A participação do Campo de Terra na Copa do Mundo chega ao fim, com a partida mais melancólica de qualquer Copa: a decisão do terceiro lugar. As duas equipes que são eliminadas nas semifinais, a cada quatro anos, têm a chance de disputar essa partida de "consolação". Dessa vez, Brasil e Holanda se enfrentaram no Mané Garrincha, pela terceira posição da Copa. Se já não é agradável disputar essa partida, certamente foi pior ainda para a seleção brasileira, que foi eliminada de forma vergonhosa pela Alemanha, goleada por 7 a 1. A seleção holandesa, 18ª da minha lista de seleções vistas ao vivo, saiu de forma mais honrosa, sendo eliminada pela Argentina nos pênaltis. Com o ingresso na mão, e junto com o Fernando, do excelente blog Jogos Perdidos, a Vânia, sua esposa, os primos Luciano e Carlos, meus pais e minha irmã, fui ao Mané Garrincha na maior caravana em que já fui a um estádio para me despedir da Copa do Mundo.
Escaldados com a goleada sofrida pela Alemanha, os torcedores já começaram a ficar procupados já no segundo minuto de jogo. Robben sofreu pênalti, cometido por Thiago Silva. Van Persie cobrou bem a penalidade, e não deu chances para Júlio César. Assim, com apenas dois minutos de jogo, a Holanda fez 1 a 0.
Brasil tem a bola no campo de ataque: pouco perigo. |
O desnível técnico entre os dois times era visível durante todo o jogo. O Brasil até tentava atacar, mas mostrava pouca intimidade com a bola quando estava na área adversária, e a defesa holandesa pouco problema tinha para afastar o perigo. A Holanda tocava muito melhor a bola, e muitas vezes criava chances de aumentar a diferença.
E veio o segundo tento holandês: Blind, da marca do pênalti, chutou alta, sem chances para Júlio César, aumentando a diferença no marcador. Depois disso, os holandeses puxaram o freio de mão, mas o jogo continuou na mesma toada: sem qualidade, o Brasil pouco conseguia produzir, e os holandeses, mesmo sem ousar, corriam pouquíssimos riscos. E as equipes foram para os vestiários com a Holanda na frente por 2 a 0.
Disputa pela bola. |
O segundo tempo não começou muito diferente: o Brasil tinha posse de bola, mas não sabia o que fazer com ela. Os holandeses, tranquilos, continuavam administrando o resultado, sem fazer grande esforço. A torcida brasileira ainda reclamou de dois supostos pênaltis não marcados pela arbitragem.
Brasil ainda tenta no segundo tempo. |
Já nos acréscimos da segunda etapa, Wijnaldum fechou o caixão, ao acertar o canto de Júlio César e marcar o terceiro gol holandês. Final de jogo, vitória da Holanda sobre o Brasil, por 3 a 0.
Briga dura pela bola. |
Na matemática simples da segunda fase da Copa, a Holanda ficou com o terceiro lugar, e o Brasil, com o quarto. Seguiu-se a cerimônia de premiação da Holanda, que eu, por estar de lado oposto do campo, acabei não fotografando. A seleção brasileira foi para os vestiários sob vaias.
Fim de jogo, e fim de Copa do Mundo para o Campo de Terra. Em breve, farei um balanço desses dias em que troquei os "campos de terra" pela nada "perdida" Copa do Mundo - que hoje teve a Alemanha como sua merecida campeã, e a Argentina como vice-campeã. Assim, após um jantar na sempre ótima pizzaria Babbo Giovanni com toda a "caravana", com muita conversa sobre a Copa, voltei a meu lar para o merecido descanso.
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