Emenike chegou a ter um gol anulado aos 18 minutos, e, aos 21, Pogba fez uma bela jogada e serviu Valbuena, que acabou desperdiçando a chance.
Flash do primeiro tempo, com o celular. |
O jogo seguiu relativamente equilibrado até o intervalo, e os nigerianos ainda reclamaram de um pênalti não marcado. Mas as duas equipes foram para o descanso sem balançar as redes, apesar de terem feito um bom jogo.
O segundo tempo começou, e transcorreu em grande parte, com os nigerianos pressionando. Odemwingie criava boas jogadas para o time africano. Mas as chances realmente perigosas eram raras, e, no geral, com exceção de um ou outro lance, a pressão nigeriana era inócua. Destaque também para a grande quantidade de paralisações para atendimento médico nos primeiros minutos.
Escanteio para a Nigéria, já no segundo tempo. |
Na segunda metade da etapa final, porém, a França pressionou, e chegou com muito mais perigo. Aos 30 minutos, Cabaye carimbou a trave, e aos 33 Benzema teve grande chance, em uma cabeçada. Aos 34, enfim veio o gol: após falha de Enyeama, goleiro nigeriano, que vinha fazendo uma boa partida, Pogba, de cabeça, abriu a conta para os franceses.
Os nigerianos sentiram o baque, e pouco perigo levaram desde então. E, aos 46 minutos, a França fechou a conta: o zagueiro nigeriano Yobo jogou contra o patrimônio e fez 2 a 0 França. Foi esse o placar final.
Aqui, o resultado do jogo dá o veredicto por si só: a França, vencedora, segue na Copa, e a Nigéria, perdedora, vai para casa. Mas os nigerianos fizeram uma grande partida, e talvez merecessem uma melhor sorte na competição. Merecem aplausos os jogadores da seleção africana, que, contra todos os prognósticos, complicaram a vida da França, como tinham feito com a Argentina. Os franceses, que terão a Alemanha pela frente, seguem na Copa com méritos.
Fim de jogo, e dessa vez voltei para casa para almoçar por lá mesmo. E, depois, ver o grande jogo entre Alemanha e Argélia pela TV.
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