quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Com gols no final, Guará vira sobre o Paranoá.

Alguns mistérios da Natureza são incompreensíveis. O fato de a Federação Brasiliense de Futebol achar que manhãs e tardes de dias de semana são horários interessantes para se realizarem jogos de futebol certamente é um deles. E foi na tarde da última quarta-feira que Paranoá e Guará mediram forças no estádio JK, localizado na cidade-satélite do Paranoá. Havia seis anos que eu não via jogos no estádio - o último havia sido um Paranoá 1x0 Londrina, em uma época em que o Paranoá fazia boas campanhas na divisão principal do DF. Hoje a realidade é outra. O clube faz uma das piores campanhas da Segundona local, e praticamente só cumpre tabela. O Guará, por sua vez, está invicto na competição e briga pelo acesso, mas vem abusando do direito de empatar - antes dessa quarta-feira, haviam sido sete resultados iguais em dez jogos. Por isso o jogo era decisivo para o Lobo. E o Campo de Terra, como sempre, estava lá.

Com o horário esdrúxulo, não poderia ser diferente. Cheguei ao JK mais de uma hora antes do jogo, e os únicos sons que se podia ouvir eram o canto dos quero-queros e a água que corria por uma caixa d'água no estádio. Pouquíssimas pessoas se aventuraram a pagar ingresso - aliás, os ingressos para o jogo foram entradas para um jogo realizado em 2007, e que foram reaproveitadas - e a tranquilidade era tanta que eu consegui estacionar meu carro dentro do estádio. Tinha bastante tempo até a bola rolar.

E finalmente a bola rolou. Não sem um gigantesco atraso de 15 minutos, por falta de policiamento no estádio. Atrasos que já se tornaram uma lamentável rotina no futebol candango. Quanto à partida, o primeiro tempo foi de um jogo fraco, com as duas equipes errando muito e criando poucas chances de gol. O Guará jogava melhor, mas também errava e desperdiçava seus ataques.

Logo no começo, Paranoá tenta sair jogando.

E, para completar, o jogo ainda teve outra paralisação. Aos 28 minutos, a viatura policial presente no estádio precisou sair, para atender uma ocorrência. Resultado: mais 15 minutos de jogo parado. Quando, finalmente, o jogo recomeçou, a toada continuou a mesma. Jogo fraco, e com poucas emoções.

Disputa de bola.

Somente nos 5 minutos finais as duas equipes tiveram algumas chances reais de gol. Mas os goleiros não deixaram o placar sair do zero na etapa inicial.

A bola viaja. Mas ainda não foi dessa vez que o Guará abriu o placar.

A segunda etapa foi marcada por um jogo truncado. O Paranoá melhorou, e passou a chegar no ataque com mais frequência. Mas as duas equipes continuavam errando muito.

Mesmo assim, as equipes, especialmente o Paranoá, criaram boas chances de abrir a contagem. Mas, por muito tempo, a falta de pontaria foi a grande adversária dos atacantes.

Guará no ataque, já na segunda etapa.

Mas as emoções estavam reservadas mesmo para os 15 minutos finais de partida. Aos 32 minutos, enfim, as redes balançaram. Janiel, do Paranoá, chutou cruzado. A bola furou a rede e enganou os torcedores presentes, que pensaram que a bola tinha ido para fora. Mas o placar estava aberto. Paranoá 1 a 0.

Paranoá abre a contagem.

O empate do Lobo demorou dois minutos. Wellington acertou uma cabeçada, a bola foi no travessão e pingou dentro do gol. Apesar das reclamações dos jogadores do Paranoá, o empate estava decretado. Paranoá 1x1 Guará.

Parecia que tudo estava resolvido - até porque o empate teimava em não sair do placar. Mas, poucos minutos depois do gol de empate, o Guará ainda virou o jogo. Igor acertou uma cabeçada após cobrança de falta, fazendo 2 a 1 para o Lobo.

Jogadores do Guará comemoram.

E, embora tudo pudesse acontecer nos minutos finais, o jogo ficou nisso mesmo. Paranoá 1x2 Guará.

Com a vitória, o Guará entrou de vez na briga pelo acesso. O Paranoá, por sua vez, tem apenas quatro pontos, e somente cumprirá tabela nas rodadas finais. Mas vale destacar que, especialmente no segundo tempo, foi um osso duríssimo de roer, e o Guará encontrou dificuldades para sair de campo com os três pontos. Do meu lado pessoal, o jogo marcou a quebra de um tabu: foi o sétimo jogo do Guará que vi in loco. Nos outros seis, o Lobo perdeu todos - inclusive aqueles famosos 7 a 0 para o Internacional, que revelaram Lúcio para o futebol. Foi a primeira vez que vi in loco o Guará vencer. Pois é, escritas existem para serem quebradas!!

Panorâmica do estádio. Ao fundo, a Ponte JK.

Fim de jogo, hora de começar o longo caminho do Paranoá até minha casa. Já esperando a próxima partida.

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